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11 DE MARÇO DE 1953 819

pírito aeronáutico nos filiados mais novos e encontra-se em franco progresso. Efectuaram-se até hoje três campeonatos nacionais da modalidade.
A instrução de voo com motor realiza-se anualmente numa escola de pilotagem. A escola dispõe de três aparelhos e nela se brevetaram, até à presente data, 60 pilotos. Em 1950-1951 e 1951-1952 realizaram-se cruzeiros aéreos com a duração aproximada de uma semana e escala pelos principais aeroportos do País; mantém-se regularmente, desde 1949, intercâmbio anual com a Civil Air Patrol, dos Estados Unidos da América do Norte.
O centro espacial de voo sem motor dispõe somente de um planador e concedeu, nos últimos quatro anos, 103 certificados a filiados seus instruendos.
A frequência dos centros de especializarão desportiva é condicionada apenas às aptidões e méritos dos filiados, seja qual for a sua proveniência, e não dispensa a frequência dos centros de formação geral. A prática de todas as actividades desportivas é orientada pelo 8.º preceito do bom filiado: «O bom filiado sabe vencer com generosidade e manter o bom humor na derrota».

3) Educação cultural

a) Publicações, torneios literários, teatro juvenil, educação estética e canto coral são os principais aspectos da actividade cultural da Mocidade Portuguesa. A Organização editou até agora mais de meia centena de livros, na sua maioria manuais relativos a diversas actividades educativas. Como publicações periódicas a Mocidade Portuguesa dispõe de um Boletim, iniciado em 1937 e frequentes vezes remodelado; de 1937 a 1947 manteve a publicação do Jornal da Mocidade, Portuguesa e de 1947 a 1951 um jornal infantil - O Camarada. Ambos estes jornais tiveram grande êxito, apenas deixando de publicar-se devido ao elevado encargo que representavam um relação às reduzidas disponibilidades financeiras da Organização. Em 1949 iniciou-se a publicação de uma revista formativa - Guião -, destinada principalmente a graduados.
Editadas pelo Centro Universitário de Lisboa, a Mocidade Portuguesa lançou em 1950 duas revistas especializadas: Estudos Corporativos e Estudos Ultramarinos.
Em numerosos centros escolares e extra-escolares os filiados elaboram regularmente os seus «jornais de parede», actividade cultural que se realiza também nos acampamentos com a designação de «jornal do árvore». Alguns centros editam pequenos jornais impressos.
A partir de 1948 os concursos literários foram reunidos numa só competição anual - a Chama, de Maio -, extensiva a todos os rapazes dos 14 aos 25 anos (filiados ou não na Mocidade Portuguesa) e dividida em secções de poesia, conto, ensaio e teatro; as produções concorrentes contam-se, no conjunto, por muitas centenas; alguns dos nomes hoje mais em justa evidência, na nova geração literária devem às actividades da Mocidade Portuguesa a sua revelação e afirmação;
b) A educação estética, iniciada em 1938, procura completar a actividade pedagógica respectiva, realizada nos diversos graus de ensino, e, principalmente, suscitar e aperfeiçoar juvenis vocações de artistas plásticos. Como consequência e testemunho da obra anualmente conseguida, e que inclui a colaboração da Mocidade Portuguesa Feminina, efectuam-se na Primavera salões provinciais de educação estética, os quais reúnem muitas centenas de trabalhos dos mais diversos géneros, tendo como autores filiados de todos os escalões, ou seja dos lusitos (7 a 10 anos) aos cadetes (maiores de 18). Pintura, desenho, escultura, cerâmica, ferros forjados o esboços arquitectónicos são as modalidades dominantes nestes salões de educação estética. Os melhores trabalhos seleccionados nos salões provinciais são depois apresentados nos salões nacionais.
Realizaram-se, desde 1938, 13 salões nacionais de educação estética e 58 provinciais; neles se distinguiram, recebendo a insignia de aptidão estética, mais de 1 200 filiados; além dos referidos salões, o Comissariado Nacional da Mocidade Portuguesa promoveu 12 exposições de artes plásticas, tanto individuais como de grupos de filiados;
c) 22 peças de teatro juvenil, 14 das quais da autoria de filiados ou antigos filiados, constituem actualmente o repertório do teatro da Mocidade. Iniciadas em 1942 com teatro do acampamento, as actividades deste campo cultural receberam grande impulso a partir de 1948; desde então foram realizados cerca de 50 espectáculos, com unânime aplauso da crítica e do público, não só em Lisboa como na província, no ultramar (Angola, Setembro do 1951) e no estrangeiro (Espanha, Setembro de 1950).
Em considerável número de centros escolares formaram-se nos últimos dois anos pequenos grupos de teatro, que foram como modelo a obra de teatro da Mocidade do Comissariado Nacional:
d) Como acima se raferiu, compete à Mocidade Portuguesa a orientação do ensino de canto coral em todos os estabelecimentos escolares (os de ensino secundário desde 1947 e os de ensino técnico desde 1948), mas já antes daquela data a Organização mantinha grupos corais em numerosos centros. As normas com que a Mocidade Portuguesa orienta o ensino de canto coral caracterizam-se por uma feição eminentemente prática, limitando a aprendizagem teórica ao estritamente indispensável. A par dos grupos corais, com repertório escolhido e reunindo os jovens que demonstram melhor aptidão vocal, é largamente praticado o canto colectivo, em que participam todos os alunos dos estabelecimentos de ensino, sendo o repertório canções e marchas do ancioneiro da Mocidade Portuguesa.
e) A radiodifusão, como instrumento cultural e informativo, começou a ser utilizada pela Mocidade Portuguesa em 1941. O actual programa semanal Rádio Mocidade, transmitido pela Emissora Nacional, data de 1946. A partir de Abril de 1950, e graças à colaboração da Emissora Nacional, passou a funcionar diariamente o posto Rádio Universidade, cujos serviços foram entregues ao Centro Universitário de Lisboa, merecendo destaque o facto de tanto a programação como a parte técnica estarem a cargo de filiados ou dirigentes, cujo trabalho é inteiramente gratuito.
f) Como fecho desta resenha da actividade cultural da Organização pode mencionar-se ainda a execução, já em curso, de um plano de organização de bibliotecas para todos os centros de formação geral.

4) Instrução pró-militar

A formação pré-militar da Mocidade Portuguesa, iniciada em 1937, realiza-se através dos centros de instrução de milícia, destinados aos filiados do escalão de cadetes pertencentes a centros de formação geral, escolares ou extra-escolares, ou aos centros universitários.
Os filiados da milícia participam nas actividades de formação cultural ou espiritual comuns a toda a Organização. A instrução pré-militar que lhes é ministrada consiste principalmente em orgânica, táctica, serviço de campanha, tiro, topografia, educação física e educação cívica e militar.