DIARIO DA CAMARA DOS DIGNOS PARES DO REINO 343
desechar-se, porque, segun resulta de los informes facultativos, no tienne prolongacion conveniente en el vicino reino.
«La quinta tampoco es aceptible, porque só o satisfaria cumplidamente á las necessidades de Zamora.
«Entre las dos restantes no queda duda alguma de que procede rechazar la de aldea del Obispo, porque aumenta la distancia al norte de Portugal, y si bien parece que facilita las comunicationes con el centro de Portugal, e si bien parece que facilita las comunicaciones con el centro de ese pais, hay tener en cuenta que las lineas de Salamanca á Malpartida, y de ese punto á Abrantes, acortando mas que aquella las distancias serian naturalmente las preferidas por el tráfico.
«En concepto, pues, de la comision, la linea internacional debe dirigirse á la Fregeneda, consiguiendo asi acercar á Oporto una considerable zona, cuyas exportationes se vienen haciendo por esa plaza.
«Proponiendo-se, si se juzga ser conveniente, que el camino de Salamanca á Zamora pase por Ledesma, claro es que el ferro-carril de que se tracta debera partir de lá ultima ciudad, lograndose de esa manera, no solo-servir igualmente bien a las provincias de Zamora y Salamanca, sino realizar un importante ahorro en la construction, segun se ha indicado ya al hablar de la transversal bético-estremano-castellana. La parte da linea que habra de construirse entre Salamanca y la Fregeneda, será pues, solo la de Ledesma á dicho punto, caso de que el gubierno de su magestad adopte esta solucion.
«La linea de la Frageneda deberá enlazar con otra portugueza que desde Oporto se dirija á Barca d'Alba, seguiendo la cuenca del Duero.
«En Portugal se han hecho estudios desde Oporto hasta Regua, importante centro vinatero; desde este punto hasta Barca d'Alba no se ha formado proyecto alguno, pero de los reconocimientps practicados resulta que esta seccion se halla en condiciones casi identicas á la primera: ambas reunidas mediram un desarrollo de unos 200 kylometros, y su coste será elevado, por la naturaleza del terreno que atraviesan. El rio Aguada, que sirve de frontera, poderá cruzarse con un viaducto de 30 a 40 metros de altura.
«Para continuar la linea por el interior de Espanha se presente la dificultad de salvar el desnivel que existe entre las aguas del Duero y la meseta en que está situada la provincia de Salamanca, pues la Fregeneda se halla á unos 400 metros sobre Barca d'Alba y a su distancia de 9 kylometros; este obstaculo, puede salvarse en concepto de la comision mixta de engenieros ya citada, subiendo por el Duero hasta llegar á yeltes, continuando por esta para elevarse á la alta meseta hacia Vitigudino, y seguiendo ya a Ledesma sin intorpocimento de ninguna especie. Adoptando este trazado se calcula la longitud del camino, en la parte espanola, en 90 kylometros.
«La comision, apesar de que incluye esta linea en el plan, debe hacer presente que su realisacion no tendrá caracter de urgencia hasta que las obras del ferro-carril de Oporto á la Frageneda, cuyo coste será bastante crecido, estan suficientemente adelantadas. Convendrá, pues, que el gobierno de su magestad no autorize la ejecucion del camino, interin no hayan adquirido gran desarrollo los trabajos en la nacion portugueza.
