O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

298 I SÉRIE - NÚMERO 8

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Sr. Presidente, Si í. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro: Não vou repetir o que já foi dito, pois dou o assunto por esgotado, mas queria fazer-lhe a seguinte pergunta: se, como é evidente pela -, suas próprias palavras, o problema de confiança é mais interno à Aliança do que entre Governo e esta Assembleia, se o problema da confiança é uma questão que tem que ver com a interpretação de expressões como «muleta» e «piscadelas de olho» que eu aliás não tinha notado -, pergunto. Sr. Primeiro-Ministro, se não acha excessivo transformar e seja Assembleia numa sala de reunião em que se reúne; o Governo e a sua maioria, embora usa reunião seja perfeitamente legítima, para tratar de questões que são vossas e nas quais nós não podem;) nem tão-pouco desejamos intervir. De qualquer modo, não acha excessivo fazer funcionar um órgão de Soberania para resolver questões que afinal são entre a maioria e o seu Governo?

Vozes do PS: - Muito bem!

Vozes do PSD: - Não apoiado!

O Sr. Castro Caldas (PSD): - Peço a palavra. Sr Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Castro Caldas.

O Sr. Castro Caldas (PSD): - Queria apenas prestar um curto esclarecimento às perguntas feitas pelos Sn. Deputados Carlos Brito e Veiga de Oliveira, porquanto, se bem entendi, se sentiam excluídos do da moção de confiança...

O Sr. Raul Rego (PS): - Afinal sempre há muletas!

O Orador: -... e portanto o facto de não poderem participai no debate era a razão do afastamento da Câmara deste problema.
Tenho imensa pena que seja este o sentimento da vossa bancada, porque da nossa bancada não gostaríamos, de forma nenhuma, de ver os Srs. Deputados Carlos Brito e Veiga de Oliveira excluídos deste debate, antes gostaríamos que eles interviessem. e votassem connosco a moção de confiança, porque isso significava, não que teríamos vencido, mas que leríamos convencido.

Aplausos do PSD.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: Desejo apenas fazer um muito breve esclarecimento; em primeiro lugar para fazer notar que não é curial que, havendo da nossa parte perguntas dirigidas ao Primeiro Ministro, um Deputado da maioria se interponha, um tanto abusivamente, nesta relação de pergunta e resposta que se esperava ter com o Governo.
Creio que o Sr. Deputado Castro Caldas agravou as coisas e até pode ter deixado a sensação de estar com receio de que o Primeiro-Ministro não respondesse à altura.

Aplausos do PC P e risos gerais.

O Sr. Castro Caldas (PSD): - Peço a palavra,

Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade.

O Sr. Castro Caldas (PSD): - É apenas também para um curto esclarecimento.
Esta bancada está a usar o seu tempo e o nosso grupo parlamentar está aqui para isso mesmo.

O Sr. Presidente: - Peço o favor de não estabelecerem diálogo.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Dá-me licença, Sr. Presidente?

O Sr. Presidente: - Com certeza.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Estamos na fase, anunciada pelo Sr. Presidente, de perguntas ao Governo - como aliás já fizemos na discussão do Programa e nesta fase não cabem esclarecimentos das bancadas. As bancadas da maioria daqui a pouco podem dar os esclarecimentos que quiserem, mas neste momento, se não têm perguntas a fazer, podem estar as perguntas da oposição.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Há mais algum Deputado que tenha esclarecimentos a pedir ao Sr. Primeiro-Ministro?

Pausa.

O Sr. Primeiro-Ministro deseja usar do direito de resposta?

O Sr. Primeiro-Ministro: - Sim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem então a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: - Devo dizer que não me comoveu a solicitude, a preocupação, quase angústia, manifestada pelo Sr. Deputado Carlos Brito, pela consciência dos Deputados da maioria parlamentar. Não me comoveu porque, se o fez como figura de retórica parlamentar, não' a posso, com toda a franqueza, achar sincera, depois do debate aqui travado ontem, depois das posições que a maioria ontem aqui claramente expressou.

O Sr. Manuel Moreira (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Mas esse é um problema que o Sr. Deputado põe ao Governo! O Sr. Deputado insurge-se porque a maioria fala, mas esse problema, afinal, parece que devia ter sido posto à maioria para ela responder, se é que ela «pode» responder.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Se é que ela pode responder!...