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1252 I SÉRIE - NÚMERO 43

O Sr. Manuel Monteiro (CDS-PP): - Não é verdade! As "bandeiras" de Maastricht não as defendemos!

O Orador: - Segue a redução do défice e a "bandeira" de Maastricht... A "bandeira" de Maastricht, com toda a clareza...

O Sr. Manuel Monteiro (CDS-PP): - Não é verdade!

O Orador: - Sr. Deputado Manuel Monteiro, é isto mesmo, escusa de escamotear, porque esta é a realidade. É um Orçamento que, em relação à política fiscal, mantém as mesmas injustiças fiscais: quem mais paga são os trabalhadores por conta de outrem, são aqueles que efectivamente pagam.

O Sr. Manuel Monteiro (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - É o Orçamento .que mantém os mesmos benefícios fiscais para actividades especulativas e parasitárias e, por isso, tem o apoio da CIP e do PP...

Protestos do CDS-PP.

E, ainda por cima, Sr. Primeiro-Ministro, numa questão que lhe é tão cara, a educação - a sua paixão, no que toca ao investimento, temos zero, o mesmo para a educação pré-escolar.

Protestos do PS

Aliás, o Sr. Ministro das Finanças está a abanar com a cabeça, confirmando o que estou a dizer. É isto, infelizmente!
Ora bem, perante um Orçamento destes, de continuidade, e com esta sua postura, o PS tem, naturalmente, de assumir aqui as suas responsabilidades pelo radicalismo em levar à prática um Orçamento que "navega" com a "bandeira de Maastricht", pelo que, certamente, não poderá contar nem exigir que o PCP o vote favoravelmente, porque sendo, no essencial, de continuidade pode ser assinado pelo PSD e pelo PP - pelo PSD, certamente, não será, porque este quer marcar algumas diferenças, as tais décimas, apesar de, no fundamental, se manter estruturalmente como um Orçamento do PSD.
Sr. Primeiro-Ministro, lamentamos, porque pensamos que o povo português queria diferenças, queria uma mudança, e com esta política de Maastricht vamos ter mais desemprego, mais falências, mais trabalho precário. É esta a consciência social do Governo do PS.

Aplausos do PCP.

O Sr. Manuel Monteiro (CDS-PP): - Sr. Presidente, peço a palavra, para exercer o direito regimental da defesa da honra da minha bancada.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. Manuel Monteiro (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Carlos Carvalhas, num estilo que, por acaso, não lhe conhecia, ao falar de actividades parasitárias apontou para a minha bancada. Provavelmente, tem as lentes de contacto ou os óculos de algum modo embaciados, porque, com certeza, quereria dirigir-se a qualquer outro lado, que não este.
Fique sabendo, Sr. Deputado, que todas as pessoas que aqui se encontram sempre trabalharam e não dependem da política para viver, nem andam atrás das reformas de políticos, nem ficam com as reformas, mesmo sem serem para si, para os cofres do partido, nem são funcionários do partido. São pessoas livres que sempre produziram para o País e que querem a liberdade para que, todos possam produzir.
Portanto, Sr. Deputado, compreendo que esteja incomodado, porque V. Ex.ª, hoje, gostava de estar ali, na bancada do Governo, onde está o Dr. António Vitorino. V. Ex.ª gostaria de estar ali, ao lado do Eng.º António Guterres, mas esse é um problema seu e do Eng. º António Guterres.
O seu partido entende-se às mil maravilhas com o Partido Socialista, quando se trata de amnistiar os terroristas, pode ser que também se entenda às mil maravilhas com o Partido Socialista para outro tipo de situações.
Agora, parasitários e defensores de parasitários, nunca, Sr. Deputado!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. João Amaral (PCP): - Agora vai-se embora?!...

O Sr. Presidente: - Para dar explicações; se assim o entender, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Carvalhas.

O Sr. Carlos Carvalhas (PCP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Manuel Monteiro, espero que o Sr. Deputado conheça o Orçamento. Referi-me aos benefícios fiscais, no entanto, a sua lengalenga...

O Sr. Manuel Monteiro (CDS-PP): - Mas apontou para aqui!

O Orador: - Foi, no que toca aos benefícios fiscais, em relação à sua bancada, porque sempre os votou,...

O Sr. Manuel Monteiro (CDS-PP): - Claro!

O Orador: - ... e são milhões de contos! Os senhores dizem que não há dinheiro e que há défice - dizem que não há dinheiro para os reformados, para aumentar a função pública -, mas votam 200 milhões de contos para benefícios fiscais...

Protestos do CDS-PP.

É esta a hipocrisia do CDS-PP! Percebeu!?

Protestos do CDS-PP.

Portanto, não venha com disfunções... Falei de benefícios fiscais, Sr. Deputado Manuel Monteiro.

Vozes do CDS-PP: - O senhor quer é nacionalizações!

O Orador: - Quando o senhor diz que não há dinheiro para os reformados, para a função pública, o senhor está a mostrar que há dinheiro para "meter" nos bolsos dos grandes senhores do dinheiro, da CIP, da CAP, daqueles que os senhores defendem. Mas não há para aqueles que trabalham!

Protestos do CDS-PP.

Está é a realidade.
Quanto às explicações que deu, ficamos a conhecê-las.

O Sr. Manuel Monteiro (CDS-PP): - Olhe, Sr. Deputado Carlos Carvalhas, este cartão é do Sindicato dos Ban-

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