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si proprio; e no primeiro capitulo fallar da sua independencia de caracter, cousa nunca vista porque diz a sua opinião com coragem, como fazem os outros que são seus iguaes (O Sr. Marquez de Vallada — Então peço para ser chronista e de todos). S. Ex.ª tem habilidade para mais.

Agora o que o orador tambem quer que o digno Par intenda é que aqui, como Par, é igual a S. Ex.ª (O Sr. Conde de Thomar - E como Ministro). Se não entrou por direito hereditario nesta casa, entrou por uma Carta Regia, que dá iguaes direitos. Como Ministro, sabe a sua obrigação: e accrescenta que se fosse apenas Ministro, talvez não entrasse tão desassombradamente, como entra, em todas as questões, nas quaes entra com lealdade, e assim é que deseja combater, mas não entrando em largas dissertações sobre bases, que não tem senão pés de barro.

O Sr. Presidente — Está acabado este incidente; e chamo a attenção do Sr. Conde de Thomar para lhe dizer que no dia em que S. Ex.ª não veiu é que effectivamente appareceu a resposta do Sr. Ministro sobre o requerimento de que ha pouco se ficou de saber o resultado pela Secretaria. A resposta do Sr. Ministro é que não está habilitado a satisfazer, e que expediu as ordens necessarias para se informar convenientemente.

O Sr. Conde de Thomar — Não pode dizer nada a isso; mas o Sr. Ministro convirá em que há realmente incuria da parte de quem competia, em não informar o Governo a tal respeito; pois tem-se feito prezas importantes ha muito tempo, e é preciso saber-se o destino que teve o producto dessas prezas. É preciso que effectivamente se dê disso uma conta detalhada, e especificada porque parece que tem havido vendas importantes dos objectos dessas prezas

O Sr. Ministro da Marinha — Essa falta é desde o principio do systema constitucional, e a razão que dão a elle Sr. Ministro é que as prezas são divididas pelos aprezadores, menos a artilheria que fica para o Governo (O Sr. Conde de Thomar — As informações que tenho são o contraparte disso). Que se tinha admirado, como o digno Par se admirou, de que não houvessem essas communicações na repartição, mas foi-lhe respondido que nunca vieram; mas que entretanto fez o pedido, e que o digno Par será satisfeito.

O Sr. Presidente — A ordem do dia para ámanhã será a leitura de pareceres, e interpellações.

Distribuiu-se hoje um parecer que é n.° 221; não estou authorisado para o dar tambem para ordem do dia, porque ainda não passou o tempo; mas se a Camara quizer dispensar no regimento, poderá tambem tractar-se desse objecto (muitos apoiados).

Como a Camara convém, será a discussão delle a primeira parte da ordem do dia, e as interpellações a segunda. — Está levantada a sessão.

Eram quatro horas e meia.

Relação dos dignos Pares presentes na sessão de 8 do corrente.

Os Srs. Duque da Terceira; Marquez de Vallada; Condes das Alcaçovas, de Fonte Nova, de Peniche, da Ponte, do Sobral, de Thomar, de Villa Real, e de Vimioso; Bispos de Bragança, e de Vizeu; Viscondes de Algés, de Athoguia, de Balsemão, de Benagazil, de Fonte Arcada, de Fornos de Algodres, de Francos, da Granja, de Laborim, de Ovar, e de Sá da Bandeira; Barões de Chancelleiros, de Lazarim, de Porto de Moz, e da Vargem da Ordem; Mello e Saldanha, D. Carlos Mascarenhas, Sequeira Pinto, Pereira de Magalhães, Ferrão, Margiochi, Larcher, Silva Costa, Guedes, José Maria Grande, Duarte Leitão, e Aquino de Carvalho.