O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1738
25 DE MARÇO DE 1994

muito mais do que em Portugal -, é uma garantia para o
futuro.
É, pois, essa credibilidade a médio prazo que eu queria
que o senhor e o seu partido, talvez mais o seu partido do
que o senhor, compreendessem, uma vez que sem ela não
há credibilidade de Portugal na Europa e sem esta credibilidade a médio prazo não poderemos ser portugueses.
Mas a credibilidade a médio prazo, como o nome sugere, Sr. Deputado António Lobo Xavier, não se consegue
só por se falar dela!

De facto, Sr. Deputado, as contradições só existem na Risos do PSD.
cabeça dos ignorantes!

Aplausos do PSD.

0 Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a
palavra o Sr. Deputado Ferro Rodrigues.
0 Sr. Ferro Rodrigues (PS): - Sr. Deputado Braga de
Macedo, saúdo-o pela sua primeira intervenção neste Hemiciclo, mas não o felicito. Compreendo que tenha de falar
das Jornadas Parlamentares do PSD, num registo típico de
quem fez a acta, mas que fez uma acta incompleta, porque
não falou na intervenção mais importante das Jornadas que
foi a do seu colega Pacheco Pereira.
0 Sr. Pacheco Pereira (PSD): - Falou, falou!
0 Orador: - Por outro lado, não compreendo como é
que o Sr. Deputado Braga de Macedo fala com esta descontracção das taxas de juro, dos impostos, da taxa de câmbio, quando
todo o País sabe que, talvez injustamente, o Sr.
Deputado Braga de Macedo está na história de Portugal do pós 25 de Abril como o responsável pela enorme
crise económica, social e pela recessão que o País neste
momento atravessa.

Aplausos do PS.

0 problema, Sr. Deputado Braga de Macedo, é que já
sabíamos que o PSD tinha várias políticas e vários discursos, nomeadamente para a saúde, onde já ouvimos discursos e políticas contraditórias pela boca de Leonor Beleza,
de Arlindo de Carvalho e agora do Ministro Paulo Mendo; na área da educação, onde ouvimos discursos contraditórios da boca de Roberto Carneiro, de Couto dos Santos e agora de Manuela Ferreira Leite
0 Sr. Deputado Braga de Macedo sabe também - e é
duro para si ouvir isso todas as semanas - que o PSD tem
discursos completamente antagónicos em matéria de política económica, porque cada vez que o Sr. Ministro Eduardo Catroga fala lança sobre si, Sr. Deputado Braga de
Macedo, a responsabilidade terrível de todos os problemas
que exístem, neste momento, em Portugal.
Finalmente, ficámos todos a saber, durante esta semana,
que o PSD e o Primeiro-Ministro têm dois discursos completamente antag6nicos em matéria europeia: um discurso
troglodita, roçando o conservadorismo mais inconcebível e
radical e um discurso pseudo-europeísta rotineiro, repetindo lugares comuns.

Protestos do PSD.

Ora, aquilo que acontece e que nos demarca, é que o
PS não precisa de numa semana acolher dois discursos
contraditórios do ponto de vista cultural e político sobre a
Europa, pois a nossa coerência de hoje é a de sempre,

desde o momento em que Mário Soares pediu a adesão de Portugal às Comunidades Europeias.

Vozes do PS: - Muito bem!

Com o tempo de antena do PSD tudo ficou claro: é que reina a maior das confusões no PSD quanto ao futuro de Portugal e da Europa!

No fim-de-semana aquilo que aconteceu foi que de um lado estava um PS unido, coerente e com clareza estratégica..

0 0rador: - Srs. Deputados, não tenham a menor dúvida!

Vozes do PSD: - Nem vocês acreditam nisso!

0 Orador: - Eu sei do que falo!

Aplausos do PS.

