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I SÉRIE - NÚMERO 52

Vozes do PSD: - Muito bem!

0 Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado José Lello.

0 Sr. José Lello (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Braga de Macedo, esperava que aqui nos trouxesse algo de novo, tanto mais que esta era a sua primeira intervenção neste Parlamento. Pensava, por exemplo, que se viesse aqui defender das críticas do Dr. Catroga. Mas não! 0 Sr. Deputado, que sempre foi considerado extremamente criativo, do ponto de vista ideológico e académico, afinal, depois de se ter confirmado que a sua criatividade se esbatera no seu consulado governamental, veio aqui criticar a oposição com os chavões de antigamente, sem sequer se dar conta de que a sua política é hoje criticada, não apenas pelo seu sucessor mas todos os sectores económicos que sentem hoje "na carne" as dificuldades que a sua gestão governamental lhes criou.
Afinal, veio falar da Europa! Disse umas coisas, com a ambiguidade que é conhecida do seu partido, mas sem referir a ambiguidade de um partido que defende a Europa e Portugal, que é nacionalista na primeira figura da lista e federalista nas outras três. Citando o Secretário-Geral do meu partido, os senhores nem são europeus nem portugueses, são "europeses!"
Bom, o Sr. Deputado veio aqui criticar o meu partido, mostrar serviço ao seu próprio partido e, pior, veio com as palavras dos outros, o que é de estranhar! De facto, veio apenas e só fazer a acta do que se disse nas Jornadas Parlamentares realizadas no Centro Cultural de Belém.
Afinal, o Sr. Deputado, depois de ter sido fértil e criativo no passado, resumiu-se apenas e tão-só ao papel de escrivão da acta. Francamente, desejo-lhe melhores papéis no futuro e mais de acordo com a sua imagem pessoal longínqua, pois V. Ex.ª porventura como académico, terá muitos méritos e grande futuro. 0 mesmo não direi como governante e, muito menos, como político!

Aplausos do PS.

0 Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Braga de Macedo.

0 Sr. Braga de Macedo (PSD): - Sr. Presidente, não quero provocar contradições mas, por acaso, não tinha cedido um minuto a este Sr. Deputado...

Risos do PSD.

0 Sr. José Lello (PS): - 0 Senhor é um "unhas de fome"!

0 Orador: - ... mas, enfim, está dado, está dado!
De qualquer forma, Sr. Deputado José Lello, antes "europês" que calabrês, com toda a franqueza! Realmente, não podemos aceitar estas considerações sobre a Europa numa altura em que estamos a fazer um debate. Não falemos, pois, de actas, de uma visão burocrática pequenina e de federalismo dependente.
Queria reservar-me para responder ao Sr. Deputado Ferraz de Abreu porque, de facto, penso que tentei dizer aqui, talvez repetindo, como diziam os latinos repetitio mater estudiorum - às vezes é preciso repetir, mais e mais, o que faço sem qualquer dificuldade -, que o PSD aposta nessa Europa em construção e tudo continuará a fazer para que a sociedade portuguesa responda da melhor maneira

ao desafio europeu. Portanto, está aqui presente um elemento evolutivo, sempre com o respeito da especificidade nacional portuguesa.
Este é o modo como o PSD e Portugal têm estado na Europa. E não há outro! E enquanto o PS não entender, por quaisquer pergaminhos europeístas que possa ter, que é esta a única maneira de estar na Europa: "Europa sim, Portugal sempre!" Como dizia, enquanto isso não acontecer, lamento imenso mas as vossas contradições terão a grande pecha de não ter uma solução dinâmica: hão-de voltar sempre atrás e estar sempre presos ao federalismo dependente.
Este debate, bem como o que se passou nas Jornadas Parlamentares do PSD, é muito importante, por isso permitam-me citar outra vez que "o mais português dos partidos também o que melhor percebe a construção europeia". E porque a construção europeia é evolução, é reformismo! Não podemos estar numa posição como a vossa, uma posição - lamento dizê-lo, Sr. Deputado José Lello -, calabresa, de fachada socialista para burocrata bruxelense ver. 15so é que não! "Europa, sim, Portugal sempre"!

Aplausos do PSD.

0 Sr. Ferro Rodrigues (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

0 Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

0 Sr. Ferro Rodrigues (PS): - Sr. Presidente, a minha interpelação tem a ver com a condução dos trabalhos. É que o Sr. Deputado Braga de Macedo, por várias vezes, alegou que intervinha numas qualidades e não noutras. Acontece que o tom de pesporrência e de arrogância que utilizou, chamando a todos os Deputados - do CDS-PP, do PCP, do PS e mesmo do PSD, provavelmente da primeira fila da bancada -, ignorantes, leva-me a não saber em que qualidade ele interveio aqui - se na de Deputado, de burocrata bruxelense, de agricultor fracassado ou de
ex-ministro, o mais incompetente que houve na história das Finanças neste País, atendendo àquilo que prometeu e realizou.

Aplausos do PS.

0 Sr. Presidente: - Sr. Deputado Ferro Rodrigues, dado que a Mesa não pode responder à sua intervenção, vou considerá-la como uma defesa da honra, porque, caso contrário, não haveria equilíbrio parlamentar. Assim sendo, vou conceder a palavra ao Sr. Deputado Braga de Macedo, para dar explicações.
Tem a palavra, Sr. Deputado.

0 Sr. Braga de Macedo (PSD): - Sr. Presidente, realmente, tenho de dar explicações em relação a esta intervenção, que, além de calabresa, é soez, porque efectivamente invoquei a qualidade em que intervim, logo no início, ao dizer que falava, e corri muita honra, na qualidade de Deputado eleito, exactamente na mesma que a pessoa que acabou de falar.

0 Sr. Ferro Rodrigues (PS): - Não parece!

0 Orador: - Agora, desejo sublinhar aqui um aspecto: a ignorância de que falo - e de que, aliás, falei na minha intervenção escrita - é qualquer coisa que se pode comprovar.

0 Sr. Ferro Rodrigues (PS): - Exactamente!

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. A implementação de um rendimento mínimo garantido não pode, por si só, colmatar a grave situação de exclusão
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