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CAMARA DOS DIGNOS PARES

Em virtude de resolução da camara dos dignos pares do reino, tomada em sessão de hontem, se publicam os seguintes documentos

Padaria militar de Lisboa—Copia — Ill.mo e ex.mo sr.

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— Nos meus relatorios de 16 de abril e 21 de outubro de 1862, e 26 de janeiro de 1863, dirigi a V. ex.ª as considerações que me pareceram adequadas sobre o fabrico de pão n'este estabelecimento, e sobre as consequencias hygienicas e administrativas já obtidas, ou que podiam esperar-se.

A questão fabril, se não tem chegado ao grau de perfeição que desejo, e é possivel obter, está todavia em processos muito regulares, e o seu melhoramento só depende de condições, que a falta de meios pecuniarios não têem permittido realisar; e que mesmo não seria prudente levar á. execução, emquanto a padaria militar fosse uma simples experiencia.

Não cheguei, porém, a obter um similhante resultado sem muito e aturado trabalho, e sem ter de lutar com difficuldades capazes de abater a vontade mais tenaz. Comtudo, a força dos meus desejos, ajudada pela assídua e effectiva cooperação de alguns dos individuos sob as minhas ordens, triumphou dos embaraços inherentes a uma creação nova, e com um pessoal que lhe era alheio. Mas, se a estranheza d'este pessoal, em um ramo de serviço administrativo tão importante, era para mim uma grave difficuldade a Vencer, constituia unia verdadeira vantagem para o bom exito da experiencia; e V. ex.ª se recordará sem duvida das rasões por que eu preferi a ignorancia innocente á pericia viciosa. Os resultados valem com effeito o trabalho havido com a educação de um pessoal insciente. O pão, tanto de munição como alvo, é bom. Não o digo eu, dizem-o testemunhos insuspeitos, dizem-o as auctoridades administrativas, que solicitaram o seu fornecimento á colonia agricola estabelecida em Alemquer, e aos presos civis na cadeia de Abrantes; e di-lo o ministerio da marinha, que tem solicitado o seu fornecimento para todas as forças expedicionárias, que, desde abril de 1863, se têem organisado no quartel do Alcantara. E note-se que o primeiro pedido d'este ministerio foi feito a rogo das proprias praças do contingente organisado para Macau, que preferiram o pão de munição da padaria militar, ao pão alvo que recebem os marinheiros militares, e que lhes era distribuido.

A questão hygienica, essa está resolvida, quando a boa qualidade dos trigos, a boa conservação das farinhas e a boa manipulação estão garantidas pela disciplina e responsabilidade gradativa que se deriva da organisação essencialmente militar dada a este estabelecimento.

A carta de lei de 2 de julho de 1862 só auctorisou o governo a mandar fazer o fornecimento de viveres ao exercito, por administração, até o ultimo de dezembro de 1864.

Esta auctorisação tinha por fim realisar uma experiencia, não de principios, mas de applicação. E digo que não era uma experiencia de principios, porque só a ignorancia completa da administração dos exercitos poderá hoje admittir como regra o systema das arrematações do fornecimento de viveres, que circumstancias, inuteis agora para recordar ou analysar, introduziram em Portugal.

Só restava pois achar o meio de voltar á administração directa d'esse fornecimento por conta do estado, evitando os inconvenientes que verdadeira ou falsamente se imputaram ao extincto commissariado.

A actual sessão do corpo legislativo é a ultima que tem logar dentro do praso concedido; e, como os resultados da experiencia são, a meu ver, de natureza a fundar o systema da administração directa; creio que V. ex.ª tenciona submetter sobre este objecto alguma proposta ao poder legislativo. Foi n'este sentido que entendi a ordem que V. ex.ª se serviu enviar-me, para que eu fizesse um relatorio da gerencia d'este estabelecimento desde o seu começo até 31 do mez passado. Partindo d'esta hypothese, e dando a questão "fabril como tratada, até certo ponto, nos meus anteriores relatorios, julgo dever agora limitar-me ao resumo da historia d'esta padaria militar, e aos assumptos propriamente economicos.

Nos primeiros dias de setembro de 1861 dignou-se V. ex.ª verbalmente encarregar-me de estudar os meios de levar á execução uma experiencia de fornecimento de pão por administração directa, e no dia 9 dei eu conta d'este encargo, apresentando a exposição dos meios que me parecia conveniente empregar para chegar a um resultado satisfactorio. Em 11, por officio da 4.º repartição da 1.º direcção, encarregou-me V. ex.ª definitivamente da commissão que hoje exerço.

Fora o primeiro proposito effectuar o ensaio com o fornecimento de um até tres corpos, e n'esta proporção se começaram as poucas construcções que havia a fazer e a preparação do material. Ainda que a estação fosse desfavoravel á execução das obras, no meiado de fevereiro de 1862 estava prompto todo o material, principiaram as primeiras experiências de fabrico, e no dia 23 começaram a ser utilisados os productos da fabricação em distribuições ao regimento de infanteria n.º 2.

