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E logo sendo presentes as testemunhas, Thomás Simeão Gomes e Pedro Antonio Borges Flores, devidamente intimadas, mandei que se recolhessem a uma sala apropriada; e sendo chamadas pela ordem respectiva, veiu a primeira, que disse chamar-se Thomás Simeão Gomes, primeiro sargento n.° 60 da segunda companhia da administração militar e n.° 1343 de matricula na mesma companhia, de vinte e quatro annos de idade, casado e morador na rua do Sacramento á Pampulha n.° 21, 3.° andar, esquerdo, Lisboa; foi ajuramentada em fórma legal, e aos costumes disse nada.

E perguntada ácerca da offensa corporal no superior praticada pelo cirurgião mór de artilheria n.° 2, o sr. José de Azevedo Castello Branco, deputado da nação, no tenente coronel do regimento de cavallaria n.° 2, o sr. Antonio Maria Bivar de Sousa, disse que, estando no dia 9 do corrente, pelas quatro horas da tarde, proximo á porta que dá entrada para o corredor da camara dos senhores deputados da nação, viu que na occasião em que o tenente coronel de cavallaria n.° 2, o sr. Antonio Maria Bivar de Sousa ia para sair pela mesma porta, o sr. José de Azevedo Castello Branco, cirurgião mór de artilheria n.° 2 e deputado da nação, que conduzia tres senhoras, lhe disse: «tem a bondade de se retirar para o lado para me deixar passar»; que chamando a attenção d’elle, testemunha, um facto que se relatava do lado opposto, para ali olhou, e n’essa mesma occasião sentiu estalar uma bofetada e sobre elle cair o tenente coronel de cavallaria n.° 2, o sr. Antonio Maria Bivar de Sousa. Que não póde precisar quem fosse o aggressor, ouviu, porem, dizer a grande numero de pessoas que o aggressor havia sido o cirurgião mór de artilheira n.° 2, o sr. José de Azevedo Castello Branco, deputado da nação; que logo em seguida muitas pessoas gritaram que se prendesse o aggressor sem que tal facto fosse realisado, nem pelas sentinellas que estavam proximas, nem por qualquer das muitas pessoas que ali se achavam. Disse finalmente que o tenente coronel de cavallaria n.° 2, o sr. Antonio Maria Bivar de Sousa, estava fardado e desarmado, e o cirurgião mór de artilheria n.° 2, o sr. José de Azevedo Castello Branco, á paiazna. E mais não disse; e lido o seu depoimento o achou conforme e ratificou e vae assignar no fim d’este auto.

Veiu a segunda testemunha, que disse chamar-se Pedro Antonio Borges Flores, proprietario, de quarenta e cinco annos de idade, solteiro e morador na estrada do Rego