«Igualmente se hará constar que aun cuando la linea de Aldea del Obispo que de reducida á tener tan solo un interés local, el gobierno español podria autorisar su ejecucion en el caso de que el lusitano llevasse a cabo el dificil camino de Coimbra, (estacion del ferro-carril de Lisboa á Oporto, situada a 115 kylometros del ultimo punto) á la conocida plaza fuerte de Almeida, con el cual habria de enlazar el que se examina. La longitud de la linea entre Coimbra e Almeida se calcula en 180 kylometros; los 9 que median desde la ultima poblacion á Aldea del Obispo, se salvarian sin dificultad, podiendo atravessar el rio rio fronterico, Turones, por um punto de poca importancia. Desde Aldea del Obispo á Salamanca se ha verificado un estudio, del que resulta ser la distancia entre ambos puntos de no kylometros; hay que advertir, sin embargo, que con essa trazado se deja á Ciudad Rodrigo á 14 kylometros de la via en linea recta, pareciendo natural, caso de ejecutarse esta nueva comunicacion internacional, que se varie la traza, con objecto de acercala á aquella poblacion, aun cuando sea á costa de aumentar el desarrollo en 20 á 30 kylometros.»
Por esta simples leitura se vê e reconhece que aquella competentissima commissão tinha estudado este assumpto sob todos os aspectos, e por isso conhecia as vantagens e desvantagens de cada uma das soluções que, segundo a opinião dos homens technicos, podiam ser seis.
D'estas soluções quatro foram immediatamente postas de parte pelas rasões que a commissão considerou, e que expoz nos trechos que eu li, muito melhor do que eu poderei fazel-o.
É por essa rasão que eu, lendo esses trechos, chamei para elles a attenção da camara.
Excluidas, pois, a primeira, terceira, quinta e sexta soluções, apenas a commissão julga acceitavel a segunda e quarta, isto é, uma linha ferrea que por Ledesma, Vitigudino e Fregeneda fosse entroncar com a linha do Douro na Barca de Alva, e de outra linha ferrea que viesse de qualquer ponto da linha de Salamanca entroncar na Aldeia do Bispo com o caminho de ferro que, saíndo de um ponto da linha do norte, nas proximidades de Coimbra, se dirigisse pela Beira Alta ás immediações de Almeida para atravessar a fronteira.
Só estas duas hypotheses entendia a commissão hespanhola, no seu bem elaborado relatorio, as mais vantajosas para Portugal e Hespanha e as mais faceis.
Não occultou, comtudo, essa commissão a preferencia que dava á linha do Douro.
N'um dos trechos que1 eu li reconhecia a commissão que a linha da Beira Alta, como linha internacional, teria por concorrente, em condições mais vantajosas, a linha do Valle do Tejo que, alem de poder ser construida em muito melhores condições, era mais curta para a Europa que a da Beira Alta, seguindo em Malpartida a transversal para Zamora e entrando na linha de Salamanca.
Por estas singelas e modestas reflexões, que eu sujeito á consideração e benevolencia da camara, se vê, com bastante magua minha, que em Hespanha as questões de alta magnitude, de elevado alcance e de interesse nacional são estudadas com todo o escrupulo e cuidado, emquanto entre nós os governos resolvem-nas sem as conhecer nem as terem meditado.
Infelizmente quem governa menos no nosso paiz são os governos! Quem governa mais são as companhias.
Ainda um dia em que se me offerecer ensejo hei de desenvolver esta these, que envolve em si uma grande verdade, e encobre ao mesmo tempo uma chaga epidemica.
Segundo a commissão hespanhola e segundo o sr. Lourenço de Carvalho, e mais alguns engenheiros portuguezes, o caminho de ferro da Beira Alta devia ser um caminho de ferro caseiro, emquanto a linha internacional devia ser a do Douro.
Não succedeu, porém, assim; os differentes partidos politicos historicos, reformistas e regeneradores, e os deputados do Porto ligaram-se todos para darem a este caminho de ferro, que o sr. Lourenço de Carvalho considerava caseiro e comesinho, os fóros de linha internacional!
É que os interesses das companhias podiam mais que os interesses do paiz.
Eu, defendendo os interesses da Beira Baixa, defendia ao mesmo tempo os do Douro e Porto, porque estavam intimamente ligados; e se nada fiz, se a onda passou sobre mim, é porque não pude arcar com o poderio das companhias, apesar da justiça e da moralidade.