No dia 1 de março começou a effectuar se o fornecimento aos regimentos de infanteria n.ºs 2 e 7; e, satisfeito V. ex.ª tanto pelo que respeitava á qualidade como ao preço do pão, ordenou a construcção das officinas e material necessario para prover ao fornecimento de toda a guarnição de Lisboa e Belem, desde 1 de julho do mesmo anno. Apresentei a V. ex.ª a indicação dos terrenos a ceder e a adquirir para a padaria, e o projecto das obras a effectuar; e no dia 10 de abril começaram os trabalhos. Foi grande, na realidade, o esforço que a principio se empregou na sua execução, porque tambem era muito, e um tanto difficil, o que havia a fazer; porém no dia 30 de junho effectuou-se regularmente distribuição ás guarnições de Lisboa e Belem, e a portaria de 28 de maio, inserta na ordem do exercito n.° 17, de 11 junho, estava cumprida. Com mais ou menos actividade, -e com algumas interrupções, têem continuado as obras até ao estado em que hoje se acham. Em virtude das ordens expedidas pela 2.ª direcção em 25 de maio, 27 de junho, 6 e 9 de outubro de 1863, fez se extensivo o fornecimento, desde 1 de julho, ás guarnições de Santarem, Abrantes, Setubal e Vendas Novas, e aos destacamentos situados nos arrabaldes de Lisboa; desde 1 de outubro, ás guarnições das praças de S. Julião da Barra e Cascaes; e desde 1 do novembro, á da cidade de Evora. Desde o mez de abril todas as foriças expedicionárias têem sido fornecidas por este estabelecimento, durante a sua organisação. A importancia do material e construções, com referencia ao dia 31 do mez passado, é a seguinte: Despeza effectuada na acquisição do material, incluindo uma muar por 50$400 réis, e que está em serviço....................... 7:179$814

Despeza effectuada com as construcções e expropriações........................... 14:988$838

Despezas em divida a diversos, por conta do ultimo orçamento de construcções approvado, 879$540

Somma réis____ 23:048$192

Como a exploração d'esta padaria militar se effectua dentro da linha de circumvalação da capital, pesam sobre ella todos os encargos municipaes, e unicamente Fe cobram os direitos de consumo restituidos pelo pão expedido para fóra da mesma linha.

Para calcular a economia resultante do fornecimento, só podia comparar-se o preço da ração da padaria com o preço da ração da arrematação no reato da 1.ª divisão militar. Este methodo é todavia desfavoravel á apreciação da economia da padaria militar, por isso que a maioria do fornecimento é feito á guarnição de Lisboa, e pesam sobre elle os direitos de consumo, porque os direitos restituidos pelo pão que se expede para fóra da linha de circumvalação não são uma indemnisação completa dos direitos pagos pelos cereaes que o produziram, porque não ha restituição dos direitos da lenha consumida no seu fabrico; e, finalmente, porque é ainda onerado com as despezas dos transportes: emquanto o fabrico do pão, nos pontos em que o seu fornecimento é ainda arrematado, está isento d'aquellas despezas, e o fornecedor póde obter trigos e lenhas mais baratos.

Não fallarei da inferioridade dos trigos com que os fornecedores fabricam geralmente o pão, nem das misturas de outros cereaes, nem das fraudulentas sophisticações que podem permittir aos arrematantes dar a ração por um preço inferior.

Não obstante pois as condições desfavoraveis em que n'esta comparação se acha a padaria militar, os resultados economicos obtidos desde a sua organisação, com relação aos preços da arrematação na 1.ª divisão militar, é, como se vê dos balanços geraes mensaes, o seguinte:

[VER DIÁRIO ORIGINAL]

O saldo contra, de 662 réis, no mez de fevereiro de 1862, proveiu, como disse no meu primeiro relatorio, do pequeno numero de rações que n'esse mez se fabricaram e distribuiram.

No fim do meu relatorio de 21 de outubro de 1862 disse eu a V. ex.ª: «Se esta economia continuar como n'estes ultimos tres mezes, o que é de crer, dentro em pouco tempo estarão por ella pagas todas as despezas de edificações e material». Chegou pois esse momento, como se veda comparação, da, despeza com a economia resultante; e ainda fica um saldo a favor de 505$792,51 réis.

O mez de fevereiro de 1862 foi um mez excepcional, porque apenas n'elle se fabricaram algumas rações para experiencia e instrucção das praças; portanto será em relação aos vinte e dois mezes de effectivo fornecimento que referirei as minhas observações, ainda mesmo que nos primeiros quatro unicamente tivesse logar para dois corpos. Durante esse praso forneceu a padaria militar 2.884:785 rações, e effectuou a economia de 23:5540646,51 róis. Suppondo que o pão era fornecido a todo o exercito por um systema geral e regular de administração directa; que o fornecimento era apenas de 18:000 rações diárias, ou 6.570:000 annuaes, numero inferior ao verdadeiro; e que a economia se limitava á mesma proporção: a economia annual seria de 53:6440908,57 réis.

