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EXTRACTO DA SESSÃO DE «9 DE MAIO. Presidência do £m.W9 Sr. Cardeal Patriafcha. Secretários — Os Srs, Conde de Mello, Conde da Louil. (Assistia o Sr. Ministro do Reino.)

Pulas duas horas da tarde, tendo-se verificado a presença da 37 dignos Pares, declarou o Em."19 Sr. Presidente aberta a sessão» ^Leu-se a acta da antecedente, contra a qual não houve reclamação.

O Sr. Secretario Conde de Mello deu conta do seguinte expediente:

Um officio do Director da academia polytechnica do Porto, remettendo 80 exemplares de uma memória feita pelo Conselho da mesma academia contra o projecto sobre instrucção publica apresentado na Camará dos Srs. Deputados pelo Sr. Deputado Júlio Máximo de Oliveira Pimentel.

Mandaram-se distriduir.

O Sr. Pereira de Magalhães—Sr. Presidente, !vai para dois meses que fiz um requerimento, que a Camará approvou, para que o Governo, pelo Ministério da Fazenda, remettesse a esta Camará uma consulta, e a resolução tomada sobre ella, relativa á desistência dos juros vencidos pelos padrões de juros reaes, a fim de serem convertidos em inscripçoes; soa informado, de que estes documentos ainda não vieram, por-tanto, pedia a V. Em/ quizesse mandar fazer uma nova instancia, para que sejam remettidoí quanto antes.

O Sr. Presidente—Renovar-se-ha o pedido.

O Sr. Barão de Francos — É para comraunicar a V. Em.* e á Camará, que o digno Par o Sr. Barão da Luz, por incommndo de saúde, não pôde comparecer á sessão dé. hoje, e talvez a miis algumas,

O Sr. Marquex de Vallada diz, que ha dois mezes mandara pára a Mesa uma nota, em que annunciava ter que interpellar o Sr. Ministro da Justiça sobre o ter-se denegado a certos eccle-siasticos o entrarem em concurso para o provimento de igrejas/ sob pretexto de terem assigoa-do o protesto que foi publicado no jornal a Nação ; e como até hoje S. Ex.* ainda não se havia apresentado para responder, pedia que se lhe officiasse de novo, disendo-lbe, qua declarasse qual o dia em que viria responder á sua inler-pelíaçSo*.

O Sr. José, Maria Grande — Sr, Presidente, eu tinha pedido a palavra para rogar a V. fim.*, e á Mesa, que interviesse para que a repartição de redacção pozesse todo o cuidado na impressão das sessões desta Casa, pois um discurso que eu aqui pronunciei na penúltima sessão acha-se interpolado com três paragraphos do discurso do Sr. Conde de Thooaar! Ora, nem S. Ex.* ha-de querer ser, despojado daquella parte das suas idéas, nem* eu devo querer ataviar-inè de pen-na| alheias — suum quique (O Sr, Conde de Thomar .-^apoiado). Não sffo inínhás aqrfellas idéas, e rcom quanto eu muito as repute conta pertencentes a ura membro desta Casa, não as podia accei-t|r; porque estão mesmo em contradieeão com as minhas, de maneira que o meu discurso ficou a èojja «ais absurda que é possível, porque o que se assevera tío principio é compíetamente contrariado* pelo que se diz no írifío, e o qrie se diz no meio peíb; qife se diz no fim. Eu não sei quem é que faz parle da repartição de redacção; mas sei que não é,pç»ssível,? de modo nenhum, que as provas das sessões* dá Gamara deixem de ser vistas por alguns dos membros daqaella commíssão: se, pois, a suaíorgániskçíó é tal, que a impressão dos discursos proferidos nesta Casa corre á revelia na fíâprensa-naciõnal, eu peço a V. Em.* e á Mesa, hajfo dé prover de remédio a este grave mal. Se ar repartição tem pouca gente, dè-se-lhe* o numero necessário para que as coisas corram regularmente, e cessar de uma vez para sempre estás reclamações; eu não as costumo 'fazer, e sé as faço, parque não quero passar por cõntradictofid aos olhos do pâiz, ôii pelo menos do pttblícoquè se entffgãá" leitura das sessões desta Casai* * *-

0 Sr) Conde dá ThMar disse que uma irrega-lsrjdafte dê tal ordèln era a prhtfeira vez que se dávà| #poY í^so cúinpná tâo sêraente fazer todas fs advertências precisai para evitar a repetição.

Etri quanto, porém, ao mal feilO, intendia que elle não sé remediava com estas declarações sim-plice$, mas sim reimprimindo os discursos, conforme elles se dever%m ter lido (Apoiados,)

O Sr, JoU Maria Grande —¦ Se a reimpressão tiver logar, peço que sejam revistas as provas, porque além do aisurdo que notei, encóntratn-se no mèu discurso fiâuítaá incorrecções.

