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DIARIO DO GOVERNO.

Consultada julgou a Camara que sim.

O Sr. Marquez do Loulé pediu que todas as votações que fartam nesta Lei fraseai nominaes.

Consultada a Camara a este respeito decidiu que não.

O Sr. B. da R. de Sabrosa pediu que esta votação fosse nominal, e assim se determinou.

Foi rejeitada a emenda do Sr. Caldeira por SS votos contra 9.

Foi approvado o §. 1.º do Projecto.

Foram successivamente postos a votos o §, 2.º nas suas tres partes; o §, 3.º, o §. 4.°, o §, 5.°, os artigos 12.º, 13.º, e 14.º, e o seu §, unico, e foram todos approvados sem discussão por serem tidos como regulamentares.

Tendo dado a hora o Sr. Presidente deu para Ordem do dia a continuação da de hoje, e levantou a Sessão pelas quatro horas e um quarto.

N.B. Como o extracto do discurso do Sr. Trigueiros, proferido na Sessão do dia 8, não está assás explicito, para que te possa entender tem a idéa daquelle Sr. ácerca das economias a fazer com as reformas, publicámos aqui mais por extenso o mesmo extracto, pais que não podémos fazer então.

Começou declarando, que elle não tinha jámais recebido um real do Estado, e que assim o faria em quanto as suas circumstancias fossem as mesmas; que por conseguinte elle seria entendido se alguma cousa dissesse, que parecesse menos economica, como não tendo interesse algum nos abusos, e desperdicios, antes pelo contrario; que elle orador ouvia fallar em economias, como o meio facil, e prompto de remediar o mal das finanças, e, segundo o que dissera o orador que encetou a discussão, de dar dinheiro no Governo de prompto para o pagamento das letras em satisfação das reclamações inglezas; mas que concordando elle na necessidade das economias, e sendo elle muito deita opinião, não se persuadia comtudo, que bastasse só ser economico; e perguntou se uma nação independente, que no actual estado da Europa gastava 10 mil contos de reis, dispende ia muito! Que elle entendia, que uma nação não estava bem, quando, não gastava, mas que sim quando tinha meio para pagar a sua despeza; que elle queria as reformas, como um meio, mas que conhecia que com ellas só, m não podia matar o deficit, porque, o que ahi podia avultar era as reformas do Exercito, que isto só não bastava; mas que elle se admirava muito, de que todos os que batiam á porta da Camara a pedir dinheiro eram satisfeitos!! Que elle pedia a seus collegas, que não concedessem pensões, que elle nunca votára por alguma, e que era tal o estado do paiz, que negaria pensão até á viuva mais desvalida tal era a miseria da Patria; que os meios se não podiam negar ao Governo para satisfazer letras ou vencidas, ou que se venciam por trocas, que os meios não eram as reformas, que não podiam deixar de ser lentas, mas sim o meio proposto pelo Projecto em discussão, e que as reformas mesmo não eram meio de tirar o paiz do estado em que se acha, mas que era necessario, que o Governo, e as Camaras dessem meios aos povos para poderam pagar tributos, que era necessario abrir mercados aos productos, que é este o meio por que todas as nações que hoje são ricas têem saído do estado de abatimento, a que foram arrojadas; que elle orador convidaria o Sr. Senador, que abriu a discussão, a apresentar Projectos de reforma, e que elle orador o apoiaria sempre, e tanto mais, quanto fossem mais economicos.