Este calculo não é infundado, porque os preços das arrematações têem ainda, em algumas divisões militares, sido mais exagerados do que na 1.ª; e porque este ramo administrativo, sendo convenientemente montado e regido, tanto no que respeita ao material como ao pessoal, serviço e acquisição de cereaes, deve produzir economias muito mais consideraveis.

Já sobre o modo de augmentar a economia da fazenda eu dirigi a V. ex.ª as minhas propostas com relação ao fornecimento das guarnições de Santarem, Abrantes e Elvas.

Suppondo porém que aquella hypothese ainda é exagerada, que não é, tomarei de proposito outra base muito desfavoravel ao calculo da economia que resultará da adopção de um systema geral de fornecimento de pão a todo o exercito, fundado no systema de administração que rege a padaria militar de Lisboa.

No praso dos vinte e dois mezes de fornecimento d'esta padaria, o preço medio da ração foi de 42,17 réis, e o das rações arrematadas 50,34 réis. Houve portanto a economia media de 8,17 réis no preço da ração da padaria. Mas, suppondo que a economia media do fornecimento em todo o exercito resultasse apenas ser de 7 réis, ainda assina a economia annual seria de 45:9900000 réis.

Não julgo conveniente que a organisação completa da administração de viveres se effectue simultaneamente em todo o paiz, porque não existe um pessoal habilitado para isso. A grande difficuldade para a creação deste ramo administrativo estava na formação do estabelecimento que lhe servisse de escola, de modelo e de centro; esse está organisado, nas suas partes mais importantes; completa lo, desenvolve-lo e ramifica-lo, é agora apenas o objecto de perseverança, meios pecuniarios e uma direcção intelligente.

Repetirei agora o que tantas vezes expendi a V. ex.ª Os meios de tornar effectivo e generalisar o systema em ensaio, e tirar d'elle vantagens correspondentes ás que se têem obtido no decurso desta simples experiencia, são os seguintes:

1. ° Creação de uma companhia com o pessoal de officiaes, officiaes inferiores, cabos, anspeçadas e toldados, necessarios ao serviço de todo o exercito; pessoal que, apesar do teu immenso serviço, póde ser limitado. Esta companhia deve completar o seu quadro á medida do desenvolvimento que for tomando o seu serviço. Só uma organisação puramente militar poderá garantir os resultados administrativos e economicos deste systema;

2. ° Desenvolvimento progressivo da creação dos estabelecimentos de manutenção;

3. ° Dotação de um fundo de exploração destinado principalmente á conservação de uma reserva de cereaes, não só para fazer face a quaesquer eventualidades, como para evitar a necessidade forçada de comprar os cereaes nas occasiões de carestia ou alta doa preços.

A existencia de uma reserva de cereaes é necessaria:

1. ° Porque, recebendo o ministerio da guerra a sua receita por duodécimos, não tem os fundos precisos para adiantar as despezas indispensaveis de exploração, e ainda menos para sustentar um deposito de cereaes;

2. ° Porque com este fundo seria possivel fazer grandes compras nas epochas das colheitas, ou outras occasiões de baixa;

3. ° Porque, sendo o exercito um grande consumidor, e deixando de comprar nas occasiões de alta, deixaria tambem de fazer concurrencia aos pequenos consumidores, e portanto de contribuir para a elevação do preço;

4. ° Porque é preciso fazer as farinhas com antecipação, a fim de terem, pelo menos, um descanso de vinte a trinta dias, e darem por isso um maior e melhor producto.

Como o estabelecimento das manutenções não deverá ser simultaneo, escusado será tambem calcular a reserva para todo o exercito. Assim, começando por estender-se a applicação d'este systema de fornecimento ás guarnições de Elvas e Porto, e a alguns outros pontos de importancia inferior, bastará uma reserva de 1:710 mois de cereal, correspondente approximadamente ao fornecimento de 9:500 homens durante 180 dias, e a sua importancia pelo termo medio do custo será de 74:0000000 réis. Este fundo de exploração não póde considerar-se um capital morto, a economia que da sua intelligente applicação deve resultar excederá consideravelmente as proporções de um juro. A fórma e opportunidade da acquisição dos cereaes é um dos objectos mais delicados desta administração; delle depende principalmente a questão economica, e se n'este logar não chamo de novo a attenção de V. ex.ª sobre elle, é porque já o tenho feito repetidas vezes, e não desejo ser superfluo. Para effectuar a creação dos estabelecimentos de manutenção. carece-se, é verdade, de realisar de prompto as despezas que reclamam as edificações e o material; porém taes despezas serão em breve pagas pela economia resultante do fornecimento, como succedeu com a padaria militar de Lisboa. Para este effeito carece-se tambem de um credito extraordinario.

