O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

14 Diário da Câmara dos Deputados

independência política, tem o dever o vêem-se forçados, muitas vezes, a ter do emitir a sua opinião pessoal a propósito dos assuntos, quando é certo que várias vezos, como agora só dá comigo, o seu ponto do vista pessoal nada valha.

Não apoiados.

Não é êste o momento de ou definir qual a minha posição política dentro desta Câmara. Reservo-me para o fazer em momento mais oportuno. No emtanto, ao intervir neste debate, entendo que devo fazer desde já estas afirmações. Republicano, trazido a esta Câmara por votos de republicanos, de todos os republicanos de um distrito, entendo que o meu lugar, além do todas as responsabilidades que envolvo o mandato de Deputado, tem mais esta que quero afirmar bem alto: é que tenho do manter-mo, em relação aos partidos do regime, na posição que um republicano, que só deseja ver que todos trabalhem no sentido do dignificar a República e a instituição parlamentar, devo manter sempre, sem acirrar ódios o, pelo contrário, procurando desfazer atritos.

Apoiados.

Ao assistir ao início dos trabalhos parlamentares, confesso a V. Exa. e à Câmara, que ou vi baquearem algumas das esperanças de que ora portador. Tive a impressão de que êste Parlamento, trabalhando sempre pela mesma forma como começou os seus trabalhos, estaria inferior a missão que lhe incumbo. Em Portugal, como em toda a parte do mundo, fazem-se graves acusações aos Parlamentos, porque êstes, pela sua maneira do trabalhar, não acompanham a vida social, complexa, por vezes, em certos aspectos, com a celeridade, com a concomitância de esfôrços com que a vida social se desenrola.

Entendo que os parlamentares, para só honrarem, tem, acima do tudo, de trabalhar depressa.

As duas primeiras sessões da Câmara deixaram-me uma desoladora impressão, cedo, bem cedo, porém, desfeita.

Assisti ontem ao desenrolar dos trabalhos da Câmara, e senti bem a honra e o orgulho de ser republicano o Deputado da nação? Os leaders dos partidos o pessoas que tem no moio político uma alta representação, porque são valores indiscutíveis, aqui se pronunciaram ontem, e estiveram bem à altura daquelas responsabilidades que tolos temos perante o país!

Apoiados.

A minoria nacionalista, constituída por dois grandes valores mentais (Apoiados), que marcam, sobretudo nesta torra onde a elite de valores não é grande, com a sua intervenção neste debate, teve uma grande virtude. Primeiro: mostrar perante a Câmara, perante o país a som razão, a não verdade da política monárquica, que os monárquicos pretendem fazer em torno desta Câmara.

Já ontem pela boca do ilustre Deputado Sr. Pedro Pita foram feitas as mesmas críticas.

No emtanto é preciso ir buscar à imprensa a afirmação, que é desmentida pela atitude do Parlamento.

Vou fazê-lo.

O Correio da Manhã, do dia 21 de Dezembro, dizia o seguinte:

O Sr. Carvalho da Silva (interrompendo): - V. Exa. dá-me licença? V. Exa. é assinante?

O Orador: - Não sou assinante, Sr. Carvalho da Silva; mas costumo ler o Correio da Manhã e dessa leitura fica me a impressão do que um dos seus mais assíduos colaboradores é o Sr. Carvalho da Silva. Ainda mais: é que leio o Correio da Manhã precisamente para, como republicano, em todos os momentos, ir lá rebuscar a mentira de que se serve a política monárquica (Apoiados) e apresentar-lho o devido desmentido.

Dizia o Correio da Manhã;

Leu.

Ouvi uma afirmação, como se fôsse saída da própria boca, do que os republicanos da Câmara, em questão do alta moralidade como esta, querem que justiça e inteira luz se faça.

Esta é a primeira virtude da proposta do Sr. Amâncio do Alpoim.

Unia outra, que é preciso pôr em. destaque, é que os republicanos, enveredando por vezes por caminhos de minúsculas o mesquinhas questões, desde que se trate dum alto interesso nacional, se dão as mão se avançando uns e outros por essa terra de ninguém, contra os próprios monárquicos.