O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

6

Diário da Câmara dos Deputados

de Coimbra seja publicada no das sessões.

Consultada a C<_.imar p='p' a='a' publicação.='publicação.' autorizada='autorizada' fui='fui'>

O Sr. Presidente: -Acabo de ser informado de que c .s tá nos corredores d «a Câmara o novo Ministério.

Vou convidá-lo a entrar nesta casa do Parlamento, a iim de poder fazer a sua apresentação.

O Sr. João de Meneses : (guando eu entivi vi o átrio das Cortes cheio de gente que desejava entrar nas galeria*; estão esgotados os bilhetes, como se declara, e vejo as galerias eompletainente vazias. 10u pregunto a V. Ex.;i se as galerias públicas exigem entrada com bilhetes.

O Sr. Presidente: — Vou informar-me, para dar imediatas providências.

O Sr. Machado Santos:—-.Ku pedi a palavra para pieguntar a- V. Ex.a só nà« procede à votarão d.a urgência e dispensa do Regimento, que eu pedi para o meu projecto de lei sobre amnistia.

O S r. Presidente : —Como V. Ex.a sabe, a Câmara não se pronunciou, e está o novo Ministério para dar entrada na Câmara. . ,

O Sr. Machado Santos: —Mas, Sr. Presidente, emqnanto o Ministério não entra, a votação podia fazer-se.

Eu renovo o pedido que lia a V. Ex.a para submeter à Câmara o requerimento que fiz ontem para o projecto de lei que eu apresentei.

O Sr. Presidente : — Eu já disse que tomo nota. e, logo que seja feita u- apresentação do Ministério, tratarei do assunto.

Vozes: -Não pode ser, não pode ser. LcnanUcni-ae proteal-os da dtmtn. Entra na sala o novo Mini*t

O Sr. Presidente:.....Peço a atenção da

Câmnri.i,; tem a palavra o Sr. 1.'residente, do Ministério.

O Sr. Presidente do Ministério, Ministro do Interior e, interino, dos Negócios Estrangeiros (Bernardino Machado i: (Leu):

Sr. Pvesidente : As eleições suplementares, ultimamente reali/adas, determinaram uma mudança profunda na representação parlamentar.

Passou a Câmara dos Deputados a (cr uma forte maioria da esquerda democrática, conservando-se as direitas conjugadas com o mesmo pivdomínio na Câmara dos Senadores. Dai. sob um Ministério partidário, o provávl desacordo c antagonismo dos dois ramos do Poder Leislativo.

lOm breve :•.' entre êle.s. IO o

V.MII mesinu ao cnnlfo i rno reconheceu tanto

a gravidade da situação que, no propósito de a tornar menos teiwi, propôs ao Congresso o adiamento das suas sessões.
Se o pleito travado para a renovação tios Deputados houvesse, sido geral, a maioria saída das urnas certamente modera a oposição dos Senadores, que tinham de render-se a vontade soberana do sufrágii».
Mas, havendo sido apenas parciais as eleições, era bem nM!ur:i.l que. cada uma das Camarás se consideiasse representíui-te genuína da opinião c cmn direito, portanto, a governar.
Dado o conflito, e não existindo na nossa lei constitucional a prerrogativa da dissolução, só um recurso restava para o de-rhnir: o patriotismo de todos.
Para ele apelou, cheio de esperança, o Venerando Ancião quo o próprio Congresso investiu na suprema magistratura da República.
E, como o Gabinete, em presença das dificuldades go\ ernativas que se levantaram, se apressasse, com isenção patriótica, a apresentar a sua exoneração, deixando o campo aberto â. normalização da vida parlamentar, o (Jhefe do Estado dignou-se incumbir-me, para isso, da organização dum novo Ministério.
< ) se-u programa, donde deriva a sua composição, estava naturalmente indicado.
A virtude (ias instituições mede-se pelo seu poder de solidarizarão. Vivíamos nos últimos tempos da monarquia em irredutível luta das classes dirigentes entre si é de todas elas contra a iSiacão.