Nas idéas que deixo expendidas procurei unicamente coordenar as consequencias que me parece deverem derivar-se dos resultados da experiencia. N'ellas não encontrará V.ex.ª novidade, porque são tambem as suas, e é segundo ellas que V. ex.ª se dignou dizer-me que tenciona apresentar as suas propostas ao parlamento.

Escusado julgo adduzir argumentos que abonem os resultados economicos do systema de fornecimento, cuja experiencia tenho tido a honra de dirigir; as cifras são de uma logica incontroversa, porém se a economia de muitos cantos de réis que a fazenda pode fazer, se a regularidade de um serviço administrativo commum á paz e á guerra, fossem insufficientes para estabelecer a preferencia de um systema racional á ausencia completa de systema, eu iria procurar na estatística dos hospitaes rasão que a humanidade, ao menos, não pôde recusar.

Recebendo pois o hospital permanente de Lisboa os doentes da sua guarnição e da de Belem, de cujos corpos dois

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comeram o pão da padaria desde março a junho de 1862, e todos de julho d'esse anno em diante; vejamos o que nos diz a sua estatistica.

Era 1861 a proporção dos embaraços gástricos para a totalidade dos doentes entrados, foi de 1 para 20,5; em 1862 de 1 para 20,4; e em 1863 de 1 para 28,4.

Ora, segundo a opinião das pessoas mais auctorisadas na sciencia medica, são aquellas doenças as que mais especial e directamente podem ser produzidas pela má qualidade do pão.

Assim, tornada a administração de viveres uma questão administrativa, economica e humanitária, tem merecido de V. ex.ª a mais séria attenção, e estou certo a merecerá tambem do poder legislativo.

Secretaria da padaria militar de Lisboa, 5 de janeiro de 1864. =0 director, Antonio José da Cunha Salgado, capitão.

Está conforme. — Secretaria da padaria militar de Lisboa, 17 de abril de 1864. = O director, Antonio José da Cunha Salgado, capitão.

- Asylo dos filhos dos soldados — Copia — Ill.mo e ex.mo sr. — Em officio da repartição do gabinete, de 8 de setembro ultimo, recebi ordem de V. ex.ª para enviar a esse ministerio um relatorio do andamento da organisação e estado d'este asylo, referido ao dia 31 de dezembro findo. Vou portanto cumprir este deve.

Nomeado pela ordem do exercito n.º 18, de 16 de maio do anno passado, para o commando interino d'este estabelecimento, comecei desde logo, com o official meu immediato e os officiaes inferiores do estado menor, os trabalhos preparatorios da sua installação.

Não podia eu pensar em effectuar antes d'este acto todas as reparações do edificio, todos os arranjos necessarios á sua completa organisação. Ainda as obras mais indispensaveis exigiam consideravel trabalho; porque, alem das precisas para isolar a parte do edificio concedida ao asylo, apropria-la ao seu novo destino, fazer algumas officinas que não existiam, etc.. havia a indispensabilidade de proceder, primeiro que tudo, á reparação das grandíssimas e innumeraveis ruinas, principalmente de portas e janellas, o de pôr em estado de aceio um edificio que se achava immundo. Demais, era mister promptificar roupas de cama, roupas brancas, calçado, pequeno e grande uniforme, objectos miúdos de limpeza individual, roupas o serviço de cozinha e refeitório, etc.. para que nada faltasse desde o momento em que os alumnos começassem a chegar ao asylo.

Com effeito, tendo Sua Magestade El Rei dignando-se fixar o dia 24 de agosto para a installação d'este estabelecimento, estavam antes d'este dia promptos os alojamentos dos alumnos com cem camas; tres casas para lavatórios; duas casas de banhos, com seis turmas e distribuição de agua quente e fria; a dispensa; a cozinha; o refeitório; a secretaria; e a sala dos actos, em que devia celebrar-se aquelle solemne acto de installação.

Em deposito estavam tambem roupas, artigos de limpeza, fardamentos e calçado para cera alumnos; de modo que nada faltou para, no momento de chegarem, se lhes completarem os seus fardamentos e roupa da ordem.

Nos dias que precederam o da installação, e á medida que os alumnos iam entrando, tratei de os organisar logo em companhias, sendo uma de alumnos effectivos, e duas de addidos, a fim de que nem uma hora deixassem n'este estabelecimento de sentir a acção da disciplina militar. Para manter este regimen, compulsei as habilitações em primeiras letras, apparencia, desembaraço e montras de intelligencia dos alumnos então existentes, a fim de dar aos maia aptos graduações nos postos inferiores, emquanto para elles não estivessem habilitados pelos respectivos cursos. Dei os commandos das companhias aos officiaes inferiores do estado menor, e no dia 24 de agosto tinha cada uma um cabo e um anspeçada graduados.

Na occasião da installação havia apenas 11 alumnos effectivos, formando a 1.ª companhia effectiva, e 45 addidos formando a 1.ª e 2.ª companhias addidas.

