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292 DIARIO DA CAMARA DOS DIGNOS PARES DO REINO

para o de Portalegre por decreto de 20 de outubro de 1862; transferido do de Portalegre para o de Leria por decreto de 16 de janeiro de 1868, e exonerado d'este ultimo cargo por decreto de 31 de agosto do mesmo anno. Foi nomeado para o districto de Coimbra por decreto do 1.° de outubro do dito anno de 1868 e exonerado por decreto de 7 de maio de 1869. Nomeado governador substituto do districto de Lisboa por decreto de 15 de março de 1880 e exonerado por decreto de 22 de julho do mesmo anno. Certifico mais que n'este ultimo districto esteve no exercicio das funcções da governador civil desde 25 de maio até 28 de julho do dito anno.

Secretaria d'estado dos negocios do reino, em 14 de janeiro de 1881. = O conselheiro director geral, Luiz Antonio Nogueira.

Senhor. - Bazilio Cabral Teixeira de Queiroz, carecendo que pela secretaria d'estado dos negocios do reino se lhe passe certidão das datas dos dias em que prestou juramento pelos cargos de governador civil que serviu nos districtos administrativos de Faro, Aveiro, Portalegre, Leiria, Coimbra e ultimamente e substituto no do Lisboa - Pede a Vossa Magestade se digne mandar se lhe passe como deseja. - E. R. M.co

Lisboa, 31 de janeiro de 1881. = Bazilio Cabral Teixeira de Queiroz.

Passe do que constar, não havendo inconveniente. - Em 31 de janeiro de 1881. = Castro.

Em cumprimento do despacho do exmo. ministro dos negocios do reino, certifico que o requerente, o bacharel Bazilio Cabral Teixeira de Queiroz, tendo sido nomeado governador civil do districto de Faro, prestou juramento para o exercicio de tal cargo em 7 de abril de 1858, e sendo nomeado para identico cargo no districto de Aveiro, prestou juramento em 13 de agosto de 1860. Foi transferido d'este districto para o de Portalegre e do de Portalegre para o de Leiria, não prestando novos juramentos para o exercicio d'estes dois cargos. Em 10 de outubro de 1868 prestou juramento na qualidade, de governador civil do districto de Coimbra, e cie novo o prestou em 20 de março de 1880 na qualidade de governador civil substituto do districto de Lisboa.

Secretaria d'estado dos negocios do reino, em 4 de fevereiro de 1831. = Luiz Antonio Nogueira.

Senhor. - Bazilio Cabral Teixeira de Queiroz, precisando que pela secretaria d'estado dos negocios do reino se lhe passe certidão da datas em que tomou posse e entrou em exercicio dos cargos de governador civil nos districtos administrativos de Faro, Aveiro, Portalegre, Leiria, Coimbra e substituto no de Lisboa - Pede a Vossa Magestade a graça de lhe mandar passar como deseja. -
E. R. M.co = Bazilio Cobrai Teixeira de Queiroz.

Passe, não havendo inconveniente. - Peço, em 8 de fevereiro de 1881. = Castro.

Certifico que n'esta secretaria d'estado consta ter o requerente, o bacharel Bazilio Cabral Teixeira de Queiroz, entrado no exercicio do cargo de governador civil do districto de Faro, em 12 de abril de 1858; no do districto de Aveiro, em 14 de setembro de 1860; no do districto de Portalegre, em 3 de novembro de 1802; no do districto de Leiria, em 18 de janeiro de 1868, e no do districto de Coimbra, em 19 de outubro de 1868. Quanto ao cargo de governador civil substituto do districto de Lisboa apenas consta que exercera as funcções de governador civil d'este districto desde 25 de maio de 1880 até 28 de julho do mesmo anno.

Secretaria d'estado dos negocios do reino, em 9 de fevereiro de 1881. = Luiz Antonio Nogueira.

Como nenhum digno par pedisse a palavra, procedeu-se á distribuição das espheras.

(Pausa.)

O sr. Presidente: - Convido os dignos pares, Simões Margiochi e Mendonça Cortez, a virem servir de escrutinadores.

Procedeu-se ao apuramento das espheras que tinham entrado na urna.

O sr. Presidente: - Na urna da votação entraram 55 espheras, sendo 53 brancas e 2 pretas. Está, portanto, approvado o parecer por 53 votos.

O sr. Mexia Salema (sobre a ordem): - Declaro a v. exa. e á camara que o digno par, e sr. Placido de Abreu, não comparece á sessão por motivo de doença.

O sr. Serpa Pimentel (sobre a ordem): - Mande para a mesa um parecer da commissão de fazenda.

Leu-se na mesa e mandou-se imprimir.

O sr. Mendonça Cortes (sobre a ordem): - Mando para a mesa um parecer da commissão de fazenda.

E já que estou com a palavra sobre a ordem, permitta-me v. exa. que eu proponha á camara que o sr. Serpa Pimentel seja encarregado dos trabalhos de archivo
D'esta casa, a que se refere a proposta que ha dias tive a honra de apresentar e que foi approvada.

Consultada a camara sobre esta proposta, resolveu affirmativamente.

O parecer leu-se na mesa e mandou-se imprimir.

SEGUNDA PARTE DA ORDEM DO DIA

O sr. presidente: - Passamos á segunda parte da ordem do dia. Tem a palavra o sr. Vaz Preto.

O sr. Vaz Preto: - A tactica empregada pelo sr. Pereira Dias de atacar violentamente a opposição deixando a defeza do governo foi bem pensada; mas emquanto a mim perdeu o seu tempo, porque nem me desvia do caminho que sigo nem do proposito que tenho.

Eu não vejo n'esta questão senão o governo, cuja responsabilidade é grande. Será, pois, a elle que me dirigirei principalmente pedindo-lhe severas contas, e exigindo-lhe declarações claras e explicações precisas dos seus actos e do seu procedimento antes e depois dos tumultos.

Habil era a táctica do digno par, o sr. Pereira Dias, de obrigar com accusações e invectivas a opposição a deixar a offensiva e a tomar o logar de defeza, mas infelizmente n'esta occasião perdeu s. exa. a sua rhetorica, porque eu que já sou parlamentar antigo conheço os manejos de que se servem os oradores para desviarem os assumptos do terreno em que elles estão collocados e em que elles devem ser discutidos. Portanto, pelo que me respeita, responderei apenas do passagem e como incidente a algumas allusões feitas pelo digno par á minha humilde pessoa, e ainda assim o farei, porque as balas com que s. exa. pretendeu ferir-me foram cair de recochete sobre o governo. Levantarei, pois, essas allusões e restabelecerei os factos, e em seguida dirigir-me-hei ao governo obrigando-me a tornar o seu logar, e a explicar-se ante esta assembléa.

Começou, o sr. Pereira Dias o seu discurso apostrophando o sr. marquez de Ficalho, valente e velho militar, que nunca nos campos da batalha soube o que era medo, mas que confessava que o tinha hoje, porque não sabia aonde esta anarchia surda que está minando as nossas instituições conduziria o paiz. N'essa apostrophe pedia-lhe e assegurava lhe que não tivesse medo, porque o partido republicano se vendia por duas candidaturas, que eu assim o tinha affirmado; que estivesse s. exa. socegado que nada havia a receiar desde que o partido republicano tinha aspirações tão limitadas e acanhadas.

Br. presidente, s. exa. e a camara ouviram-me e sabem perfeitamente que eu não avancei similhante proposição. O