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27 DE ABRIL DE 1950 935

1) Algumas preciosidades dos impressos em Portugal no século XVI:

Temos em referência a Bibliografia das obras impressas em Portugal no século XVI, de António Joaquim Anselmo, 1926.

a) Obras que Anselmo não refere:

Privilégios Apostólicos da Sagrada Religiam de Saiu Joam do Hospital de Hicrusalem, 1524, Lisboa, por Geraldo da Vinha.
De Glorie Libri V, de Jerónimo Osório, 1349, Coimbra, por Francisco Correia (Anselmo só refere a edição de 1578).

b) Obras de que Anselmo não conheceu exemplares:

Constituições Synodais do Bispado de Miranda, 1565, Lisboa, por Francisco Correia.
Historia da muy notável perda do Galcam, em que se contam os grandes trabalhos e lastimosas cousas que acontecerão ao capitulo Manoel de Sousa Sepulveda, 1592, Lisboa, por António Álvares.
Vida do mui glorioso Abade São Bento, 1577, Lisboa, por António Ribeiro.
Processo da Penitente Vida de S anato Amaro, 1577, Lisboa, por António Ribeiro.
Doutrina Christãa, 1554, Lisboa, por Germão Galharde.
Oratio pro Rostris, de L. André de Resende, 1534, Lisboa (German Galhard).
Mystica Theologica, do Padre Sebastião Toscano, 1568, Lisboa, por Francisco Correia.
Família Augustiniana, compilada por Fr. João de S. José, 1565, Lisboa, por João Barreira o Marcos Borges.

c) Obras muito raras e de grande valor:

Grammatica da Língua Portuguesa, de João de Barros, 1540, Lisboa, por Luís Rodrigues.
Constituições Synodaes do Bispado Dangra, 1560, Lisboa, por João Blávio de Colónia. (Anselmo refere apenas a existência de um exemplar conhecido, e este na Biblioteca Nacional, o qual foi adquirido no leilão de Azevedo Samodães por 910$)..

É ainda grande o número de obras impressas portuguesas do século XVI, de que apenas só um exemplar existente em bibliotecas nacionais.

2) Alguns exemplares de incunábulos:

Vita Christi, de Ludolfo de Saxónia, 1495, Lisboa, por Valentim Fernandes e Nicolau de Saxónia.
Cosmographia cum figuris, de Pompónio Melha, 1498, Salamanca (edição de Nunez de la Yerva).
Tratado mucho Proucchoao y de grand doctrina en el qual se contienen materias tocantes al sacramento d'la penitencia, 1492, Burgos, por Fradique Alouram.

3) Alguns dos principais manuscritos:

Tratado dos Deuses Gentilicos de todo o Oriente e dos Ritos e Ceremonias que usaram os Malabares.
Atribuído a Manuel Barradas, e que se encontra em vias de total destruição, pois já dele dizia em 1897 António Francisco Barata: « pena é que a tinta o corroesse muito, sendo talvez impossível restitui-lo nas partes queimadas».
Carta de El-Rey D. Diniz, em que acoutrou a seu irmão Afonso Diniz a Povoa de Salvador Ayres, 1310.
Carta de Afonso Diniz, de doação a seu filho D. Affonso Dinis, 1278.
Colecção da Cartas Régias de 1690 a 1822.
Catalogo Chronologico das Rainhas de Portugal.
Memórias das Cortes convocadas pelos Reis de Portugal.
Breve Relação da Instituição do Convento de S. Francisco.
Fundação da Cartuxa de Évora.
Genealogias dos Resendes.
Memória Eclesiástica do Convento do Salvador, de Franciscanos.
Notícia da Fundação do Mosteiro de Santa Monica.
Livro das Visitações dos Oratórios desta Cidade de Évora, 1591.
Tratados e Convenções mais notáveis em Portugal, 1126-1842.
Rol das cousas ordinárias gastas na Sé em 1588 e 1589.
Chronica de S. Sebastião. Inédita.(Supõe Barata que tenha pertencido à Livraria de Alcobaça).
Regimento dos Cantores e Instrumentistas da Capela da Sé de Évora.
Carta do Padre António Vieira ao Conde de Ericeira.
Carta do Padre António Vieira ao Conde de Castelo Melhor.
Um autógrafo de Bocage.

Manuscritos iluminados:

Breviário, século XV (português).
Livro de Horas, século XV.
Livro de Festas e Missas de Santos.
Theses de Lógica oferecidas a Frei Tomé da Silveira.

A maior parte dos fundos manuscritos desta riquíssima biblioteca interessa grandemente à história de Évora.
A impossibilidade de consulta por parte dos estudiosos destes recheios prejudica grandemente o progresso da nossa cultura.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi cumprimentado.

O Sr. Mascarenhas Galvão: - Sr. Presidente: não é sem confessado receio que volto de novo a falar nesta Assembleia. Faço-o com constrangimento. Não sou orador e, por hábito e até por temperamento, prefiro outra espécie de trabalho mais conforme com as minhas aptidões e formação profissional.
Só aquilo que entendo ser o meu dever me obriga a ocupar, por momentos, a atenção de V. Ex.ª e da Assembleia a que me honro de pertencer.
Sr. Presidente: tenho ouvido repetidas vezes, a princípio com surpresa e sempre com desgosto, versões sobre a vida económica e financeira da colónia de Moçambique que não correspondem, de modo algum, à verdade, e dela até estão paradoxalmente afastadas. Quem, como eu, fez e faz a sua vida em Moçambique, ali constituiu família e ali viu nascer os filhos, não pode ouvir, sem grande mágoa, a injustiça de tais versões.