Este acto solemne foi pessoalmente celebrado por Sua Magestade El-Rei o sr. D. Luiz I, acompanhado de Sua Alteza o sr. Infante D. Augusto e de varias pessoas da sua corte. Não farei a descripção d'esta acto, porque V. ex.ª tomou n'elle uma parte activa, e porque a distincção que Sua Magestade se dignou então dispensar a este asylo, constitue por si só uma recordação mais valiosa que a de todas as particularidades d'aquella solemnidade.

O mez de setembro foi empregado na organisação dos differentes serviços e das companhias de alumnos, e em lançar as bases da disciplina e educação collegial. Durante elle ministraram-se unicamente as primeiras instrucções de doutrina, gymnastica e tactica de infanteria, como bases das educações moral, physica e militar. Todos os dias e simultaneamente com o recreio, os alumnos executavam alguns trabalhos de campo, exercicios estes ao ar livre que reputo muito uteis.

Nos primeiros dias de outubro procedi a um exame de primeiras letras a todos os alumnos, a fim que classificando-os em quatro turmas, segundo o seu grau de adiantamento, melhor se podesse attender ao seu ensino. Para esta classificação foi considerada tanto a leitura como a calligraphia, porém mais a primeira do que a segunda, por isso que as desigualdades de adiantamento em uma e outra eram consideraveis; e d'ella resultou ficarem grupados na 1.ª turma 10 alumnos que sabiam lêr soffrivelmente (abstracção feita de muitos vicios pátrios ou de ensino); na 2.ª, 12 que só liam soletrando; na 3.ª, 16 que apenas soletravam alguns nomes e na 4.ª, 35 que unicamente conheciam o alphabeto ou mesmo o não conheciam.

No dia 5 de outubro abriram se as aulas, entrando todas as quatro turmas na 1.ª classe da instrucção geral; e começou a reger um horário era que estava regulado o tempo consagrado ás aulas d'esta instrucção, ás do ensino commum, aos estudos, ao recreio, á limpeza, á alimentação e ao repouso.

Considero agora necessario expor a V. ex.ª os progressos feitos nos differentes exercicios e ensinos de doutrinas, a fim de que possa ser avaliado o resultado dos esforços empregados pelos officiaes é officiaes inferiores sob as minhas ordens, e a applicação e aproveitamento dos alumnos.

Incrível era a falta de conhecimento das praticas religiosas maia simples; muitos dos alumnos ignoravam os primeiros deveres do christão, e alguns nem sabiam persignar-se. Aquelles mesmos que repetiam de cor algumas orações faziam-no materialmente, e sem ligar ao espirito d'essas orações a moral do nosso Sagrado Evangelho. Espero que todos estarão em circumstancias de devidamente se confessarem na proxima quaresma, e muitos farão a sua primeira communhão.

Todos os dias no refeitório, depois do jantar, e á noite nas casernas, depois da chamada do recolher, assistidos pelo nosso capellão, cumprem com piedoso respeito os deveres religiosos.

A gymnastica, esse poderoso alimento do corpo e do espirito, tem produzido, como não podia deixar de produzir, os seus beneficos resultados. Tem ella sem duvida uma grande parte no desenvolvimento physico e no estado sanitario dos alumnos. Esse desenvolvimento tem-se manifestado tão rapidamente em alguns, que duas e tres vezes tem sido mister mudar lhes o vestuario. Nos seus exercicios tenho visto tornar alegres os que tinham caracter melancólico, ousados os que eram tímidos. Se as immensas vantagens da gymnastica não podem hoje ser contestadas, não deixa por isso de haver quem a receie pelos perigos; e por isso me comprazo em declarar que nenhum sinistro temos até hoje a deplorar n'este asylo, apesar do quasi phrenesi com os alumnos se entregam a estes exercicios. Os perigos da gymnastica quasi desapparecem diante de uma direcção prudente.

Na esgrima entendi dever começar pela de florete, como base de que se derivam as de todas as outras armas brancas. Este exercicio tem tido grande atractivo para quasi todos os alumnos a quem é ministrado, e já n'elles se revellam algumas aptidões; seguir-se-ha a esta a esgrima do sabre o da espada. O jogo do bastão, da cana real e do pugilato serão um complemento, em tempo opportuno, á instrucção de gymnastica.

A aula de musica começou a ser frequentada por todos os alumnos que sabiam lêr, ainda que mal. Por este modo era possivel encontrar de prompto algumas vocações que, aproveitadas convenientemente, servissem de estimulo aos outros alumnos. Para o conseguir lancei mão dos addidos que já aprendiam a tocar algum instrumento musico ou que, tocando clarim ou corneta, tinham a disposição de embocadura para outro instrumento de metal. Para provar que este methodo produziu o desejado effeito bastará dizer que, abrindo-se a aula do musica no dia 12 de novembro, no dia 22 tocou á missa uma charanga apenas de oito figuras o hontem 10 do corrente, tocou uma banda marcial com dezeseis, sem contar os instrumentos de pancada. O numero de músicos da banda augmentará em pouco tempo com o adiantamento de muitos alumnos que mostram felizes disposições musicaes.

