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Diário das Sessões do Senado

deira nacional, que é o que se pretende principalmente.

Quanto ao n.° 30.° do artigo 2.°, que-re-cue parecer que é necessário modificá-lo, porquanto, pela fornia como está redigido, afigura-se-me não estar suficientemente claro que os navios não possam passar para mãos estrangeiras.

Termino declarando que o Parlamento presta um bom serviço à Nação aprovando a venda dos navios por grupos.

É lida e admitida.

O Sr. José Pontes: — Quando se discutiu este assunto na l.a Secção, tive ocasião de me colocar no' ponto de vista da frota mercante por unidades expondo os meus argumentos. Não tive, porém, a felicidade de ver acantonar da minha banda todos os colegas no primeiro dia em que se discutiu o assunto. Na segonda sessão já tive ocasião de ver a meu laço 4 Srs. Senadores e parece-me que, se a discussão se prolonga mais, teria por fim todos os colegas do meu lado.

Agora, erc sessão plena, vejo que muitos professara o meu ponto de vista.

Sr. Presidente: realmente a única forma de liquidar a frota, com alguma vantagem para o Estado, é por unidades, porque os compradores darão por cada grupo o mesmo dinheiro que por cada navio.

É, portanto, necessário fazer a alienação o mais depressa possível o por unidades e ficaria satisfeito se o Senado assim deliberasse.

As emendas que se apresentaram, são afinal cautelas para se defenderem os interesses do Estado.

Sr. Presidente: o Sr. Herculano Galhardo é um homem às direitas, todos o conhecem. Mas S. Ex.ajá sofreu um pouco de elasticidade, apesar de ser inflexível.

S. Ex.a já íez parte da'comissão indicada para estudar o assunto.

O Sr. Herculano Galhardo (interrompendo) : — Eu disse à Secção que, para cumprir as suas ordens, porá colaborar nessa Secção, só aceitando os pontos de vista apresentados pelo Sr. António Fonseca.

O Orador: — K pena que S. Ex.:; não tivesse trazido à tâmara uma proposta mais completa.

S. Ex..a disse que aceitava tudo. Mas como depois visse que os Srs. parlamentares apresentavam vários e outros pontos de vista, declarou que não os aceitava.

O Sr. Herculano Galhardo:—O Sr. Augusto de Vasconcelos já disse que o trabalho da comissão foi apenas concretizar em artigDs o que a Secção deliberava.

O Orador: — Em todo o caso, S. Ex.a fez parte da comissão . . .

O Sr. Herculano Galhardo: — Perdoe S. Ex.M

S. Ex.a é médico. Amanhã é chamado a ver um moribundo. Vai vê-lo e nessa ocasião aparece-lhe o seu maior inimigo.

Aqui tem S. Ex.a

O Orador:—Entretanto, S. Ex.a colaborou no remédio a dar.

Mas, Sr. Presidente, eu não reedito mais argumentos.

Como não quero cansar a atenção da Câmara, só proferirei mais algumas palavras. D.rei que a proposta só baseia no. artigo 2.°, o mais é acautelar os interesses do Estado. E assim declaro que, aqui na sessão plena, estou defendendo o que na Secção defendi.

Lamento que o Estado não tenha, por vezes, capacidade administrativa.

Já nos Transportes Marítimos do Estado, tiveram um bom administrador — o Sr. Portugal Durão,

Havendo homens honrados, pode haver organismos honrados.

E o meu desejo, no assunto em ques-;ão, é que se liquide o mais depressa possível.

O Sr. Joaquim Crisóstomo:—Sr. Presidente : conquanto concorde com o ponto de vista deste artigo., pela forma como está redigido prevejo que dê motivos a muitas dúvidas.

Ein presença da maneira como tem sido conduzida a discussão, parece-me que retrogradamos é voltamos a discutir na generalidade este projecto de liquidações.