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Sessão de 3 de Fevereiro de 1926 5

E o que é mais gravo é que os empregados dizem que os passageiros é que têm a culpa, por não deitarem fogo às carruagens que se encontram nestas condições.

Não há a quem fazer reclamações; pois ainda há pouco ouvi o Sr. Alberto Jordão reclamar, não sendo atendidas as suas reclamações, mas até agravados os motivos dela.

Não pode ser. Ou atendem as reclamações do público ou temos de lançar fogo às carruagens que já não 'podem servir.

Recebi uma reclamação para ser presente ao Sr. Ministro do Comércio:

Leu.

Isto é, o Estado aplica o coeficiente 11 e a Companhia o multiplicador 6.

Tenho mais para o Sr. Ministro do Comércio, que continua a não estar presente:

Leu.

Êste decreto não traz disposição alguma em contrário.

Peço ao Sr. Ministro do Comércio para dar ordens para se não continuar com estes atropelos.

O orador não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva: - Sr. Presidente: continuo a protestar contra o facto de só trazer para aqui o incidente lamentável que acabou no julgamento dos baldios.

Em Portugal só se atende a reclamações por meio de revoluções. E aqui está a sua justificação: é que só assim as reclamações são atendidas.

O Sr. Marques Loureiro: - Só?

O Orador: - Só; sim, senhor. É por isso que V. Exas. estão há quinze anos "em conseguirem ir ao Poder.

Àpartes dos Srs. Marques Loureiro e Raimundo Alves.

O Orador: - As reclamações não são atendidas. E a prova é que estiveram oito meses presas por questões políticas pessoas da maior respeitabilidade, simplesmente por isso agradar a determinados indivíduos.

O Sr. Marques Loureiro: - E lamentável que isso se dê, seja para pessoas de representação ou não.

O Orador: - A questão foi de tal ordem que um dos presos foi procurado para lhe dizerem que se dêsse dois terços da votação seria despronunciado. É isto ou não uma perseguição?

Mais ainda: foi para lá o mesmo administrador. E uma provocação.

Poderia fazer mais largas considerações, mas reservo-as para quando estiver presente o Sr. Presidente do Ministério.

Mas já que estou no uso da palavra, mudando de assunto, peço ao Sr. Presidente o favor de me dizer o que pensa resolver acerca do julgamento da eleição do Funchal.

Já aqui foi declarado que os três membros da comissão não se encontram de acordo e que, portanto, essa comissão não poderá resolver nada. Nestas condições, parecia-me melhor completar essa comissão elegendo os dois membros que faltaram.

Peço a V. Exa. a fineza de me dizer o que pensa íazer em face dos casos que apontei.

O Sr. Presidente: - A Mesa não tem interferência nessas comissões.

O Orador: - Êste lado da Câmara, tendo a melhor vontade de evitar uma acção enérgica, como o caso reclama, procurou o Sr. Vitorino Guimarães, leader da maioria democrática, e fez sentir a necessidade de chegar a uma solução. S. Exa. foi de opinião de que se elegessem dois membros em substituição dos dois nacionalistas que renunciaram, e nesse caso a maioria votaria era listas brancas, ficando a cargo das oposições a escolha dêsses dois membros.

Apelo para S. Exa., na certeza de que aquilo que estava resolvido é o que se vai votar, pois não julgo que a maioria falta ao que se comprometeu.

Tenho dito.

O orador não reviu.

Foi aprovada a acta.

Admissões

Foram admitidas à discussão as seguintes proposições de lei:

Proposta de lei

Do Sr. Ministro da Guerra, contando o tempo de campanha para diuturnidade