Os aprendizes de musica, clarins e corneteiros, que vieram dos corpos, tinham já contraindo defeitos de embocadura e de posição de instrumento e de corpo. Quasi todos faziam a embocadura ao lado da bôca; e alguns tomavam posições verdadeiramente caricatas. Os tambores não estavam em melhores circumstancias: parece incrivel como alguns marchavam em contra tempo; isto é, marcando, quando marchavam, a cadencia sempre no ar. Não tem sido facil vencer rapidamente todos estes defeitos; porém espero consegui lo com o tempo. Os clarins e principalmente os corneteiros não faziam geralmente os toques de campo e quartel, como estão escriptos nos respectivos regulamentos; o que só póde ser attribuido á incuria ou ignorancia dos clarins e corneteiros mores. Quanto aos tambores era uma anarchia completa; consequencia da falta de uma ordenança e de methodo de ensino. Sobre este objecto, terei mais tarde de dirigir a V. ex.ª um projecto.

Os exercicios tácticos têem tido o desenvolvimento compativel com a estação, e com a applicação doa alumnos aos outros ensinos.

Na instrucção geral preciso foi começar pela leitura, escripta e principios elementares de arithemetica, ainda mesmo com os alumnos da 1.ª turma; porque a sua instrucção n'estas doutrinas era tão imperfeita e viciada, que julguei todos deverem começar, como se nada soubessem, para firmar o ensino era base verdadeiramente solida. Fundei esta resolução, alem de outras rasões, como vicios de pronuncia, incerteza na formação dos sons, etc... nos factos de muitos lerem por cima não sabendo soletrar, e de outros escreverem pesaimo cursivo, não sabendo traçar os elementos graphicos da formação das letras.

Nas citadas doutrinas têem os alumnos feito rapidos progressos: alguns, que apenas conheciam as letras do alphabeto, ou mesmo as não conheciam, já lêem soletrando; na calligraphia tenho encontrado alguma difficuldade em fazer que todos tomem o mesmo talho de letra, resultado que me propuz obter e que espero conseguir com o favor do methodo e da perseverança empregados; os principios de arithemetica têem attrahido a attenção de muitos alumnos, e alguns, que não conheciam sequer os algarismos, já praticam as opperações da somma e subtracção.

Em breves dias começarão a ser leccionadas á 1.ª e 2.ª turmas as doutrinas restantes do ensino da 1.ª classe da instrucção geral.

Na occasião da installação d'este asylo, animos houve aquém soou mal a resolução tomada de recolher aqui, como addidos, os mancebos menores de quinze annos que tinham praça nos corpos, como aprendizes de musica, clarins, corneteiros e tambores. Reputaram estas creanças indomáveis e moralmente perdidas. V. ex.ª pensou diversamente, e eu lisongeio me de haver pensado de igual modo. Os recursos, com que eu contava, não me faltaram, e os resultados excedem já muito a minha propria espectativa.

Pelo lado moral a sua transformação é completa; dir-se-ha que não são os mesmos: physicamente, não ha saude e robustez a desejar lhes; á instrucção dedicam se ainda os mais obtusos, com vontade visivel; e alguns poucos mandriões satisfazem sofrivelmente. Separados, contra sua vontade, dos seus parentes e das relações e habitos contrahidos nos corpos, privados de dinheiro, de uma maior liberdade, e muitos já do uso do fumo, obrigados a uma disciplina e regimen austeros, em fim, clausurados estão contentes, e felicitam se pela sua sorte. Poderia accaso esperar-se tanto?

Eu faltaria ao impulso da minha convicção intima se deixasse de dizer n'este logar, que reputo a providencia, que mandou recolher n'este asylo os alumnos addidos, altamente philantropica, e de um grande alcance para elles individualmente, e para o exercito que os conta nas suas fileiras. Tem-se entre elles manifestado intelligencias e aptidões diversas, que estavam perdidas, e que se forem bem dirigidas, promettem um brilhante futuro.

O estado sanitario é o maia satisfactorio possivel. No começo algumas doenças houve de gravidade, e alguns alumnos me inspiraram serios cuidados, já pela sua debilidade, já por vicios de temperamento.

A regularidade e qualidade da alimentação, o uso acommodado dos banhos, a perseverante regularidade do trabalho, a gymnastica, os recreios e exercicios ao ar livre, e os auxilios indispensáveis da medicina têem vencido as naturezas maia débeis e susceptiveis, proporcionando a todos os alumnos um estado geral de saude e robustez visivel, um desenvolvimento physico que chega a admirar, e corrigindo até os maus temperamentos.

