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2078 I SÉRIE - NÚMERO 64

António Lobo Xavier. Neste domínio, não devemos ter quaisquer restrições em relação ao esclarecimento dos factos que se tenham passado ou que estejam a passar-se, nem em relação às garantias relativamente à transparência da vida pública e política.
Sr. Presidente, parece-nos muito estranho e pouco promissor que a bancada socialista, depois de manifestar-se tão preocupada quanto à seriedade do tratamento de tão grave matéria e de dizer que já pediu a presença do Sr. Procurador-Geral da República e do Sr. Ministro da Justiça - iniciativa que subscrevemos inteiramente -, sem esperar pela realização da diligência, nos venha imediatamente anunciar que quer também um inquérito.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, queremos a transparência da vida pública, a seriedade das nossas diligências, porque de outra forma elas não têm credibilidade, e que a democracia tenha uma consolidação inquestionável, o que devia merecer a colaboração de todos nós e não a pequena manobra política, que só a prejudica.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para uma interpelação à Mesa, tem a palavra o Sr. Deputado Raúl Rêgo.

O Sr. Raúl Rêgo (PS): - Sr. Presidente e Srs. Deputados, morreu o Dr. Armando Lopes, que foi Deputado à Assembleia Constituinte e, durante o fascismo, uma das referências democráticas em todas as Beiras.
Porque foi sempre um homem de oposição e, depois, Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, parece-me que a Assembleia da República se deve associar ao luto da sua família, guardando um minuto de silêncio em homenagem à sua memória.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, a Mesa toma nota da sua proposta e, depois, pô-la-á à votação. Mas, antes disso, vai dar a palavra a um Deputado de cada bancada, pelo menos, para se pronunciar sobre o assunto.
Para o efeito, tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Amaral.

O Sr. Fernando Amaral (PSD): - Sr. Presidente e Srs. Deputados, quero aproveitar esta oportunidade para expressar o que sinto face à notícia que nos acaba de ser dada pelo Sr. Deputado Raúl Rêgo, sobre o falecimento do Sr. Dr. Armando Lopes.
Só hoje tive conhecimento do falecimento deste meu colega e amigo, devo-lhe esta singela homenagem, traduzindo por palavras os sentimentos que me atormentam.
Conheci o Sr. Dr. Armando Lopes como advogado, com ele tratei de variadíssimas questões e dele aprendi uma probidade profissional, que é muito rara nos advogados de hoje.
Participei com ele em várias manifestações políticas e apreciei a sua integridade política; privei com ele como governante e apreciei a honestidade como militante e como político.
Sei que sempre foi do Partido Socialista e, porque nos encontrávamos, a cada passo, nestes caminhos cruzados da política pelo Distrito de Viseu, habituei-me a cultivar um respeito enorme pela sua figura.
Mas distingo-o ainda como homem, e homem de carácter, que nos deu um testemunho de integridade, que é de seguir, de aceitar e de aplaudir.

Por isso, acompanho o Partido Socialista na dor que sente pela perda de um dos seus militantes.
O Partido Social Democrata, pela minha voz, associa-se também à dor sentida pelo Partido Socialista e manifesta o seu profundo pesar à família do Dr. Armando Lopes.

O Sr. Presidente: - Para se pronunciar sobre o mesmo assunto, tem a palavra o Sr. Deputado João Amaral.

O Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Presidente e Srs. Deputados, tive oportunidade de conhecer o Sr. Dr. Armando Lopes quando ele era Deputado e de ter privado bastante com ele.
Quero dar aqui público testemunho das qualidades humanas do Sr. Dr. Armando Lopes, que aqui sempre se distinguiu pela sua coerência, cordialidade e verticalidade e que acabaram de ser realçadas pelo Sr. Deputado Fernando Amaral.
Não posso também deixar de evocar aquilo que foi o seu passado de lutador antifascista, numa zona onde, provavelmente, não era fácil ter feito o que ele fez ao longo da sua vida.
Em nome da minha bancada, apresento condolências ao Partido Socialista e também à família do Sr. Dr. Armando Lopes, nomeadamente ao seu filho, Presidente da Câmara de Mangualde.

O Sr. Presidente: - Para se pronunciar sobre o mesmo assunto, tem a palavra o Sr. Deputado António Lobo Xavier.

O Sr. António Lobo Xavier (CDS-PP): - Sr. Presidente e Srs. Deputados, o CDS-PP associa-se às condolências e ao pesar exprimidos aqui, em primeiro lugar, pelo Sr. Deputado Raúl Rêgo.
É para mim grato fazê-lo, sobretudo por uma questão pessoal. A primeira vez que fui Deputado nesta Casa, privei de perto com o Sr. Dr. Armando Lopes e, talvez por vício profissional ou de formação, apreciava especialmente o seu trato com todas as pessoas e com todos os políticos, independentemente da sua filiação partidária, e a sua discrição.
O Dr. Armando Lopes foi um jurista de eleição, esforçado e estudioso, quer durante a sua formação, quer na sua vida profissional, mas, apesar disso, mantinha uma discrição e uma postura de humildade, que deve ser o atributo daqueles que têm uma posição especial no domínio do saber, do estudo e da dedicação à profissão.

O Sr. Presidente: - Para se pronunciar sobre o mesmo assunto, tem a palavra o Sr. Deputado Manuel Sérgio.

O Sr. Manuel Sérgio (PSN): - Sr. Presidente e Srs. Deputados, o PSN associa-se também ao pesar manifestado por todas as bancadas desta Câmara. Sublinha as qualidades morais, profissionais, cívicas e, segundo acabo de saber, até científicas do Dr. Armando Lopes e apresenta sentidas condolências à sua família e a toda a bancada do Partido Socialista.

O Sr. Presidente: - Para se pronunciar sobre o mesmo assunto, tem a palavra o Sr. Deputado Almeida Santos.

O Sr. Almeida Santos (PS): - Sr. Presidente e Srs. Deputados, apesar de o Sr. Deputado Raúl Rêgo, com a autoridade que todos lhe reconhecemos, ter já dito o essencial, irei usar da palavra por duas razões.

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