O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

16 DE DEZEMBRO DE 1977 701

nos acerca das verdadeiras origens dessa notícia. Hoje estamos em condições de o fazer com a verdade que sempre usámos e que é apanágio do Partiu" Social-Democrata, e por isso aqui voltámos ao assunto.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - A verdade é que a notícia veiculada - e a verdade de fundo da questão, essa permanece parque ninguém negou a deturpação contida na notícia-, a responsabilidade da notícia cabe sim a uma militante ou filiada do Partido Socialista, a Sr.ª Fernanda Laranjo, chefe de turno do "Jornal da Tarde" da RDP, e, como é óbvio, militante socialista.

Uma voz do PSD: - Como é óbvio! Muito bem.

O Orador: -O locutor de serviço que leu a notícia esse é, efectivamente, filiado do PSD, o Sr. Eduardo Vidal, que, naturalmente, ao ler a notícia se terá apercebido da falsidade que da continha,, mas parque, com certeza, não tem vocação para censor, não fez a censura da redacção da sua colega e militante do Partido Socialista e se limitou ler a notícia nos precisos termos em que ela foi redigida.
Daqui se deduz, pois, que o Partido Social-Democrata mais uma vez argumentou em termos de perfeita correcção e mais uma vez usou apenas da verdade. Daqui se deduz, portanto, que quem tem de apelar agora pana o magnânimo coração do Sr. Deputado Igrejas Caeiro mo sentido de perdoar ao seu correligionário e de perdoar, também, ao funcionário dos serviços de que ele superintende é, portanto, o Sr. Deputado Igrejas Caeiro e não nós.
Espera o Partido Social-Democrata que o "isento" jornal A Luta não se esqueça de rectificar o comentário que ontem fez em tom triunfalista, dizendo quo quem saiu tosquiado foi o PSD, e dizer que, afinal, quem saiu tosquiado foi o Sr. Deputado Igrejas Caeiro.

esta também que certa imprensa, muito pressurosa em assinalar os sorrisos de gáudio da bancada do Partido Socialista, não se esqueça agora de dizer que esses sorrisos se transformaram afinal em sorrisos amarelos.

Vozes do PSD: - Muito bem!

Vozes do PS: - Muito mal!

O Orador: - Mas o quo importa, ao fim e ao caibo, é que fique feita a prova de que o Partido Social-Democrata mais uma vez usou apenas a verdade, mais uma vez tem razão, e que mais uma vez se provou que se há deturpações nos meios de comunicação social elas resultam da actuação de militantes do Partido Socialista.

Aplausos do PSD.

O Sr. Igrejas Caeiro (PS): - Dá-me licença, Sr. Presidente?

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Igrejas Caeiro pede a palavra e, como foi directamente visado, concedo-lha.
Tenha a bondade.

O Sr. Igrejas Caeiro (PS): - Aliás, Sr. Presidente, mesmo que não tivesse sido directamente visado, pensava pedir-lhe a palavra para dar o esclarecimento devido ao Grupo Parlamentar do Partido Social-Democrata. Até tenho aqui uma carta para lhe entregar, mas entregar-lha-ei pessoalmente e não a vou utilizar neste esclarecimento.
Na altura em que me dirigi ao Sr. Deputado que então acusava de manipulação a RDP só porque tinha tido um erro de informação que na imprensa se chama "gralha" e que ali foi um erro, que eu próprio lamentei, disse que se tinha iniciado um inquérito para apurar responsabilidades.
Por audição pessoa], verifiquei quem tinha lido a notícia e disso dei conta neste hemiciclo, mas exactamente porque não dava por finda toda a minha informação disse que se tinha iniciado um inquérito. Queremos hoje afirmar que esse inquérito revela que a notícia foi feita por um chefe de turno e lida pelo locutor já aqui referido.
Acho particularmente grave o que o Sr. Deputado do PSD acaba de insinuar em relação ao seu militante. Disse o senhor que se o seu militante se apercebeu, e por isso não alterou a notícia, é porque não tem missão de censor e não quer fazer censura. Ora, esta intervenção vai ser talvez grave para o prosseguimento do inquérito, porque qualquer trabalhador da informação quando sabe de um erro que tem nessa informação deve procurar corrigi-lo.

Aplausos á@ PS.

E como não há nenhuma determinação, já que os redactores são simultaneamente locutores ou redactores-locutores ou locutores-redactores, pois eles, próprios produzem notícias, fazem-no com espírito de equipa e item exactamente de trocar impressões com o seu chefe de turno que funciona como subchefe de redacção.
Houve, de facto, um erro lamentável - eu próprio o lastimei na intervenção que fiz na tentativa de esclarecimento. E certamente a Radiodifusão Portuguesa terá oportunidade de prestar e apresentar as suas desculpas ao Grupo Parlamentar do PSD.
Parece-me, em todo o caso, que é distorcer, de algum modo, o assunto considerar uma simples gralha ou um simples erro como ataques demagógicos para querer dar exemplos de manipulação de informação.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Meus amigos, tenho a impressão de que este erro, que por momentos uniu dois antagonistas, políticos, pode servir de apelo para que todos nós aqui, de uma ala a outra deste hemiciclo, estejamos mais unidos no acento que no erro. Houve realmente uma gralha, o que acontece quotidianamente às dezenas na imprensa portuguesa e que pode ser compreendida por gente que saiba falar

Páginas Relacionadas