A alimentação é saudavel, e tão nutriente quanto o permitte a diminuta contribuição. Consta ella de tres refeições, almoço, jantar e ceia. O almoço é geralmente de café, algumas vezes de chocolate, e outras de assorda: com o café ou chocolate um terço de pão de 500 grammas. O jantar consta habitualmente de legumes, hortaliças, arroz e massas, adubadas com toucinho ou azeite, e um terço de pão: nos domingos e dias festivos têem carne, nas sextas feiras peixe fresco ou salgado; e sempre que é possivel, alguma fructa. A ceia consta tambem de iguaes generos, com excepção da carne, peixe e fructa.

Ha um cuidado especial era variar a alimentação, já pela qualidade dos generos, já pela sua combinação, e em procurar que ella tenha o maior poder alimentício. Todavia, para que este poder fosse verdadeiramente correspondente ás exigencias da economia animal n'estas idades, em que o desenvolvimento physico reclama maia elementos reparadores, seria preciso que ao menos podessem os alumnos mais uma vez por semana comer carne, e para isto poder elevar-se a contribuição de 40 a 50 réis diarios. É para notar que da contribuição saem todas as despezas de lenha, lavagem de roupas de cozinha e refeitório, utensilios, pequenos concertos, etc.. e que, se não fóra o auxilio que a horta começa agora a prestar, não seria possivel ministrar aos alumnos a actual alimentação.

Os 3:000$000 réis de fundos de instalação não foram todos ainda consumidos na organisação das instrucções, nas reparações do edificio, e no material, não fornecido; comtudo é urgente faze-lo, e não posso, porque era roupas, calçado, fardamentos e generos para rancho, precisa este estabelecimento ter constantemente empatada a quantia de 2:000$000 réis proximamente, como exemplifiquei a V. ex.ª no meu officio n.º 235 de 9 de novembro ultimo: e por isso me parece indispensavel que por um credito extraordinario seja este asylo dotado com aquelle fundo, que se conservará existente em artigos, fazendas ou generos em deposito, ou em débitos do fardamentos dos alumnos.

A subvenção do 3:504$000 réis annuaes para custeamento das despezas d'este asylo, é extremamente diminuta para oitenta alumnos, como vou demonstrar, ainda mesmo em relação á actual contribuição para rancho e massa de fardamento:

[VER DIARIO ORIGINAL]

E ainda falta mencionar as despezas diversas com as instrucções, concertos e reparações do edificio e material, limpeza, expediente, etc... despezas que não é ainda possivel calcular em termo medio annual.

Para estabelecer um calculo approximado da despeza d’este asylo preciso observar:

1. ° Que é necessario elevar a contribuição do rancho a 50 réis diarios;

2. ° Que a massa para vestuario, devendo occorrer tambem ás lavagens de roupas, e aos concertos de vestuario e calçado, precisa ser elevada a 20 réis diarios por alumno, pelo menos;

3. ° Que sendo o pessoal do estado maior e menor insufficiente para os encargos do serviço interior, disciplina e

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instrucção, já no seu actual desenvolvimento, é indispensavel augmentar esse pessoal, e contar com mais tres gratificações de 5$000 réis mensaes cada uma.

Partindo d'estas bases, que considero muito rasoaveis, a despeza provavel annual será a seguinte:

Contribuição para o rancho, a 50 réis diarios.. 1:460$000

Pão................................... 1:042$732

Massa para vestuario..................... 584$000

Gratificações ao estado maior e menor....... 852$000

Gratificações ás praças de serviço menor..... 600$000

Iluminação............................ 336$000

Deficit do hospital....................... 72$000

Expediente, instrucções, reparações, etc........ 309$268

Somma..... 5:256$000

O que corresponde ao vencimento a 180 réis diarios por alumno.

Só com esta dotação se poderá occorrer ás mais importantes e indispensaveis despezas, visto que o asylo não tem outros recursos alem da sua subvenção para custeamento.

Creio ter traçado com a possivel clareza e brevidade o quadro do estado de organisação, ensino e administração d'este asylo.

Não cansarei a attenção de V. ex.ª com a narração de todas as difficuldades que tenho carecido vencer, e que são sempre inherentes á creação de um estabelecimento novo, e cujos fins e utilidade não são ainda conhecidos. Bastará dizer que, para nenhuma deixar de levantar-se, até houve a falta de crença e de confiança dos paes d'aquelles que podiam ser candidatos aos logares de alumnos d'este asylo. Foi por isso que na occasião da installação o numero de alumnos effectivos admittidos era apenas de onze. As informações porém levadas aos differentes corpos do exercito pelas praças que têem visitado este estabelecimento, e pelas correspondencias dos proprios alumnos, têem, com satisfação o digo, fundado o bom credito d'este asylo, a ponto de que no fim de tres mezes o numero de alumnos admittidos estava elevado a 38; e mais o seria hoje, se o praso para a recepção dos requerimentos de admissão houvesse sido prolongado.

Quartel em Mafra, 11 de janeiro de 1864. = Antonio José da Cunha Salgado, capitão, commandante interino.

Está conforme. = Quartel em Mafra, 18 de abril de 1864. = Antonio José da Cunha Salgado, capitão, commandante interino.

