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CAMARA DOS DIGNOS PARES DO REINO

SESSÃO N.º 36

EM 13 DE ABRIL DE 1903

Presidencia do Exmo. Sr. Luiz Frederico de Bivar Gomes da Costa

Secretarios - os Dignos Pares

Visconde de Athouguia
Fernando Larcher

SUMMARIO: - Leitura e approvação da acta. - Expediente. - O Digno Par Pereira Carrilho participa que o Digno Par Avellar Machado não comparece á sessão de hoje por motivo justificado. - O Sr. Presidente, communicando o fallecimento do Digno Par Barão de Santos, propõe que se consigne na acta um voto de intimo pesar por esse infausto acontecimento. Associam-se a esta proposta, por parte da maioria, o Digno Par Moraes Carvalho, que conclue pedindo que a sessão se encerre, como é da praxe, em sinal de luto, por parte do Governo, o Sr. Presidente do Conselho, e por parte da minoria progressista o Digno Par D. João de Alarcão. O Digno Par Coelho de Carvalho associa-se igualmente á proposta do Sr. Presidente, e declara que se tivesse assistido á primeira sessão d'este anno, teria acompanhado o pesar da Camara manifestado em relação aos Dignos Pares fallecidos no interregno parlamentar, e, nomeadamente, ao Digno Par Vaz Preto. Sendo considerada approvada por unanimidade a proposta do Sr. Presidente, com o additamento do Digno Par Moraes Carvalho, encerra-se a sessão e designa-se a immediata bem como a respectiva ordem do dia.

Pelas 2 1/2 horas da tarde, verificando-se a presença de 22 Dignos Pares, o Sr. Presidente declarou aberta a sessão.

Foi lida, e seguidamente approvada, a acta da sessão antecedente.

Mencionou-se o seguinte expediente:

Officio do Sr. Ministro da Fazenda, remettendo documentos pedidos pelo Digno Par Sebastião Baracho.

Para a secretaria.

Assistiu á sessão o Sr. Presidente do Conselho.

O Sr. Pereira Carrilho: - Mandou para a mesa a seguinte participação:

O Digno Par o Sr. Avellar Machado não pode comparecer á sessão de hoje por motivo justificado.

Em 13 de abril de 1903. = P. Carrilho.

O Sr. Presidente: - Cumpre o doloroso dever de participar á Camara que falleceu, era Paris, o Digno Par Barão de Santos.

A Camara quererá, decerto, que na acta se lance um voto de sentimento por este infausto acontecimento, fazendo-se as devidas communicações á familia do illustre extincto. (Apoiados geraes).

O Sr. Moraes Carvalho: - Em nome da maioria, associa-se á proposta do Sr. Presidente.

O Sr. Barão de Santos occupou altos cargos na nossa diplomacia, era nosso antigo collega e, portanto, a sua memoria tem direito ás nossas homenagens e respeitos.

Pede ao Sr. Presidente que se digne consultar a Camara sobre se consente que, depois de approvada a proposta de S. Exa., se levante a sessão, conforme é da praxe, quando fallece algum Digno Par.

O Sr. Presidente do Conselho de Ministros (Hintze Ribeiro): - Em nome do Governo associa-se á manifestação de sentimento que o Sr. Presidente acaba de propor pela perda de um antigo membro da Camara dos Pares, o Sr. Barão de Santos.

O Sr. Barão de Santos exerceu por bastante tempo o logar de nosso Ministro na corte de S. Petersburgo, e elle, orador, teve occasião, como Ministro dos Negocios Estrangeiros, de apreciar os serviços prestados por S. Exa.

Lamenta a sua perda, e, em nome do Governo, associa-se ao voto de sentimento proposto pelo Sr. Presidente da Camara.

O Sr. D. João de Alarcão: - É talvez o membro mais novo da minoria progressista; mas como nenhum dos seus collegas pediu a palavra, associa-se em nome da mesma minoria ao voto de sentimento que o Sr. Presidente da Camara acaba de propor, e ao qual se associaram, por parte do Governo o Sr. Presidente do Conselho, e pela maioria o Sr. Moraes Carvalho.

O Sr. Coelho de Carvalho: - Já se associaram á proposta de S. Exa., o Sr. Presidente, em nome do Governo, o Sr. Presidente do Conselho, em nome da maioria o Sr. Moraes Carvalho, e em nome da minoria progressista o Sr. D. João de Alarcão.

Desligado de todos os partidos politicos, pede licença para se associar á proposta do Sr. Presidente, e para unir o seu sentimento ao da Camara pelo fallecimento do Sr. Barão de Santos, de quem foi amigo particular.

Como é a primeira sessão d'este anno a que assiste, porque não lhe tem sido possivel comparecer até hoje pede licença para fazer uma declaração, e é que, se estivesse presente á primeira sessão d'este anno, ter-se-hia associado ao voto de sentimento que a Camara manifestou por essa occasião em relação aos Pares fallecidos no interregno parlamentar, e nomeadamente ao Digno Par o Sr. Vaz Preto a quem o ligaram os laços da mais intima amizade, leal-