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O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Rui Pena, queira ter a bondade de me dizer para que efeito, visto que o seu partido já não dispõe de mais tempo.

O Sr. Rui Pena (CDS): - Sr. Presidente, é para protestar, uma vez que V. Ex.ª impediu os aplausos que poderiam contar no tempo de> meu ilustre colega, Deputado Sousa Tavares e para prestar a minha total solidariedade pessoal e do meu grupo parlamentar às palavras que o Sr. Deputado Sousa Tavares acaba de proferir.

Aplausos do CDS.

O Sr. Carlos Lage (PS): - Isso não é nenhum protesto

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Idso é um protesto?!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Rui Pena, eu não impedi, nem poderia ter impedido, nem gostaria de ter impedido, nem pesei ter impedido os aplausos que a sua bancada, e creio que outros Deputados, dirigiam à intervenção, aliás douta, do Sr. Deputado Sousa Tavares.

Simplesmente, o tempo estava a esgotar e foi até uma forma de facilitar a intervenção do Sr. Deputado, visto que se os aplausos se prolongassem excessivamente isso prejudicaria essa intervenção. Foi apenas neste espírito que procedi.

O Sr. Sousa Tavares (GR): -Sr. Presidente, queria contraprotestar em relação ao protesto do Sr. Deputado Mário Tomé.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Sousa Tavares (GR): -Sr. Deputado Mário Tomé, queria simplesmente dizer que o Sr. Deputado emprega repetidamente palavras cujo valor e peso certamente não conhece...

Risos do PSD

... o que, aliás, não admira porque isso exige uma formação especializada que, evidentemente, não tem, tal como sejam: o direito, a legitimidade, a expropriação, enfim, uma série de coisas desse género que, especificadas e detalhadas, se virariam todas contra ele. Mas não quero entrar, de maneira nenhuma, nesse caminho. Apenas queria dizer ao Sr. Deputado Mário Tomé que valeria a pena informar-se com detalhe dos últimos acontecimentos ocorridos, por exemplo, na devolução da reserva . ...

O Sr. Presidente: -Sr. Deputado Sousa Tavares, desculpe mas tem que concluir porque V. Ex.ª já esgotou o seu tempo e, de violação em violação, vamos anarquizando os nossos trabalhos.
Queira desculpar, mas tem de concluir.

O Orador: -Sr. Presidente, estou a ser mais breve possível no meu contraprotesto.

O Sr. Presidente: - Mas V. Ex.ª já esgotou o seu tempo há muito. Já o excedeu, há pouco, na sua intervenção e. agora concedi-lhe a palavra para um contra protesto porque supus que de contraprotesto efectivamente se tratava. Mas V. Ex.ª está a ir um pouco além do contraprotesto... Por isso lhe peço cordialmente que conclua.

O Orador: -Sr. Presidente, tenho a impressão de que se esqueceu de me marcar o tempo que eu tinha para o contraprotesto.

O Sr. Presidente: -Sr. Deputado Sousa Tavares, V. Ex.ª tinha cinco minutos para usar da palavra neste período de prolongamento de antes da ordem do dia e usou cerca de sete minutos.

O Orador: - Não fui advertido desse facto, Sr. Presidente.
Poderia ter sido mais rápido na minha intervenção.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, foi pela extrema simpatia que V. Ex.ª me merece, e porque não me pareceu curial estar a interromper a sua brilhante alocução que não o interrompi.
Mas peço-lhe agora que seja breve.

O Orador: -Mas vou ser, com certeza, breve, Sr. Presidente.

Queria apenas dizer ao Sr. Deputado Mário Tomé que valeria a pena informar-se dos pormenores que deram, em grande parte, origem à excitação que neste momento se vive no concelho de Arraiolos, distrito de Évora, resultante da marcação da reserva da propriedade de Oleirita e talvez como lição do que se passa no Alentejo porque, de facto, o Alentejo não pode continuar a viver mergulhado na mentira sistemática e na propaganda das grandes palavras que não têm sentido.

Aplausos dos Deputados reformadores, do PSD, do CDS e do PPM.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, talvez um dia aqui devamos fazer um debate sobre a política agrária e então os Srs. Deputados terão o direito de usar mais explanadamente da palavra. Mas não estamos a proceder, neste momento, a um debate sobre a Reforma Agrária.

Tem agora a palavra, por cinco minutos, o Sr. Deputado. António Mota para uma intervenção.

O Sr. António Mota (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Um dos problemas mais graves, se não o mais grave, dos pequenos e médios vinicultores portugueses é presentemente o do escoamento e preço do vinho.

Falaremos só da região dos vinhos verdes e dos problemas dos seus cerca de 80 000 produtores. A última colheita nesta região, ronda as 600 000 pipas, quando a média é de 400 000 a 450 000. Já em meados do ano passado os agricultores e a imprensa, referiam a previsão de uma colheita record para 1979.

No entanto, os produtores de vinho verde, como em geral, chegaram às vindimas e ao S. Martinho sem que houvesse qualquer programação da Junta Nacional do Vinho ou da Comissão de Viticultura dos Vinhos Verdes, no sentido de resolver ou contribuir de alguma forma para a resolução do problema