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Faço esta pergunta; mas como não esta presente o sr. ministro do reino, e não sei se os seus collegas me poderão dizer alguma cousa a este respeito, tornarei a faze-la neutra occasião, e se o governo não quizer propor essa alteração, eu usarei da minha iniciativa, apresentando um projecto de lei sobre este objecto. E o que tinha a dizer.

O sr. Marquez de Niza: — Como ha probabilidade de que se não" demore muito o adiamento, quer declarar desde já qual é a sua situação em face do actual ministerio.

Sempre militou na opposição aos ministerios presididos pelo sr. duque de Loulé; mas separou-se d'ella quando se fez a fusão, porque reprovou este facto, e uniu-se e deu apoio ao governo que caiu como sendo a demonstração menos equivoca de que tinha condemnado a fusão.

Declarou mais que ha tempos se tinha separado do governo, logo que o viu inferior á missão que lhe tinha sido confiada; e portanto, como se acha sem compromissos, porque nem esta com a situação que desappareceu do horisonte politico, nem com a que n'elle se ergue, não presta apoio ao actual ministerio; mas não é impossivel, e até espera, que apoie algumas das suas medidas, como tem feito a todos os governos a que se viu forçado a fazer opposição.

O sr. Sousa Azevedo: — Sr. presidente, eu tinha pedido a palavra para dizer a V. ex.ª a minha opinião ácerca do ministerio que acaba de fazer a sua entrada n'esta casa; mas como as explicações que queria dar não comportam com o adiantado da hora e cançaso da camara, reservo-me para n'outra occasião expor o que tinha a dizer agora.

O sr. S. J. de Carvalho: — Disse e repete que o governo tinha caído num nivel inferior, referindo-se ao ministerio de que fez parte o sr. marquez de Sabugosa, não como injuria pessoal a nenhum dos cavalheiros que o compozeram, mas por ser a consignação de um facto. E para prova de que não havia nas suas palavras o menor resaibo de injuria, apontava para o sr. Ayres de Gouveia, antigo amigo seu, que fazia parte d'esse ministerio, que tinha qualificado com palavras tão severas, mas justas. Não se mantem um governo no seu nivel natural, quando a vontade de um homem se sobrepõe ás indicações constitucionaes, e abre de par em par as portas do poder, não aos que o conquistaram no ligitimo certame da palavra, mas ás pessoas a quem quer fazer esse favor, ainda que sejam aliàs dignas d'elle.

O sr. Presidente: — Esta a dar a hora, portanto a proxima sessão terá logar ámanhã, sendo a ordem do dia eleição de commissões.

Está levantada a sessão.

Eram quasi cinco horas.

Relação dos dignos pares que estiveram presentes na sessão de 6 de setembro de 1865

Ex.mos srs. Simões Margiochi.

Conde de Castro.

Marquez de Ficalho.

Marquez de Niza.

Marquez de Sabugosa.

Conde de Alva.

Conde de Campanhã.

Conde de Fornos.

Conde de Fonte Nova.

Conde de Linhares.

Conde da Louzã.

Conde de Mello.

Conde de Peniche.

Conde da Ponte de Santa Maria.

Conde de Rio Maior.

Visconde do Benagazil.

Visconde de Fonte Arcada.

Visconde de Porto Côvo de Bandeira.

Visconde de Ribamar.

Visconde de Soares Franco.

Visconde de Foscôa.

Moraes Carvalho.

Mello e Saldanha.

Pereira Coutinho.

Sousa Azevedo.

Sequeira Pinto.

Felix Pereira de Magalhães.

Almeida Proença.

Moraes Pessanha.

Aguiar.

Reis e Vasconcellos.

José Lourenço da Luz.

Larcher.

Almeida Pessanha.

Sebastião José de Carvalho.