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Sessão de 4 e 5 de Janeiro de 1926 9

O Sr. Amâncio de Alpoim: - O "negócio urgente" que pretendo tratar prende-se com a administração financeira do Banco de Portugal.

É do interêsse do Govêrno e da República tratar do assunto.

O orador não reviu.

O Sr. Cunha Leal: - Eu voto o requerimento do Sr. Amâncio de Alpoim, mas também entendo, como o Sr. Ministro das Finanças, que é prejudicial uma discussão desta natureza neste momento.

Apoiados.

Não posso deixar de votar o requerimento para a boa situação moral do Banco de Portugal.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Pestana Júnior: - Sr. Presidente: depois das palavras proferidas pelo Sr. Amâncio de Alpoim, a Esquerda Democrática não pode deixar de votar o "negócio urgente" apresentado por S. Exa. E parece-nos também que a Câmara não pode deixar de autorizar aquele Deputado a tratar imediatamente do assunto.

Querer afastar para mais longe o tratar-se dele poderá parecer que só não quere que êle seja discutido, ou mesmo que se não quere que sôbre êle se faça luz.

Que S. Exa. trate pois o assunto como entender são os nossos desejos.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Vitorino Guimarães: - Sr. Presidente: não quere êste lado da Câmara pôr, de nenhuma maneira, qualquer entrave à discussão de um assunto de tam grande importância e que se afirma envolver a honra de diversas pessoas.

Devo dizer também, em meu nome pessoal, que acompanho o modo de ver do Sr. Ministro das Finanças. Mas, desde que o assunto aqui foi trazido à tela, e nos termos em que o foi, é opinião dêste lado da Câmara que só deverá aguardar a presença do Sr. Presidente do Ministério, para que S. Exa. diga se há ou não conveniência na discussão imediata dêste assunto.

Apoiados.

E quere-me até parecer que dada a maneira como o caso aqui foi pôsto, e a gravidade que se lhe deu, naturalmente será reconhecida a necessidade imediata de se discutir desde já o assunto.

Assim, Sr. Presidente, eu peço que se aguarde a presença do Sr. Presidente do Ministério para então se votar o "negócio urgente" do Sr. Amâncio de Alpoim.

Apoiados.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. António Cabral: - Êste lado da Câmara aprova a discussão do "negócio urgente" do Sr. Amâncio de Alpoim, porque o próprio Banco de Portugal será o primeiro a desejar que se faça luz sôbre o assunto, e, como nós também assim o desejamos, votamos o requerimento do S. Exa.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro das Finanças (Marques Guedes): - Sr. Presidente: em vista das declarações feitas pelo Sr. Amâncio de Alpoim não tenho mais do que confirmar as afirmações feitas pelo ilustre leader da maioria, Sr. Vitorino Guimarães.

Continuo a reputar inconveniente e inoportuna a discussão que se pretende fazer; mas, já que ela foi posta no pé em que está, eu penso que essa discussão será, porventura, necessária.

Em todo o caso, eu peço a V. Exa., Sr. Presidente, se digne avisar o Sr. Presidente do Ministério, que está em Conselho de Ministros, para aqui comparecer, visto que é êle o responsável pela política geral do Gabinete.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - O Sr. Presidente do Ministério já está avisado, e por isso parece-me que a Câmara deverá aguardar a presença de S. Exa. para resolver sôbre o "negócio urgente" do Sr. Amâncio de Alpoim.

Muitos apoiados.

O Sr. Joaquim Brandão: - Sr. Presidente: eu tinha pedido a palavra para quando estivesse presente algum dos Srs. Ministros, mas desejaria, de preferência, que o Sr. Presidente do Ministério ou-