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CAMARA DOS DIGNOS PARES.

EXTRACTO DA SESSÃO DE 10 DE AGOSTO.

Presidencia do ex.mo Sr. Visconde de Laborim,

vice-presidente.

Secretarios, os Srs. Conde de Mello

Conde de Peniche

(Presentes ao principiar a sessão os Srs. Ministros da Fazenda e Marinha.)

Achando-se na sala numero legal o Sr. Presidente declarou aberta a sessão eram duas horas da tarde. Lida a acta da precedente, foi approvada.

Deu-se conta da seguinte correspondencia;

Nove officios da Camara dos Srs. Deputados, remettendo os seguintes projectos de lei:

1.° Sobre a concessão de varias pensões.

A commissão de fazenda.

2.º Sobre ser o Governo auctorisado a promover ao posto de Capitão o Tenente João de Ornellas.

A commissão de guerra.

3.º Sobre serem reformados os empregados civis, com graduações militares, pertencentes ás Repartições dependentes do Ministerio da Marinha.

A commissão de Matinha.

4.° Sobre ser concedida uma pensão a D. Mathilde Rosa da Silva Moraes.

Á commissão de fazenda.

5.° Sobre ser auctorisado o Governo a indemnisar das preterições que tem soffrido o Major do Exercito Adolfo Mas Saint-Maurice.

A commissão de guerra.

6.° Sobre ser o Governo auctorisado a reintegrar no posto de Tenente de Infanteria, graduado em Capitão, a Francisco d'Assis Lopes.

A commissão de guerra.

7.° Sobre ser o Governo auctorisado a conceder ao Capitão reformado, Antonio Manoel Nogueira, o posto que lhe compete para a refórma.

A commissão de guerra.

8.° Sobre ser o Governo auctorisado a applicar a Augusto Maurin a disposição da Carta de Lei de 11 de Agosto de 1856.

A commissão de guerra.

9.° Sobre a concessão de uma pensão ao Tenente-Coronel, José Maria Leopoldino de Sampayo.

À commissão de guerra.

O Sr. Marquez de Vallada precisa dirigir algumas perguntas ao illustre Presidente do Conselho de Ministros sobre um negocio importante, pede portanto ao Sr. Presidente que tenha a bondade, em vista do interesse publico, de mandar recado ao Sr. Ministro, que naturalmente se acha na outra Camara, pedindo, com aquella cortezia que é tão propria do Sr. Presidente e da Camara, que se apresse a vir responder a algumas perguntas que elle Digno Par deseja dirigir-lhe.

O Sr. Presidente affirma ao Digno Par que já havia mandado á outra Camara, mas S. Ex.ª não se achava lá.

O Sr. Marquez de Vallada pede que em consequencia de não se achar no edificio o Sr. Presidente do Conselho, se lhe reserve a palavra para logo que elle compareça.

O Sr. Marquez de Ficalho pediu a palavra para fazer constar á Camara que a commissão de inquerito do caminho de ferro de leste se tem occupado constantemente do desempenho da sua missão, fazendo todo o possivel para apresentar quanto antes um relatorio dos seus trabalhos; mas os negocios têem-se complicado, havendo sessões de 6 e 7 horas; e como a commissão deseja ser imparcial e justa, assim como apresentar uma opinião fundada em razões solidas e verdadeiras, pede por isso desculpa de não ter já um trabalho completo sobre o assumpto, e confia que a Camara reconhecerá as difficuldades com que a dita commissão tem luctado, para chegar a uma conclusão justa e imparcial.

O Sr. Visconde d'Athoguia expõe que já 50 annos decorreram depois de uma invasão estrangeira, em que n'uma guerra porfiosa sustentámos em todo o explendor a gloria do nome portuguez; e todavia ainda não ha um unico livro em que se