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Diário áa Câmara dos Deputados

O Sr. João de Meneses : — A pacificação da família portuguesa é pôr os monárquicos na rua ? !

Vozes : — Apoiado, apoiado !

O Orador : — Apoiado, porque ? !

As garantias individuais consignadas na Constituição eão só para uma classe do cidadãos ? !

O Sr. Germano Martins: — São só para

OS moilárqUÍeOS ! . . ,

O Orador: — ^ São ou não «ao cidadãos portugueses, os católicos? Representam ou não representam a grande maioria deste país.

Eu sou insuspeito ! Ainda S. Ex.as não eram nada e já eu era livre -pensador !

O que estou vendo c que não há liberais desse lado da < 'amara !

Estávamos con-

Vozes da esquerda: ontrário ! ormlor nào rariu.

O Sr. João Gonçalves: — Sr. Presidente: pedi a palavra para chamar a atenção do Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior para a situação em que se encontram as juntas gerais de distrito. As suas atribuições não passam do papel, e não compreendo que já nesta altura do ano não tenham sido entregues a essas juntas os bens que lhe pertencem. E preciso também descriminar, sem demora, as estradas que pertencem às juntas distritais. Prometo voltar ao assunto se porventura não se derem prontas providencias.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério, Ministro do Interior e, interino, dos Negócios Estrangeiros (Bernardino Machado) : — Sr. Presidente : começo por responder, como é do meu dever, ao ilustre Deputado, Sr. Jacinto Nunes.

O (lovf-rno mão possui ainda informações completas e exactas sobre o incidente de Coimbra, mas há-do, apurar como se passaram os factos. Pode o ilustre Deputado estar certo de que o Governo há-de defender os direitos e interesses de todos, republicanos e adversários. Não posso levar o meu zelo até o ponto, a que S. Ex.a,

aliás, na mais nobre das intenções levou, de estar a incriminar os nossos correligionários, sem se saber se houve excesso da parte dos adversários.
Respondendo agora ao Sr. Deputado .loão Gonçalves, devo dizer que S. Ex.a tem toda a razão. Entendo que se devem conceder às juntas gorais as mais largas atribuições. Pode S. Ex.a estar certo de que o Governo se esforçará porque sejam entregues às juntas gerais as atribuições que líies competem.
O orador não rfir/it.
O Sr. Emidio Mendes:—-Sr. Presidente pedi a palavra para chamar a atenção do Sr. Ministro do Fomento para um facto que se me afigura grave e altamente prejudicial para a economia nacional.
Há dias tive a infelicidade de ir a llio Maior, que é um concelho muito próximo da capital do distrito, c devendo gastar hora c meia num trem, num dia «"m q u o não chovia, gastei três horas e meia. A> fstiVidHs fsiA" Muni Hstiidii vHwonhoNu.
Eu tenho talvez a errada, mas sincera opinião do que toda» as economias que li-zermos em matéria de reparação de estradas são verdadeiros desperdícios. N ao se constróem novas estradas, « as que há dei-xarn-se estragar por completo.
Eu lembrava ao Sr. Ministro do Fomento que fosse dar um passeio pelo país a lim de S. Ex.a verificar o mau estado em que se encontram as estradas.
O orador não reviu.
O Sr. Ministro do Fomento (Aquiles Gonçalves):— Pedi a palavra para dizer ao ilustre Deputado que acabou de falar, que, infeli/.mente, não são só as estradas do concelho de Rio Maior que estão em péssimo estado; muitos em outros concelhos estão nas mesmas condições. O que posso garantir a S. Ex.a é que se essas estradas estão nesse estado 6 simplesmente por falta de. verba.
Creia S. Ex.a que tara depressa eu. possa atenderei o seu podido.
O orador não reviu.
O Sr. Ministro de Instrução Pública