O Brí Visôônãe de Fonte Arcada — Sr, Presidente, eu levantef-me unicamente para observar ao digfio>Par, o Sr. José Maria Grande, que a commissão de redacção nada* tem com a publicação das sessões, Pois era possível que se nomeasse uma commissão de redacção composta de Membros desta Catnatar para, irem rever .as sessões da mesma?... Quem tem essa obrigação são os offi-ciaes redactores. , » * t* 5

O |3r. José Maria Grande ±—±T5km sei que não é a commíssão, é a Repartição de redacção.

O Sr. Visconde de Fonte 4*co4<í-Então p='p' nm='nm'>

é a commissão, é a tacbygraphíá eôrn os offlciaes redactores; e eu para explicar este equivoco é qoe me levantei, devendo accrescentar, que cada vez estou mais convencido, de que é indispensável augmentar o numero destes empregados, especialmente pelo que respeita átáehygrapbia, pois é sabido que o bom desempenho deste trabalho depende em, grande parte do maior numero destes empregados. Quanto ao' engano que houve na publicaçto do discurso do digno Par, imprimindo-se de mvo, está tudo remediado.

O Sr. Visconde de Laborim — Eu cedo da palavra, pois a tinha pedido unicamente para fazer a mesma reflexão que acaba agora de ser feita pelo digno Par o Sr. Visconde de Fonte Arcada.

O Sr. José Maria Grande — Eu tenho somente a explicar, que quando disse comnaissão de redacção queria dizer repartição; e que foi portanto una lapso, porque bem sei, que estas cousas estão affectus ao corpo tachygrapbieo»,e á Repartição da redacção, que delia faz parte.

O Sr. Visconde de Âlgés percebeu tio bem o equívoco do digno Par, que nem lhe pareceu necessário pedir a palavra para fazer uma rectificação ; porque de certo S. Ex.* não quereria que o Em.mo Sr. Presidente, elle orador, e um terceiro que compõe a commissão de redacção, fossem rever os discursos dos dignoi Pares, e não pôde deixar de referir-se á secção, que na tschygrapliU tem a seu cargo a publicação das sessões.

O nobre orador aproveitou a oceasião para pedir á Mesa o maior cuidado neste objecto, que é grave e importante: referindo-se ao que aqui tí~ nha passado, por occasião de se publicar uma sessão, e nella o seu nome cora pontinhos, dís^e que, quando aqui se queixou, não Unha lido o Diário, em que depois vinham os seus discursos, mas ai-sim que o leu, ficou espantado por ver que alli se dizia que os seus discursos não tinham chegado a tempo, o que dava a intender que os não Unha mandado, quando a verdade é que os não tinham ido buscar os correios; acereseeniio que, versando cada um dellei sobre objectos muito differentes, um sobre segurança publica, e o outro* sobre a accumulação das aUrihuições cif is e militares n'uma só pessoa, na ilha da Madeira, appareeeram seguidos, sem separação ou d#sigaa-çao alguma; sendo lhe a elle orador necewano por isso escrever ao empregado que fez isto (que não sabe que nome lhe dê), para fazer as-declarações precisas no Diarw seguinte; mas eomu ninguém lê estas declarações, torna-se «m mal quasi irremediável: que é portanto necessário que haja um empregado, hábil e zeloso, que seja responsável por este serviço (apoiados). «

O Sr. Presidente—Mandam-se publicar da novo os dois discursos, que foram imprestos» com «tsa interpolação.

Agora devo também dar parte á Camará de que a Mesa trabalha por estudar o modo, por que deve desempenhar o cargo, penivel certamente, que lhe impoz a mesma Gamara, de organísar de novo a secretaria, e as suas repartições, estabelecendo aos empregados ordenados fixos, a fim de apresentar o seu parecer definitivo, depois de conferir com a commissão de fazenda. ¦

ORDEM DO ML,

Continua a discussão da proposição de lei «,° 113. Art. 3.' :,-..-

O Sr. irceoispp de Palmyra — Sr. Presidente, quando na ultima sessão tomei a palavra sobre a matéria do arligo 3.°, não tive a intenção de impugnar este artigo nat suas provisões; tão pouco tive a pertenção de sustentar, por parter da santa casa da Misericórdia,', a que tenho a honra de presidir, alguns direitos ou privilégios; nãa M antro o meu animo senão o invocar a ©aridade e humanidade de todas ts pessoas, cujo* corações sejam bem formados, e dotados de sentimentos nobres e caridosos, em favor do eitabelecimento dos expostos, para o qual eu preiumia, ou desconfiava, que-, de se adoptar este artigo 3.*, sem correcção ou emenda, proviriam importantíssima* prejuízo»; hoje, porém, sei, c fora de toda a duvida, por documentos officiaes, que se acham previstos, e precavidos em certo modo estes prejuízos, que eu receiava para aquelle pio estibeltcir mento, e confiando sobejamente na caridade e fa-Or manidadè, tanto da Camará municipal de Lisboa, eomo do Governo de Sua Magestade; e digo isto, quaesquer que sejam os cavalheiros que oceupem esses logares, eu retiro o meu additamento, ou emenda* que tinha proposto, e ipproro o srligo 3.* eomo se acha. Comedida.*