O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Libello aecusatorio

Em libello diz o procurador geral da corôa e fazenda, representante do ministerio publico, contra o sr. deputado da nação portugueza, José de Azeredo Castello Branco, cirurgião mór do exercito.

E. S. N.º

1.°

P. que no dia 9 de maio do corrente anno de 1887, pelas quatro horas da tarde, pouco mais ou menos, no palacio das côrtes e proximo á porta que dá entrada para o corredor da camara dos senhores deputados, se achava o tenente coronel de cavallaria n.° 2, Antonio Maria Bivar de Sousa com outras muitas pessoas ali agglomeradas.

2.°

P. que o réu, querendo abrir passagem para si e para duas senhoras, se dirigiu ao tenente coronel Bivar de Sousa com modos e em termos menos delicados e respeitosos, aos quaes este respondeu com uma phrase severa.

3.°

P. que o réu, ouvida a resposta, deu duas bofetadas no tenente coronel Bivar de Sousa, de que não resultou vestigio e unicamente salivação sanguinea.

4.°

P. que o tenente coronel de cavallaria n.° 2, Antonio Maria Bivar de Sousa, estava uniformisado.

5.°

P. que o réu, José de Azevedo Castello Branco, é cirurgião mór do exercito, tem a graduação de capitão, é deputado da nação portugueza e na occasião dos successos referidos trajava á paisana.

6.°

P. que o réu commetteu o crime de offensa corporal contra um official superior, mas sem premeditação, e não foi em acto de serviço ou em rasão do serviço.