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Sessão de 4 de Fevereiro de 1926 5

O Sr. Calem Júnior: - Sr. Presidente: pedi a palavra para quando estivesse presente o Sr. Ministro do Comércio, mas como S. Exa. não está, e se encontrem presentes dois dos seus colegas, vou fazer umas breves considerações sôbre um assunto que reputo do interesso nacional, na esperança de que S. Exas. se dignarão levar ao conhecimento do sen colega do Comércio a exposição que vou fazer.

Em meados do próximo mós do Maio, deve realizar-se na cidade do Pôrto um congresso da Liga Internacional Anti-proibicionista dos Vinhos, o qual é levado a efeito por iniciativa da Associação, Comercial do Pôrto.

É de esperar que a êsse congresso concorram 150 delegados de diversas nacionalidades.

As teses que se propõem discutir são todas tendentes a estudar a maneira de aumentar o consumo do vinho que, sem dúvida, é a nossa maior riqueza; essas teses tendem também a contrariar a propaganda que em vários países se faz contra as bebidas espirituosas.

Escuso do referir a V. Exa. a importância de êste congresso, visto a necessidade que temos de aumentar a exportação de vinho.

A Associação Comercial do Pôrto deseja mais uma vez ser gentil e atenciosa para com os seus hóspedes o pensa em levá-los à região Duriense, a fim de êles não só terem ocasião de verem e apreciarem a cultura da vinha, difícil como é, nessa região, mas também para apreciarem os encantos daquele famoso centro vinícola, dignos de ser admirados por todos.

Apoiados.

Mas para que os congressistas possam ar até o Alto Douro, Pedras Salgadas ou Vidago, há o caminho de ferro, mas na volta, pela região do Vila Real, Sabrosa até o Pinhão, a estrada está perigosa e seria uma vergonha o um perigo.

Essa estrada sobranceira a um temível despenhadeiro sôbre o rio Pinhão, oferece os maiores sobressaltos às pessoas que ali passam, e arriscado é por ali transitarem os automóveis.

A Câmara de Sabrosa já se dirigiu ao Sr. Ministro do Comércio, pedindo para ser reparada essa estrada, e eu, satisfazendo os desejos da comissão organizadora do
congresso, acompanho êsse pedido, a fim de o Sr. Ministro do Comércio mandar reparar essa estrada, que é de interêsse para o país.

Apoiados.

Vozes: - Muito bem.

O Orador: - Posso acrescentar que os Deputados pela região duriense estão de acordo com êste pedido.

Apoiados.

Peço ao Sr. Ministro da Justiça o favor de transmitir ao Sr. Ministro do Comércio estas considerações.

O Sr. Ministro da Justiça e dos Cultos (Catanho de Meneses): - Realmente é de todo o interêsse o que o ilustre Deputado acaba do dizer, e o Govêrno não pode ficar indiferente diante dessa manifestação que; se há-de realizar no mês de Maio.

É para louvar êsse empreendimento, que vai trazer ao nosso país estrangeiros, o que não é indiferente para a economia nacional.

Transmitirei fielmente as observações do S. Exa. ao Sr. Ministro do Comércio, e estou convencido de que o Sr. Ministro do Comércio auxiliará tanto quanto passível essa manifestação e mandará reparar a estrada.

O Sr. Manuel José da Silva: - Desde o começo desta sessão legislativa que eu venho pedindo a presença do Sr. Ministro do Comércio, pois desejo tratar com S. Exa. assuntos do alto interêsse para os Açores, que em parte eu represento no Parlamento.

Infelizmente o Sr. Ministro do Comércio raras vezes vem a esta Câmara para o fim de os Srs. Deputados poderem apresentar as suas reclamações.

Aproveito a ocasião para V. Exa. me permitir a liberdade de apresentar um alvitro para melhor eficiência dos trabalhos parlamentares.

V. Exa., como Presidente, podia junto do Govêrno tratar por forma que às segundas-feiras viesse a esta Câmara o Sr. Ministro da Agricultura, às terças-feiras o Sr. Ministro das Finanças, às quartas-feiras o Sr. Ministro do Comércio, e assim os oradores sabiam com que Ministro podiam contar.