Commissão de lanifícios — Copia de copia.— Ill.mo e ex.mo sr. — Na qualidade de presidente d'esta commissão, tenho a honra de apresentar a v. ex.ª a nota dos trabalhos que se têem desempenhado desde a sua installação, que teve lugar em 27 de agosto de 1862, até 31 de dezembro de 1863.

No dia 15 de setembro de 1862 teve logar a primeira entrada de pannos e continuou successivamente. Como a commissão já tivesse pessoal e o mais necessario para poder desempenhar o serviço de que foi incumbida, deu começo aos seus trabalhos observando em tudo o regulamento que lhe serve de guia. Desde então até hoje, tem a commissão examinado 118:110™,17 dos differentes lanifícios. Reprovou por não estarem nas condições 14:678m.

Principiou a fornecer os corpos em 14 de outubro de 1862 e até 31 de dezembro de 1863 tinham estes já recebido 89:505m,93.

O valor do fornecimento feito aos corpos é de 126:2050335 réis.

Em vinte e tres prestações têem entregado 540:650935 réis, devem ainda 72:1390400 réis.

Não têem sido muito regulares os pagamentos, devido talvez a dividas contrahidas pelos conselhos administrativos com os antigos fornecedores e que n'este decurso têem sido amortisada.

O credito dos fornecedores hoje é de 82:1480327 réis e com pagamentos como acima refiro, tarde se saldará esta cifra.

Nos contratos da arrematação acceites pelo governo, se declarou que os pagamentos seriam feitos em relação ao consumo. Não tem porém acontecido assim.

Em consequencia de ordens do governo, recebeu esta commissão uma partida de pannos sem as condições restrictas do contrato, para poder attender ás urgências que se manifestaram nos corpos, devidas ao grande numero de mancebos que se alistaram no exercito; perfizeram estes lanifícios o numero total de 16:645m,50 dos quaes foram rejeitados 5:252m,70 por se lhe a reconhecer más tintas, um tecido frouxo e um fabrico ordinario. Como porém o panno apurado (ll:392m,80) fosse mais estreito do que o padrão, deliberou a commissão que se desse aos corpos uma compensação á falta encontrada na largura, seguindo-se para isto uma proporção, resultando d'aqui que os fornecedores soffressem um corte de 400 metros.

Pelo systema do fornecimento actual, geralmente adoptado, se conseguirá mais tarde a perfeita uniformidade no exercito.

As lãs em 1862, epocha em que os corpos ainda compravam lanifícios, estavam pelo custo de 5:000 réis cada arroba; e de então para cá têem subido a ponto que chegaram a sete mil e tantos réis. Já se vê portanto que os pannos têem subido e os artigos de vestuario ficam hoje mais caros.

Algumas representações têem chegado ao conhecimento do governo contra os pannos fornecidos por esta commissão, referindo-se quasi todas aos lanifícios da remessa extraordinaria. Sobre ellas tenho informado devidamente a V. ex.ª Tem-se recebido dos differentes corpos o mappa a que se refere a ordem do exercito n.º 44 de 2 de novembro de 1863; e com excepção de um corpo todos os mais têem considerado o fornecimento recebido igual e melhor do que 03 padrões typos.

Julguei conveniente enviar a V. ex.ª o incluso mappa, no qual claramente se demonstra o movimento dado com este fornecimento desde seu principio até 31 de dezembro do anno proximo passado.

Em conclusão, algumas irregularidades têem apparecido n'este fornecimento e a commissão tem lutado com suas difficuldades; todavia isto não é para estranhar, porque ordinariamente sempre assim acontece quando se entra n'um novo systema.

Deus guarde a V. ex.ª Sala da commissão, em 1 de janeiro de 1864. = Ill.mo e ex.mo sr. chefe da 1.ª direcção do ministerio da guerra. = O presidente, José Maria de Magalhães, coronel do regimento n.º 10.

Está conforme. = Sala da commissão, em 18 de abril de 1864.= José Paulino de Sá Carneiro, coronel de infanteria 7.

Mappa demonstrativo do movimento dado com o fornecimento de lanificios ao exercito desde 15 de setembro de 1862 até 31 de dezembro de 1863

[VER DIARIO ORIGINAL]

Observações. — O numero de peças de estofo entradas e approvadas foi de 4:546; conferida a medição encontrou-se em 2:871 peças 127m,70 a mais do que o marcado no cartão (etiqueta), e 1:765 peças com 329m,60 a menos. Differença para menos 201,90.

Sala da commissão, em 1 de janeiro de 1864. = O presidente, José Maria de Magalhães, coronel do regimento n.º 10. Está conforme. = Sala da commissão, em 18 de abril de 1864. = José Paulino de Sá Carneiro, coronel de infanteria n.º 7. Secretaria da camara dos dignos pares do reino, em 27 de abril de 1864. = Diogo Augusto de Castro Constâncio.

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