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2698 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE N.º 82

verno, pedindo medidas enérgicas para pôr fim à anarquia e construir a sociedade socialista.
Vários núcleos do PPD manifestam o seu apoio aos oficiais pára-quedistas o declaram-se solidários com o VI Governo. Afirmam: "Nem ELP nem SUV - disciplina, coesão militar."
Trabalhadores MEC, da Fábrica de Aparelhagem Industrial, manifestam o seu apoio a Pinheiro de Azevedo o ao VI Governo, conforme vontade, da esmagadora maioria do nosso povo.
Comissão de Trabalhadores da Ferpor, S. A. R. L. Serrinha Lixa, representando a maioria dos trabalhadores daquela empresa, declaram o seu total apoio a adesão ao VI Governo Provisório, ao Conselho da Revolução e ao comandante da Região Militar do Norte.
Os trabalhadores do Posto de, Neurologia o Psiquiatria dos S. M. S. do Porto reiteram absoluta confiança no VI Governo.
Um grupo de trabalhadores da secção de expediente do Hospital de Santo António manifestam o seu inteiro apoio ao VI Governo e à Assembleia
Constituinte.
Socialistas de Santo Ildefonso, Porto, protestam contra a indisciplina e exigem emprego da força necessária.
Trabalhadores do Banco Inglês, Porto, exigem a imediata actuação do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas pelo respeito ao VI Governo
E dos representantes do povo; exigem ainda que o Presidente da República actue ou se demita neste momento grave, que ameaça o povo português.

Vozes: - Muito bem!
Vozes de protesto.

O Sr. Secretário: - O Sr. Manuel Pires Falcon, residente no Luxemburgo, telegrafa-nos manifestando a sua solidariedade e confiança, afirmando que a democracia socialista vencerá.
Temos quinze telegramas que nos foram remetidos dos Açores, por vários cidadãos exprimindo unanimemente o seu repúdio pelo texto proposto pela
VIII Comissão, que consideram uma traição ao povo açoriano.
Eu devo dizer que não conheço esse texto da VIII Comissão.

Uma voz: - Nem eu!
Outra voz: - Nem eu!

O Sr. Secretário: - O Sr. Custódio da Silva Loureiro Xastre, de Matosinhos, escreveu-nos relatando o seu despedimento sem justa causa da Administração do Porto do Douro e Leixões, dizendo que ainda hoje está à espera de saber o motivo desse despedimento e de receber a respectiva indemnização.
A Sr.ª Ilda Gil Fernandes pode, que, estando próxima a quadra natalícia, se decrete uma ampla amnistia. Esta senhora é mãe de um recluso e antigo funcionário da DGS em África.
O Sr. Manuel Silva, de Matosinhos, envia-nos uma carta que faz várias perguntas a Mário Soares e a que nós, naturalmente, não podemos responder.

O Sr. João Gabriel da Silva Santos Mota, de Lisboa, manda-nos aquilo a que se chama "um recado aborto ao Sr. General Carlos Galvão de Melo", afirmando a sua simpatia e admiração por esse Deputado e exortando-o a que "resista e insista".

Agitação na Assembleia.

A Sr.ª Lucinda de Jesus de Santos, de Vieira do Minho, servidora do Estado, diz que ganha apenas 90$ diários e que, para ela, não chegou ainda o salário mínimo nacional.

O Sindicato Nacional dos Empregados Bancários do Distrito de Lisboa envia-nos a posição dos trabalhadores do Banco de Portugal em Évora, relativamente a uma intervenção de um Deputado do PCP sobre a Reforma Agrária. Em síntese, essa posição dos trabalhadores repudia a intervenção daquele Deputado do Partido Comunista.

O Sr. Alfredo Custódio, a propósito de uma correspondência aqui lida, afirmando que 90% dos funcionários nada faziam, manifesta a sua estranheza e a sua repulsa por esta afirmação.

De facto, 90% é exagerado!

A Sr.ª Maria da Graça Antunes, de Lisboa, a propósito de uma fotografia publicada no jornal A Luta, em que aparecia o Deputado Vital Moreira acompanhado do Sr. Américo Tomás, vem felicitar aquele Deputado do PCP.

Risos.

Aproveita para cumprimentar o Presidente da Assembleia Constituinte, que, segundo diz, tem presidido esta Assembleia de forma inteligente, apartidária e genuinamente honesta.
A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas do Norte envia-nos a fotocópia de uma proposta. Trata-se de uma longa proposta, com longas considerações, que me dispenso de ler, mas que fica à disposição dos Srs. Deputados. Em síntese, concluímos além do mais:
1.º Que seja dado um prazo de quinze dias ao Ministério do Equipamento Social, para criar uma Secretaria de Estado para a resolução exclusiva dos problemas relativos à queda vertical da indústria da construção civil. Que, se o Ministério do Trabalho promulgar qualquer portaria que altere as disposições do actual contrato, seja rejeitado, firme e unanimemente, o que for unilateralmente homologado.
O Sr. António dos Santos Xavier, do Porto, vem-nos descrever a sua situação de desempregado, que pretendia obter um terreno para ali montar uma exploração destinada à avicultura e cunicultura. Tem encontrado imensas dificuldades e que esperaria que o seu problema fosse resolvido. Aqui fica o apelo do nosso correspondente.
A Juventude Socialista Democrática da Figueira da Foz manifesta o seu total apoio ao Governo do almirante Pinheiro de Azevedo. Manifestando ainda a estranheza pelo facto de, no actual Governo, permanecer uma força minoritária, antidemocrática, o PCP. São palavras da carta da Juventude Social-Democrática.
O Solar do Vinho do Porto dá-nos conta da sua existência. Trata-se de uma instituição oficial, pelo