O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

3060 I SÉRIE-NÚMERO 90

O meu grupo parlamentar apela para a consciência democrática, regimental e constitucional de V. Ex.ª, no sentido de prestigiar e de fazer prestigiar o funcionamento da Câmara de Deputados no sistema político português, para que, aqui, aqueles que ganham, ganhem com clareza em função dos parlamentares que conseguem assegurar nas respectivas votações, não procedendo de forma incorrecta quando perdem as votações por incúria e depois utilizam expedientes para produzir os resultados que pretendem quando os não alcançaram à luz dos procedimentos regimentais essenciais, que são aqueles que devem nortear o procedimento de um Parlamento democrático, de um Parlamento credível, de um Parlamento prestigiado como é aquele que nós e V. Ex.ª defendemos.

Aplausos do PS, do PCP e dos Deputados independentes Mário Tomé e Raul Castro.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, espero que se ouçam todos uns aos outros, porque, neste momento, a Câmara tem uma situação relativamente à qual tem de decidir: tomei a decisão de não atender um requerimento formulado pelo PSD Indeferi esse requerimento, pedindo uma nova contagem, e o PSD entendeu dever recorrer para o Plenário.

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): - Não pode!

O Sr Presidente: - Espero - e não estou a entrar em argumentação convosco - que as considerações que os partidos vão produzindo sejam ouvidas por todos, já que estamos todos interessados no mesmo, ou seja, em preservar o direito que tem qualquer Deputado de recorrer das decisões do Presidente, como estamos todos empenhados em encontrar decisões que honrem o Parlamento.
Tem a palavra o Sr. Deputado Silva Marques.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, não desejamos atropelar nada nem ninguém e temos o maior apego aos princípios democráticos. Desejamos, sim, salvaguardar a substância das coisas e a finalidade do trabalho parlamentar.
Houve uma votação na qual, segundo o resultado anunciado por V. Ex.ª, se verificou não existir o número de votos exigível para a aprovação da lei. Desejamos que isso seja verificado,...

O Sr. João Amaral (PCP): - Por quem?!

O Orador: - ... pois é nossa convicção que há uma maioria dos Deputados desta Câmara que deseja aprovar a lei,...

Protestos do PS.

... em nome do interesse do trabalho parlamentar e dos objectivos superiores que devem presidir a este Parlamento, que é o seu trabalho útil.
Por isso, solicitamos que se verifique se existe ou não essa maioria de Deputados que deseja aprovar a lei.

Aplausos do PSD.

O Sr. João Amaral (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra.

O Sr. João Amaral (PS): - Sr. Presidente, V. Ex.ª disse que tomou a decisão de não fazer uma segunda votação. Mas quero colocar-lhe uma questão anterior a essa: qual é a norma regimental que permite uma segunda votação? Poder-se-ia perguntar, Sr. Presidente, se houvesse primeira e segunda votação,...

Vozes do PSD: - Recontagem!

O Orador: - .. por que razão a segunda votação haveria de ser melhor do que a primeira?!

O Sr. José Magalhães (PS): - Muito bem!

O Orador: - Por que prevaleceria sobre a primeira?! Se admitirmos uma segunda votação, porque não uma terceira, uma quarta ou uma quinta?!
O Sr. Presidente e a Mesa não concordam que, se o princípio de que a votação é definitiva não for aceite pelo Parlamento, isso significa pura e simplesmente que o Parlamento nunca decide definitivamente? Não entende que isso é uma incomensurável afronta aos princípios de funcionamento do Parlamento ou de qualquer assembleia?! Sr. Presidente, pergunto-lhe: qual é a norma do Regimento que permite uma segunda votação?

Aplausos do PCP, do PS e dos Deputados independentes Mário Tomé e Raul Castro

O Sr. Presidente: - Para interpelar a Mesa, tem a palavra o Sr: Deputado Luís Filipe Madeira.

