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362 I SÉRIE - NÚMERO 14

ser lê ada tão longe que permita ao partido dizer a um dos seus membros que ele ai exercer as funções de deputado e mais nenhuma para além dessa porque tudo o resto e da responsabilidade do partido e esse membro não tem de pensar em mais nada.
Mas o que acontece é que em face da vida que esta mos habituados a viver nos nossos partidos democráticos estes partidos não criam cargos de funcionários deputados E por outro lado aceitarão queira vida exige que o deputado tenha do seu cargo uma visão global e profissional sendo o papel ou o exercício de funções de deputado desempenhado temporariamente atra es dos conhecimentos obtidos na sua profissão principal como quadro que pode ser a de um jurista de um economista de um sociólogo de um antropólogo de um escritor de um poeta de um professor universitário seja o que for pois ainda não sei descobriu a forma de formar quadros políticos a não ser atra es do recrutamento feito em outras profissões de onde desde 1984 até agora à excepção do Partido Comunista tem sido recrutados os quadros que constituem a maioria dos governantes e dos deputados.
Quando se pretende por exemplo que um deputado não possa ser consultor jurídico ou exercer actividades que envolvam a p estação directa ou indirecta de quais quer serviços às empresas privadas no quadro das rela coes entre estas e a administração isto significa que se eu tenho de fazer um requerimento a pedir uma licença à administração ou se tenho de inter ir para orientar a vida de uma empresa face às exigências da administração local ou central ou do Governo não o posso fazer.
Se hoje em Portugal tivéssemos infelizmente o Partido Comunista a governar tínhamos uma amplitude do Estado tal que nada fugiria ao controlo do Estado e não há era deputados senão os funcionários do PCP. Mas sendo o Estado o que é hoje em Portugal se um advogado um consultor jurídico não pode fazer um requerimento ou não pode ser consultado sobre como de e proceder pá a obteve deferimento ou reacção contra coisa mais comes nhã da Administração Publica isso significa a comunicação o totalitarismo da função pública atra es da funcionalização partidária da classe política.
Este e o melhor exemplo de que o que o PCP pré tende não é moralizar a classe política que realmente precisa de o ser mas de criar ainda maiores restrições do que aquelas que todos os dias de manha menciona mos quando fazemos a oração a Nosso Senhor para melhor desempenharmos as nossas funções contra as adversidades que nos são constantemente criadas.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos tem a palavra o Sr. Deputado Silva Marques.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Deputado Jorge Lemos não interviria se não fosse uma questão moral que o Sr Deputado levantou.

O Sr. Jorge Lemos (PCP): - Faça favor Sr. Deputado acho muito bem!

O Orador: - Em primeiro lugar porque os senho rãs designaram de moralização o vosso projecto de lei Em segundo lugar pelo facto de o Sr Deputado se ter permitido - eu na atrevido - da tribuna e a propósito desta manter a debater nos lições de democracia e de moralização sobretudo neste momento em que o seu partido só não tem telhados de vidro porque já não tem telhados.

Risos do PSD e do CDS.

O Sr Deputado devia ter um pouco mais de pudor Todos nós devemos Ter um pouco mais de pudor na nossa forma de intervir politicamente Nenhum dos nossos partidos e perfeito e quando assumimos a per feição sobretudo quando está à vista de todos a imperfeição devo dizer lhe que estamos perante um caso flagrante de imoralidade.
Por isso Sr Deputado perante isto para que e que V. Ex.ª se meteu a discutir a moralização! Se não se tratasse desta matéria não era minha intenção inter vir Intervim porque tenho obrigação de intervir.

Protestos do PCP.

Basta de ficarmos em silencio quando os atrevidos tomam a palavra.
Em certo momento o nosso pais este e prestes a ser dominado por os precisamente porque muitos resolveram ficar em silencio perante o osso atrevimento.
Basta' Estamos fartos. E não somos apenas nós que estamos fartos e também um bom numero dos ossos próprios camaradas.

Protestos do PCP.

E não sou eu quem o digo são os ossos camará das de hoje.
Deste modo Sr Deputado se quiser intervir de forma útil sobre estas matérias faça o mas de uma maneira moral.
Sr. Deputado se fosse minha intenção discutir a questão de fundo fá-lo-ia preferentemente com o Par tido Socialista que nesta matéria tem uma posição muito próxima do ponto de vista filosófico do Par tido Comunista mas tem ainda o anguardismo das virtudes republicanas - já o tenho dito aqui várias vezes - e o Partido Comunista tem o anguardismo das virtudes da classe operaria que segundo a perspectiva Comunista seria a classe honesta enquanto a burguesia t seria a desonesta.
Para os socialistas os republicanos seriam honestos e os não republicanos seriam honestos suspeitos de traficancias e de influencias dos interesses do grande capital.
Trata se de dois vanguardismos mas o problema e o mesmo.
Só que Srs Deputados socialistas - e neste momento se me permitem falo para vós - o vanguardismo no domínio da norma jurídica e sempre perverso e por isso é que nós somos sociais democratas e reformistas. Não desprezamos o interesse do vanguardismo normativo mas apostamos sobretudo na sociedade civil porque o anguardismo normativo é perverso e acaba por criar o pior dos tráficos e sob e tudo os totalitarismos do Estado.
Assim mal por mal preferimos a sociedade civil em liberdade e por isso que como sociais democratas apostamos na liberdade não apenas na liberdade política mas na daqueles que estão fora da política na liberdade da imprensa