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8 Diário da Câmara aos Deputados

Rafael Ribeiro, embora estejamos prontos a votar a urgência.

Tenho dito.

O orador não reviu.

Foi rejeitado o pedido de urgência e dispensa do Regimento para o projecto do Sr. Rafael Ribeiro.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Alberto Dinis da Fonseca.

O Sr. Alberto Dinis da Fonseca: - Sr. Presidente: pedi a palavra para em nome da consciência católica protestar contra o atentado leito a Sua Eminência o Patriarca.

Eu sei que atentados desta natureza não os pode o Govêrno evitar, mas pode talvez preveni-los, e, sobretudo, deve punir severamente.

Atentados desta ordem só atestam perversidade, tanto mais que a pessoa visada não faz mal a ninguém, mas sim procura fazer o bem, como ainda há pouco se manifestou publicamente a favor dos hospitais.

Apoiados.

Eu disso que o Govêrno pode preveni-los, pois 6les suo filhos da campanha dissolvente que lavra entre nós.

Nós estamos em face duma crise financeira o económica, mas principalmente estamos em face dama crise moral.

Apoiados.

Ainda hoje se anuncia mais um crime de burla, ou um alcance do 700:000 contos.

Eu entendo que é esta crise moral que nós primeiro precisamos dominar.

Disse há pouco o Sr. Ramada Curto que não pode haver paz nas ruas emquanto não houver paz nas consciências.

Êstes atentados são a prova da desmoralização que lavra.

Não vejo presente o Sr. Presidente do Ministério, mas peço o favor ao Sr. Ministro das Finanças do lho transmitir as minhas considerações.

Tenho dito.

O orador não revia.

O Sr. Ministro das Finanças (Marques Guedes): - Mando para a Mesa uma proposta do lei sôbre 5 duodécimos.

Seria mais curial mandar-se um duodécimo para cada mês, mas, estando a aproximar-se o período constitucional para apresentação da proposta orçamental para 1926-1927, eu entendo mais conveniente que o Parlamento se encontro desembaraçado da discussão dos duodécimos.

Seria mais correcto pedir autorização para efectuar as despesas e cobrar as receitas.

Não peço dispensa do Regimento para a proposta dos duodécimos, mas peço às comissões que doem parecer ràpidamente.

Aproveito a ocasião de estar no nso da palavra para mo referir a uma notícia publicada num jornal, relativa a uma burla de 700:000 contos do bilhetes do Tesouro.

Essa notícia não tem fundamento, e o Sr. Presidente do Ministério o Ministro do Interior chamou à responsabilidade quem a escreveu.

Apoiados.

O director do jornal que não tinha conhecimento da notícia...

Uma voz: - Mas tem que ser castigado. Muitos apoiados.

O Orador: - De toda a forma é condenável o proceder do jornal (Apoiados) por publicar notícias falsas e alarmantes.

Apoiados.

Peço urgência para a minha proposta.

Foi aprovada a urgência.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro das Finanças (Marques Guedes): - Peço perdão de uma falta, visto não estar habituado às praxes parlamentares. Devo declarar ao Sr. Dinis da Fonseca que transmitirei ao Sr. Presidente do Ministério as considerações de S. Exa.

Foi pôsto à votação o negócio urgente do Sr. Amando de Alpoim.

O Sr. Álvaro de Castro: - Desejava ouvir a opinião do Sr. Ministro das Finanças.

O Sr. Ministro das Finanças (Marques Guedes): - Não me julgo habilitado a responder ao "negócio urgente" do Sr. Amâncio de Alpoim, o não o reputo conveniente neste momento, crendo que será essa a opinião do Sr. Presidente do Ministério.

O orador não reviu.