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RELAÇÃO DOS DIGNOS PARES PRESENTES NA SESSÃO DE 11 DO CORRENTE.

Os Srs. Cardeal Patriarcha; Marquezes de Castello Melhor, de Fronteira, de Ponte de Lima, e de Vallada; Arcebispo de Evora; Condes das Alcaçovas, dos Arcos, de Alva, de Avillez, do Casal, de Fonte Nova, da Louzã (D. João), de Penamacor, de Peniche, da Ponte de Santa Maria, de Samodães, do Sobral, e de Thomar; Bispos do Algarve, de Beja, e de Bragança; Viscondes de Algés d'Athoguia, de Benagazil, de Castellões, de Fonte Arcada, de Fornos, da Granja, de Laborim, de Podentes, de Sá da Bandeira, de Villa Nova de Ourem, e da Villa da Praia; Barões da Arruda, das Larangeiras, e da Vargem da Ordem; Mello e Saldanha, D. Carlos Mascarenhas, Sequeira Pinto, Pereira de Magalhães, Margiochi, Moraes Pessanha, Larcher, José Maria Grande, Duarte Leitão, Serpa Machado, e Brito do Rio.

A? -representação apresentada pelo digno par visconde de laborim, em sessão de 14 do corrente.

Digníssimos Pares do Reino. — Na sessão de 28 de Fevereiro proximo passado foi apresentado na Camara dos Srs. Deputados um complexo de medidas financeiras, que foram submettidas á meditação e consideração daquelle ramo do Poder legislativo. Bem consideradas taes medidas, parecem ellas altamente ruinosas ao paiz; e nesta convicção os abaixo assignados, no goso de seus direitos civis e politicos, exerceram um dos mais proveitosos, que a Lei fundamental lhes garante, e representaram contra taes medidas, pedindo aos Srs. Deputados que as rejeitem; sendo, porém, possivel (ainda que contra toda a plausivel expectação) que seja surprehendida a boa fé dos representantes do povo e approvadas em consequencia taes medidas, vem, com a conveniente prevenção, fazer igual pedido aos Dignos Pares do Reino, que, como fiel da balança, conservem o necessario equilibrio entre os governantes e governados. É convicção dos abaixo assignados, que o paiz não póde supportar mais impostos, ainda no estado ordinario, quanto mais na desgraçadissima crise por que se está passando: é convicção dos abaixo assignados que o paiz não carece de obras de luxo, em quanto as de primeira necessidade se não fizerem; e como da approvação de taes medidas ha de seguir-se a creação de novos impostos e encargos sobre o Thesouro, que todos pesarão sobre os contribuintes, é evidente que taes medidas, além de obnoxias e ruinosas, serão impossiveis na sua execução, e provocarão o maior de todos os males —a anarchia—e por isso não devem ser approvadas.

Os abaixo assignados, além das razões que assistem a todos os contribuintes para representarem contra a adopção de taes medidas, teem uma, especial e fortissima, e é, que tendo por vezes re-