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contínua a estar convencido de, que a commissão teve razão em propôr a suppressão della.

O Sr. Visconde de Granja — Sr. Presidente, quando se começou a discussão deste projecto não estava eu presente, por me haver retirado em razão de achar-me alguma cousa incommodado, por consequencia não ouvi as razões que se produziram para impugnar a emenda que a commissão propunha; não esperava portanto que alguem dissesse que a commissão annuia a isso. (O Sr. Visconde, de Balsemão—Não foi por parte da commissão que eu declarei.) Pois pareceu-me ouvir dizer ao digno Par, quando pediu a palavra antes da ordem do dia, que a commissão estava prompta a desistir da sua emenda. (O Sr. Visconde de Balsemão — Fallei só de mim.) Bem. Então não tenho nada a dizer sobre isso

O digno Par o Sr. Visconde de Algés já expendeu melhor do que eu faria as razões que serviram de fundamento aos membros da commissão para inserir no parecer o voto de que se deviam eliminar aquellas palavras; não tenho que accrescentar, porque me parece que a Camara ouviu bem essa explicação; o que digo é, que na minha opinião ainda se devia sustentar a emenda. E pela minha parte estou resolvido a isso. Ainda vou mais longe; eu combino com o que disse o Sr. Marquez de Ficalho; não tenho muita fé na efficacia do remedio que se apresenta, não só pelas circumstancias que se teem ponderado, mas tambem porque não tenho muita confiança na boa administração que em geral os corpos municipaes farão desta faculdade. Nós sabemos os abusos que geralmente praticam esses corpos collectivos no exercido da ampla liberdade que teem de lançar tributos, e ainda mais no pessimo systema da sua cobrança, e este emprestimo, que a final se vem a traduzir n'uma imposição de tributos, talvez em logar de dar remedio ás necessidades dos povos vá dar motivo a novos vexames: entretanto é esta uma Lei de circumstancias a que se não póde fazer opposição (apoiados), pois se eu quizesse oppôr-me a isto em toda a extensão, estou bem certo que daria motivo a que logo se calumniassem as minhas intenções, e se diria que eu queria obstar a uma medida que vai matar a fome a muita gente: finalmente, desenvolver-se-ía sem duvida muito sentimentalismo, o recairia sobre mim um grande odioso; por isso não querendo, em taes circumstancias, arrostrar com similhante calumnia, é que me decido, ainda que com repugnancia, a approvar o projecto, mas insistindo lia clausula que poz a commissão, pois acho que assim sempre fica algum correctivo para os abusos que se possam commetter.

O Sr. Visconde de Balsemão — Declara que não desistiu, por parte da commissão, mas sim como voto pessoal, em consequencia das considerações que fizeram os Srs. Conde de Thomar, e Barão de Porto de Moz. Para se não causar entorpecimento a lei concordou com SS. Ex.ªs; mas tambem, como elles, nem por isso está convencido da inutilidade da emenda, pois continúa a pensar que era assim muito mais vantajoso; não obstante, por não demorar o andamento da mesma Lei, pareceu-lhe dever assim proceder.

O Sr. Presidente — Vou submetter á approvação da Camara a clausula segunda, tal qual está. Se for approvada, fica prejudicada a emenda da commissão.

Foi approvada.

N.º 3 approvado.

N.° 4 approvado.

Art. 2.º approvado sem discussão, e bem assim os demais.

O Sr. Presidente - A primeira sessão só pode ter logar na terça-feira. A ordem do dia é a discussão dos pareceres n.ºs 213 e 214 da commissão de guerra que hoje se mandaram imprimir; e na 1.ª parte a 2.ª leitura da proposta do Sr. Visconde de Balsemão.

O Sr. Conde de Thomar — Parecia-me que se aproveitava mais, mandando já hoje essa proposta á commissão do regimento.

Vozes — Não ha essa commissão.

Vozes — Ha.

O Sr. Presidente — Eu creio que essa commissão era formada da Mesa com o Sr. Visconde de Algés, e o Sr. Barão de Chancelleiros.

Vozes — É bastante, e são muito competentes.

O Sr. Presidente — Se o auctor da proposta e os mais dignos Pares nisso convém, procede-se nessa conformidade (apoiados).

Foi approvado.

O Sr. Presidente — Está levantada a sessão.

Eram quatro horas da tarde.

Relação dos dignos Pares presentes na sessão de 19 do corrente.

Os Srs. Silva Carvalho; Duque da Terceira; Marqueses de Ficalho, de Fronteira, o de Loulé; Arcebispo Bispo Conde; Condes da Arrochella, do Bomfim, de Fonte Nova, da Ponte, da Ponte de Santa Maria, do Sobral, de Thomar, e de Villa Real; Bispos de Bragança, e de Vizeu; Viscondes de Algés, de Balsemão, de Castro, de Fornos de Algodres, de Francos, da Granja, e de Nossa Senhora da Luz; Barões do Chancelleiros, de Lazarim, e de Porto de Moz; Mello e Saldanha, D. Carlos Mascarenhas, Sequeira Pinto, Margiochi, Aguiar, Larcher, Guedes, José Maria Grande, Duarte Leitão, Brito do Rio, e Aquino de Carvalho.