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veniente para o funcionamento, com dignidade e m plenitude, da nossa Assembleia, visto que não está assegurada, em condições correctas, a reprodução dos nossos debates e teria de, ficar para outros dias essa mesma reprodução, desvirtuando, de certa maneira, o sentido da intervenção dos trabalhadores que houveram por bem fazer greve; por outro lado, não há também condições psicológicas para a realização desta sessão. visto que, como todos podem compreender, existe perturbação nesta Assembleia, existe perturbação no pessoal que fez greve ou naquele que não fez greve e, além disso, sabemos que estão a ser exercidas pressões e está a ser feito aliciamento de alguns trabalhadores para em horas extraordinárias, poderem suprir o trabalho que aqueles que não fizeram greve deveriam fazer.
Por conseguinte, o Partido Socialista entendo que não há condições objectivas, materiais e psicológicas para que esta sessão prossiga correctamente, o para que os trabalhos se desenrolem com a sua eficiência e harmonia habituais. Por isso, requer que esta sessão seja interrompida e, em sua substituição, seja feita amanhã, à tarde, uma sessão em que seja cumprida, em normalidade e em plenitude, a ordem de trabalhos que tínhamos para hoje,

Vozes do PS:- Muito, bem!

O Sr. Luís Coimbra (PPM) - Não apoiado!

O Orador - Assim, o Partido Socialista entende que esta sessão não deve prosseguir em nome da dignidade t do bom. funcionamento desta Assembleia e pede a todos os grupos parlamentares que considerem sensatamente a sua proposta para que amanhã, à tarde, possamos fazer uma sessão de Assembleia em que esgotemos a ordem de trabalhos que estava agendada para a sessão plenária de hoje.
Penso que com isto todos nos dignificamos e não permitimos, inclusive, que se crie entre, os trabalhadores da Assembleia da República um clima indesejável, com pressões psicológicas ou morais e, tentativas de aliciamento totalmente, incorrectas, como, aliás se sabe que estão a ser feitas em muitas repartições da função pública por todo este país.

Vozes do PS: - Muito bem!

Protestos do PSD, do CDS e do PPM.

O Orador. - Assim, Sr. Presidente o Srs. Deputados, requeremos que esta sessão seja imediatamente interrompida e que, em sua substituição, seja feita amanhã, à tarde, uma nova sessão.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente. Srs. Deputados, foi feito um requerimento que não tem propriamente discussão. Em todo o caso, darei a palavra aos Srs. Deputados que: queiram pronunciar-se sobre a questão posta.

Pausa

Tem a palavra o Sr. Deputado, João Amaral.

O Sr. Rui Pena (CDS): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Como é para interpolar a Mesa, tem precedência. Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Rui Pena (CDS): - Sr. Presidente, pedia à Mesa para indicar à Assembleia em que artigo regimental é que se filia o pedido, formulado pelo ilustre Deputado da, bancada socialista.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, melhor teria sido, salvo o devido respeito, que fizesse essa pergunta ao Deputado requerente. Em todo o caso qualquer Deputado pode requerer o que entender sobre o funcionamento da Assembleia, sobre actos processuais que ela deva exercer ...

Uma voz do PS - Claro!

O Sr. Presidente: - ... o a Mesa deliberará em, conformidade. Neste momento, a Mesa não tomou ainda nenhuma decisão.

O Sr. Rui Pena (CDS): - Sr. Presidente salvo o muito devido respeito, entendo que a Mesa é a jurisdição própria para admitir ou não quaisquer requerimentos formulados por um Deputado desta Assembleia.

O Sr. - Presidente: - Sr. Deputado completo a minha informação dizendo que na conferência dos grupos parlamentares se tomou por maioria a deliberação de que a reunião se, efectuasse, ficando salvaguardado o direito do, dessa decisão, haver recurso para o Plenário.
O Sr. Deputado não assistiu à conferência e daí talvez a sua pergunta.

O Sr. Carlos Lage: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Tem agora a palavra e Sr. Deputado João Amaral.

O Sr. Vital. Moreira (PCP)- Sr. Presidente, troco com o Sr. Deputado, João Amaral.

O Sr. Presidente: - Então faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Na conferência que se realizou, também nos manifestámos no sentido do que, dadas as condições criadas inclusivamente com a própria colocação da situação no Plenário da Assembleia não estavam criadas condições normais para o prosseguimento desta reunião da Assembleia e, portanto ela não devia prosseguir e devia ser interrompida. Mantemos essa posição, que nos parece ser realmente a posição justa.
Uma parte importante dos trabalhadores da Assembleia da República maior ou menor, não importa agora decidiu compartilhar da greve da função pública que, hoje se realiza. Nem se pode dizer que esta greve, atingindo, como atinge, os serviços da Assembleia da República, seja ilegítima, até porque, ela é declarada apenas por um dia e não pode ter-se como desmesuradamente prejudicial em termos de ser, de algum modo, acusada de ilegítima só por,