O Sr. Luís Filipe Madeira (PS) - Sr. Presidente, se bem entendo este debate, estamos a discutir uma questão puramente processual.
Recapitulando o que se passou, se a minha memória me não trai - e peço a ajuda de todos os Deputados para me relembrarem melhor -, houve uma votação, o Sr. Presidente anunciou o resultado, o Sr. Deputado Silva Marques levantou-se e pediu repetição. V. Ex.ª disse que não podia repetir a votação, o que podia ter sido feito era uma recontagem. Perante isso, o Deputado Silva Marques pediu suspensão dos trabalhos, ao que V Ex.ª respondeu que se podiam suspender os trabalhos, mas, assim, ficaria encerrado o processo de votação quanto a este diploma.

Vozes do PSD: - Não, não!

O Orador: - Em seguida, devidamente atrapalhado e sem saber a que expedientes processuais jogar mão, o Deputado Silva Marques pediu votação nominal. V. Ex.ª - e muito bem - indeferiu o pedido, porque o modo de votação é definido antes e não depois da votação.
Antes da votação decide-se se esta se procederá por escrutínio secreto, por levantados e sentados ou por votação nominal. O Sr. Deputado Silva Marques não pode pedir a votação nominal depois de a votação se ter verificado. V. Ex.ª, e muito bem, repito, indeferiu. Ora, creio que qualquer requerimento do Sr Deputado Silva Marques no sentido de recurso contra essa decisão é um acto nulo, porque vai atingir uma votação já feita Este recurso visa atingir algo essencial: o facto de o modo de votar se definir antes de se proceder à votação.
O Deputado Silva Marques aceitou o processo de votação por levantados e sentados, pelo que não pode, depois da votação, requerer a votação nominal. V. Ex.ª e a