Enquanto que do outro lado, está um PSD confuso, dilacerado, tacticamente oportunista e com nenhuma outra estratégia que não seja a de tentar manter-se no poder a todo o custo.
É por isso que eu compreendo perfeitamente que dentro daquela lógica, tenha sido o Sr. Deputado Braga de Macedo a protagonizar esse discurso e essa contradição aqui na Assembleia da República.
0 problema, Sr. Deputado Braga de Macedo, é que não há credibilidade para Portugal na Europa se a política europeia de Portugal não tiver credibilidade no nosso próprio País!

Aplausos do PS.

0 Sr. Presidente: - Por indicação do Sr. Deputado Braga de Macedo ele responderá em conjunto a grupos de dois pedidos de esclarecimentos.
Tem a palavra o Sr. Deputado Octávio Teixeira.

0 Sr. Otávio Teixeira (PCP): - 0 Sr. Deputado Braga de Macedo, ao fim de quatro meses de silêncio nesta Câmara, resolveu subir à Tribuna para falar. Sinceramente, julgámos, quando vimos anunciado no circuito interno de televisão que o senhor iria intervir, que iríamos ter o Sr. Deputado a fazer um acto de contrição, uma vez que nos últimos tempos o Sr. Ministro das Finanças tem manifestado, publicamente, a sua discordância quanto à política que foi seguida anteriormente pelo Governo, tem denunciado o caos em que encontrou a administração fiscal e também porque o Sr. Primeiro-Ministro, nas Jornadas, veio reconhecer a crise económica em que o País caiu.
Ora, perante isto estávamos à espera que o Sr. Deputado Braga de Macedo viesse aqui e dissesse: mea culpa; afinal o oásis nunca existiu! Fui eu que o inventei! mea culpa! Fui eu o principal responsável pelo descalabro orçamental devido ao caos a que deixei chegar a administração fiscal, etc.
Mas o Sr. Deputado não fez isso! Fez uma redacção sobre as Jornadas Parlamentares do PSD, fez referência, como é próprio de uma redacção, aos vários interventores, esquecendo-se, pelo menos, de um, que já aqui foi referenciado, não sei se por acaso se por qualquer outro motivo. Bom, lá terá as suas razões! 0 senhor lá saberá porquê!...
Aliás, não vou entrar aqui em problemas de família, nem da família laranja nem da sua família pessoal, porque assim teríamos de ir muito longe, pois o senhor disse, se bem

Resultados do mesmo Diário
Página 1746:
da exclusão social, e por essa razão apresentavam o rendimento mínimo garantido, a Comissão Parlamentar
Pág.Página 1746
Página 1748:
criaram aquilo a que foi chamado um rendimento mínimo de inserção ou rendimento mínimo garantido. Holanda
Pág.Página 1748
Página 1749:
: não se esqueça de que o rendimento mínimo que, no vosso projecto de lei, se preconiza que seja garantido é
Pág.Página 1749
Página 1754:
, que democracia de sucesso é esta, em que um português não tem direito a ter um mínimo de subsistência garantido
Pág.Página 1754
Página 1757:
diferentes do rendimento mínimo garantido. Quando o Sr. Deputado lê, em qualquer publicação, que em Portugal
Pág.Página 1757
Página 1758:
de um rendimento mínimo garantido, como factor de reinserção na sociedade dos cidadãos mais pobres. Em 29
Pág.Página 1758
Página 1760:
, dava rendimento mínimo garantido e, de outro, os chamados contratos, salvo erro, de inserção social ...
Pág.Página 1760
Página 1761:
, a pessoa recebe o rendimento mínimo garantido, prova através de um processo burocrático complicado
Pág.Página 1761
Página 1762:
que possamos entender-nos acerca da criação do rendimento mínimo garantido. 0 que é fundamental não é discutir
Pág.Página 1762
Página 1767:
. A implementação de um rendimento mínimo garantido não pode, por si só, colmatar a grave situação de exclusão
Pág.Página 1767
Página 1768:
em classificar de ridícula para contrariar a criação do rendimento mínimo garantido. Escamoteia o Sr
Pág.Página 1768