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Viário âa Úâmara aos Deputados

Deste lado da Câmara não se fez e não /se fará nunca, ao tratar-se de assuntos que fundamentalmente devem calar no coração de todos os portugueses, porque são assuntos que à Pátria dizem respeito e a Pátria é de todos, 'nenhuma tentativa— e é bom que o contraste fique bem frisado! — para se lançar a nota política om cousas nas qtiais se deve ferir unicamente a nota patriótica. (Apoiados da mi-fi o i 'ia monárquica).

Lamentando, pois, a atitude desses ilustres Deputados, eu não vou fazer recriminações, e apenas quero dizer que ó demasiadamente grave a situação nacional para que alguém pense em estabelecer mais divisões entre portugueses, quando o indispensável é que todos cuidem, esquecendo ódios e pondo de lado vinganças, em contribuir para a salvação nacional. •

Somos nós oposição ao regime, mas nem por isso, apesar de não termos res-ponsabilidades de Governo, nem daqueles que defendem o mesmo regime, queremos lançar mais lenha na fogueira que divide os portugueses ; não queremos entrar nesse caminho. ^

Contudo, não podemos, visto que para esse campo fomos chamados, deixar de dizer, semidea de recriminação e sem pessoalmente sermos desagradáveis seja para quem for, que deste lado da Câmara cada vez- sentimos'mais orgulho e honra em defender as instituições monárquicas que fizeram a, história de Portugal.

O Sr. Agatão Lança:—j E que conde naram na sua imprensa a viagem dos aviadores!

Trocam-se apartes.

O Orador:,— E bom que em lugar de recriminações apaixonadas, nós cuidemos do olhar à situação desafogada legada pela monarquia a este país e à situação verdadeiramente angustiosa em que ele hoje se encontra, situação que leva os Ministros da República a virem a este Parlamento e a toda a parte clamar, quando pedem sacrifícios incomportáveis com as forças do-país, que a situação do j'aís é de tal maneira grave que ou o país faz esses sacrifícios ou se pode afundar.

É preciso que, não olhando só a essa situação financeira e económica, nos lem-

bremos de quantas e quantas vezes a situação da ord^m. pública tem forçado os homens deste país, os h.-men? republicanos— e eu se ifuzer justiça até aos meus adversários - tem forçado <ís que='que' de='de' respeitável='respeitável' pessoa='pessoa' aconselharem='aconselharem' uma='uma' deles='deles' vigente='vigente' do='do' se='se' cegar='cegar' um='um' ocasiões='ocasiões' agatão='agatão' tem='tem' faz='faz' portugueses.='portugueses.' a='a' sendo='sendo' homens='homens' os='os' e='e' regime='regime' pjlítioa='pjlítioa' é='é' paixão='paixão' lança='lança' quando='quando' sr.='sr.' dito='dito' o='o' p='p' esquece='esquece' união='união' noutras='noutras' todos='todos'>

O Sr. António Correia: —Pedi a palavra para tratar duma comunicação que hoje recebi de Portalegre.

Como o Sr. Ministro do Comércio não está presente, pois teve de retirar-se antes de se encerrar a sessão, poço ao Sr. Ministro da Guerra o favor do transmitir àquele seu ilustre colega as considerações que vou fazer.

As estações de-Portalegre Q Grato estão cheias de cortiças que aguardam material a fim de serem transportadas para embarque para o estrangt'iro;coníorme já -tive ensejo de, no princípio da sessão, dizer ao Sr. Ministro do Cum-Vrcio.

Também fiz ver a S. Ex.a que os proprietários das fábricas estão na impossi- * bilidade de manterem o seu pessoal.

Hoje recebi uma comunicação dos representantes da respectiva associação de classe que me dizem que havendo-se dirigido ao Sr. Robinson, um dos rnais importantes fabricantes, a podir melhoria de ' situação e aumento do numere de dias de tríibalho, este senhor lhes dissera que não lhe era possível atendê-los pois ato estava na contingência de ter de encerrar as suas fábricas, visto que poios comboios ordinários não podia dar saída ao stock que teni as cortiças, se o Governo não desse providências para ser fornecido material suficiente para descongestiona:: a fábrica.

Desta fábrica vivem perto de 0:000 pessoas.

Chamo a atenção do Sr. Ministro da Guerra para que S. Ex.a faça o favor de transmitir ao Sr. Ministro do Comércio as minhas considerações, tanto mais que não procuro senão evitar factos graves que podem dar-se naquela cidade.