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14 Diário da Câmara dos Deputados

tra ordem, e ainda porque o facto de Portugal não ratificar estas deliberações, quando já outros países o haviam feito, por um lado prejudicava os países que pediam a anuência de Portugal a essa conferencia, e por outro lado não colocava têem a chancelaria portuguesa, que teve de aderir a essa conferência, para não perder o aspecto de menos interêsse do Parlamento Português por esta questão.

Creio ter dado as suficientes explicações para esclarecimento da Câmara sôbre o assunto de que se trata.

Tenho dito.

O orador não reviu, nem o Sr. Marques Loureiro fez a revisão dos seus àpartes.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Cunha Leal.

O Sr. Marques Loureiro: - Eu pedi a palavra para explicações quando o Sr. Ministro dos Estrangeiros estava falando; e devo falar primeiro.

O Sr. Presidente: - Tem V. Exa. a palavra.

O Sr. Marques Loureiro: - Eu pedia a V. Exa. e à Mesa que seja ao menos, colocado aqui, como em tempos foi preconizado pelo Sr. Filipe da Mata, um quadro para a gente se inscrever, para se não darem êstes casos.

Eu devo falar agora, e isto sem desprimor para com o Sr. Cunha Leal.

Sr. Presidente: fiz há pouco um àparte de que não estou arrependido, até por que isso provocou as explicações do Sr. Ministro dos Estrangeiros sôbre o assunto, quando se referia à atitude por S. Exa. assumida entre o Sr. Cunha Leal e a minoria nacionalista. Disse eu que era uma intriga, e não quis com isto dizer que era uma intriga no sentido torpe da palavra, mas sim uma intriga política, para não lhe dar o nome de politiquice ou truc político.

Pretendeu-se estabelecer a divergência entre um nacionalista e o leader do Partido Nacionalista; pretendeu-se sustentar que havia divergência entre mim e o leader nacionalista.

As diversidade de procedimento se acentuou na forma por que um Deputado nacionalista expunha êsse assunto.

Disse S. Exa. que havia falta de método nos trabalhos parlamentares e na discussão que se fazia aqui, como se a própria existência e funcionamento desta Câmara não fôsse toda uma questão de ordem e do método.

Apoiados.

Então há ordem e método por parte do Sr. Ministro dos Estrangeiros para poder censurar a falta de método do funcionamento desta Câmara?

Há relatório ou parecer?

Não pôde ser dada a proposta para ordem do dia por falta dêsse relatório.

Há ordem e método, e é necessário vir pedir a urgência o dispensa do Regimento para a discussão?

Há ordem e método? Pois então êsses pedidos de dispensa do Regimento e urgência, não são a negação do método e da ordem?

Eu não sou aqui sòmente nacionalista.

Tenho a coerência do que não posso abdicar.

Foi eleito por um partido um partidário que depois entrou para outro partido, e eu não conheço indisciplina neste facto.

Eu precisava acentuar, e até para defender a atitude dos Deputados nacionalistas que aqui se sentam, esta minha atitude.

Tenho interpretado mal?

Não sei. Não estou aqui para adquirir novos louros; mas apenas na preocupação de expor o que sinto, evidentemente o melhor que posso e sei.

Não houve indisciplina partidária, e a orientação é a de pôr nitidamente a minha atitude. Conheço o respeito que devo ao leader do meu partido.

Sem dúvida S. Exa. merece-o não só por ser o leader nacionalista, mas porque é Cunha Leal, e reunir essa qualidade á de um homem superior.

Não houve, portanto, desrespeito.

Instei para que fôsse aprovado êsse projecto.

Tenho dito.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taguigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Vasco Borges): - Mais de uma vez tenho afirmado que, como Ministro dos