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10 Diário da Câmara aos Deputados

Efectivamente, se se confrontar o que existia antes da implantação da República, relativamente ao problema da instrução e ao da assistência e saúde publicas, a República pode bem orgulhar-se do que tem feito.

Também teremos ensejo de nos referir às considerações do Sr. Barros Queiroz mais largamente. Por agora, limitar-nos hemos a dizer que elas calaram profundamente no nosso ânimo. Se o Partido Nacionalista vem disposto, como é próprio de um partido constitucional da República, a querer colaborar numa obra profundamente republicana, democrática e nacional, terá todo o nosso inteiro apoio o aplauso.

Apoiados.

Apenas pequenas divergências de processas entre nós se poderão levantar, porque das próprias palavras de S. Exa. vemos que, afinal, no objectivo geral todos nós estamos de acordo.

Para terminar, quero ainda afirmar à minoria socialista que em tudo o que seja destinado a proteger ou auxiliar as classes trabalhadoras (mas não os criminosos) (Apoiados), nos encontram decididamente a seu lado...

O Sr. Amâncio de Alpoim (interrompendo):- E aos criminosos apenas o castigo nos termos da lei o da Constituição, não é assim?...

O Orador: - Quero ainda afirmar a V. Exa. e à Câmara que damos o nosso voto à proposta de substituição, apresentada pelo Sr. Manuel José da Silva, para que seja votado apenas um duodécimo o para que seja revogado o § 1.° do artigo 1.° da lei de duodécimos que estava em vigor.

Tenho dito.

O orador não reviu, nem o Sr. Amâncio de Alpoim fez a revisão do seu àparte.

O Sr. Carvalho da Silva (para explicações):- Sr. Presidente: não tencionava usar da palavra, mas em vista das considerações do Sr. Vitorino Guimarães, sou forçado a pronunciar duas ou três palavras.

Protesto, em nome dêste lado da Câmara, contra aquilo a que S. Exa. chama a "republicanização" da finança. O Sr. Ramada Curto fez uma censura à República e aos homens da República por não terem sabido substituir a finança, a que S. Exa. chamou monárquica, por uma finança republicana.

Não compreendo, Sr. Presidente, como esta aspiração possa caber a dentro do programa socialista, porque acho tudo quanto há de mais perfeito individualismo o querer tirar a alguém a administração de uma cousa que lho pertence para a entregar a outra pessoa. Não é princípio socialista êste, mas sim um princípio que eu nem quero classificar.

É espantoso que depois do caso do Angola e Metrópole ainda venham falar em mais republicanização.

É espantoso que seja o Sr. Vitorino Guimarães, cheio de responsabilidades políticas no caso do Angola e Metrópole, quem levante a voz para fazer afirmações dessas!

Contra essas palavras protesto em nome dêste lado da Câmara, e repito que quem deve administrar uma cousa que lhe pertence é o próprio e não quem os Governos quiserem!

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ramada Curto (para explicações): - Sr. Presidente: eu quero só elucidar o Sr. Carvalho da Silva que a finança me interessa, tanto ela seja vermelha e verde como azul e branca. Era esta a distinção que S. Exa. devia ter feito. Mas não o fez, se bem que tivesse ocasião do fazer mais um brilhantíssimo discurso...

O Sr. Carvalho da Silva: - O que quero é uma finança nacional. Mas...

O Orador: - Então agora falo eu!

O Sr. Carvalho da Silva: - É que eu socializei-lhe a palavra por 2 minutos!

O Orador: - Os senhores, quando lhes convém, são capazes disso!

O Sr. Carvalho da Silva: - Ora aí está o conceito que V. Exa. faz de uma socialização!

O orador não reviu, nem o Sr. Carvalho da Silva fez a revisão dos seus àpartes.