Páginas Relacionadas
Página 3037:
22 DE JUNHO DE 1995 3037 te justo, o que, aliás, foi reconhecido unanimemente, quer na Comi
Pág.Página 3037
Página 3038:
3038 I SÉRIE-NÚMERO 89 a esperança de que esta qualificação contribua para a melhoria das i
Pág.Página 3038
Página 3039:
22 DE JUNHO DE 1995 3039 A Sr.ª Margarida Silva Pereira (PSD): - Sr Presidente, Srs. Deputa
Pág.Página 3039
Página 3040:
3040 I SÉRIE-NÚMERO 90 da especialidade, as quais, partindo de um baixo capital inicial, em
Pág.Página 3040
Página 3041:
22 DE JUNHO DE 1995 3041 O Sr. José Magalhães (PS): - Muito bem! O Orador: - Em Portu
Pág.Página 3041
Página 3042:
3042 I SÉRIE-NÚMERO 1995 Também aqui nos quisemos apoiar em recentes processos de renovação
Pág.Página 3042
Página 3043:
22 DE JUNHO DE 1995 3043 Em segundo lugar, o conceito de profissão, diferente do exercício
Pág.Página 3043
Página 3044:
3044 I SÉRIE-NÚMERO 90 solução que, comparada com a que existe, no Código Penal francês,...
Pág.Página 3044
Página 3045:
22 DE JUNHO DE 1995 3045 O Orador: - Um Código amplamente discutido, um Código onde este te
Pág.Página 3045
Página 3046:
3046 I SÉRIE - NÚMERO 90 O Orador: - ... mas o partido... Vozes do PS: - Ficamos a sa
Pág.Página 3046
Página 3047:
22 DE JUNHO DE 1995 3047 A Oradora: — Portanto, há, de qualquer forma, uma diferença.
Pág.Página 3047
Página 3048:
3048 I SÉRIE-NÚMERO 90 suntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, veio a ser
Pág.Página 3048
Página 3049:
22 DE JUNHO DE 1995 3049 foi dito, este processo de alteração da Lei Orgânica do Tribunal C
Pág.Página 3049
Página 3050:
3050 I SÉRIE-NÚMERO 90 Constitucional poder organizar um ficheiro informatizado contendo os
Pág.Página 3050
Página 3051:
22 DE JUNHO DE 1995 3051 de, desta proposta de lei é de uma violência gratuita e gravíssima
Pág.Página 3051
Página 3052:
3052 I SÉRIE-NÚMERO 90 O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputa
Pág.Página 3052
Página 3053:
22 DE JUNHO DE 1995 3053 Esta matéria é complexa, mas houve um debate que permitiu explanar
Pág.Página 3053
Página 3054:
3054 I SÉRIE-NÚMERO 90 os, a nível da Comissão de Defesa Nacional, analisamos ponderadament
Pág.Página 3054
Página 3055:
22 DE JUNHO DE 1995 3055 zer, se é mexer com o momento em que se tem de fazer as coisas ou
Pág.Página 3055
Página 3056:
3056 I SÉRIE-NÚMERO 90 quais são os crimes, quais são os tribunais e como é que eles funcio
Pág.Página 3056
Página 3057:
22 DE JUNHO DE 1995 3057 Vozes do PS: - Isso é falso! O Orador: - O PS está sempre co
Pág.Página 3057
Página 3058:
3058 I SÉRIE-NÚMERO 90 Protestos do PS, do PCP. do CDS-PP e dos Deputados independentes Már
Pág.Página 3058
Página 3059:
22 DE JUNHO DE 1995 3059 É isso que me leva a recorrer da decisão de V. Ex.ª, no sentido da
Pág.Página 3059
Página 3061:
22 DE JUNHO DE 1995 3061 Assembleia não podem ceder, sob pena de subverter e rasgar o Regim
Pág.Página 3061
Página 3062:
3062 I SÉRIE-NÚMERO 90 Aplausos do PS. O Sr. Presidente: - Peço aos Srs. Representant
Pág.Página 3062
Página 3063:
22 DE JUNHO DE 1995 3063 Srs. Deputados, passamos à votação global de duas propostas de res
Pág.Página 3063
Página 3064:
3064 I SÉRIE-NÚMERO 90 que se faça uma votação conjunta. Agora, todas as propostas de lei n
Pág.Página 3064
Página 3065:
22 DE JUNHO DE 1995 3065 7 de Abril, pode ser substituída por fotocópia de bilhete de ident
Pág.Página 3065
Página 3066:
3066 I SÉRIE-NÚMERO 90 Srs. Deputados, passamos ao texto final elaborado pela Comissão de A
Pág.Página 3066
Página 3067:
22 DE JUNHO DE 1995 3067 tos de avocação apresentados pelo PCP. o primeiro é relativo ao ar
Pág.Página 3067
Página 3068:
3068 I SÉRIE-NÚMERO 90 O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, havendo um texto final das comissõ
Pág.Página 3068
Página 3069:
22 DE JUNHO DE 1995 3069 são. Aliás, creio que, no relatório da Comissão de Trabalho, Segur
Pág.Página 3069
Página 3070:
3070 I SÉRIE-NÚMERO 90 O Orador: - ... já que partem do princípio que... De qualquer mo
Pág.Página 3070
Página 3071:
22 DE JUNHO DE 1995 3371 Vamos votar. Submetido à votação, foi rejeitado, com votos c
Pág.Página 3071
Página 3072:
3072 I SÉRIE-NÚMERO 90 O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, está em apreciação. Não have
Pág.Página 3072
Página 3073:
22 DE JUNHO DE 1995 3073 memar do PCP entende sublinhar, através da: presente declaração de
Pág.Página 3073
Página 3074:
3074 I SÉRIE-NÚMERO 90 Por todos estes factos, os Deputados comunistas regozijam-se por est
Pág.Página 3074
Página 3075:
22 DE JUNHO DE 1995 3075 do e legalizando uma urbanização que, polarizando alguns lugares c
Pág.Página 3075
Página 3076:
3076 I SÉRIE-NÚMERO 90 estímulo das gentes de Maiorca, sendo certo que o acto legislativo c
Pág.Página 3076