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Sessão de 23 de Junho de 1Ô2È

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chamá-lo-ão cumprimento da lei, porque não há lei.

Se assim não for, é iuutil que esse delegado venha dar couta ao Sr. Ministro das Finanças do que se passa.

O Conselho do Finanças ó apenas consultivo. (Apoiados].

V. Ex.a sabe isso bem. Quanto a campanhas, p'assado um mês elas voltam, e o dinheiro mais uma vez não "chega.

Não sei mesmo quantos milhares de coutos serão necessários.

Fez-se um reparo acerca de os produtos serem transportados em navio de guerra.

Efectivamente o Sr. Nuno Simões também aludiu a esse ponto, e melhor seria transportar esses produtos em navio do Estado.

Garantia é que não pode haver do navio, sendo de guerra, ser barato. Mais caro ficaria o transporte em navio com guarnição de marinha, o que ó elementar.

Sei como essas cousas se fazem; no dia do pagamento o navio está sempre no porto.

A garantia dada pelo Sr. Ágatão Lan-v ca, de que haveria o cuidado de que o transporte esteja à data do pagamento das folhas...

Garanto a V. Ex.a que se tal se der. no dia do pagamento o navio estará em qualquer porto estrangeiro. A propósito, devo recordar que em Macau, quando se aproximava o dia do pagamento, a canhoneira que lá faz serviço tinha necessidade de limpar o fundo e fazer outras reparações, e ia para Hon-Kong.

Interrupção do Sr. Ágatão Lança gue não se ouviii.

O Orador:—Eu quero crer que o Sr. Ministro está na melhor boa fé, mas o que é facto é que se S. Es.a mandar seguir o navio, eles dizem que necessita de reparações.

Interrupção do Sr. Ágatão Lança.

O Orador:—Parece-me, pois, princípio elementar que se recorra a transportes mercantes, porque a função do marinheiro não é" para carregar ou descarregar, ainda mesmo que os ordenados sejam em ouro.

Iroca-se diálogo entre o orador e o Sr, . Francisco Cruz.

O Orador : — Sr. Presidente : dizia eu que me parece não ser função da marinha de guerra andar em transporte de mercadorias, e a propósito ocorró-me pre-guntar quem faz as cargas é descargas, sobretudo em porto de desembarque^ quando em navios mercantes esse serviço é feito pela tripulação.

Eu bem sei que, depois deste arrasoa-do, o projecto, será aprovado, mas...

O Sr. Ágatão Lança: — Mas o serviço dos estivadores também a marinha tem de aproveitar, e casos há, e muitos, em-que, quando se trata de barcos de guerra, esse serviço é feito por pessoal de bordo, sem dispêndio para o Estado.

O Orador: —Eu fiz apenas uma pre-gunta: os marinheiros desempenham esses serviços? Mais nada!

A proposta não 'diz nada. São tantos; contos para a exposição, e mais nada, porque o resto é farelo.

Disse.

O orador não reviu.

O Sr; Carlos Pereira:—Requeiro a prorrogação da sessão até se votar a proposta.

Foi aprovado em prova e contraprova^ esta requerida pelo Sr. Paulo Cancela de Abreu.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Sr, Presidente : seria interessante pôr em confronto as. considerações da maioria democrática desta Câmara, a propósito deste projecto em discussão, com as que produziu, quando no ano passado aqui foi presente pelo Sr. Fernandes Costa a proposta de autorização de 2:500. contos.

Devo dizer a V. Ex,a que estou convencido de que da parte do comissário da Exposição do Rio de Janeiro há os melhores propósitos e as mais honestas intenções públicas, mas julgamos que é nosso direito não. autorizar mais despesas e discordo do modo como estes assuntos têm sido tratados.

Mas não foi para isto que eu pedi a palavra ; mas sim para responder aos Srs. Fausto de Figueiredo, Jorge Nunes c Manuel Fragoso.