O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

4 DE ABRIL DE 1996 1727

Governo PS para a Região de Saúde de Leiria. Ora, como está a ver, não há muros, não há anteriores e actuais administrações, há, isso sim, uma continuação infeliz de práticas anteriores!

O Sr. Jorge Ferreira (CDS-PP): - É um escândalo!

O Orador: - Portanto, o PS continua a, nesta matéria, ter muitas "telhas de vidro".

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, a Mesa interpretou indevidamente uma carta recebida do Sr. Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Popular, no sentido de uma intervenção no período de antes da ordem do dia da reunião plenária de hoje. Julguei que se tratava de uma declaração política, mas acabo de ser informado de que assim não é. Dei, pois, indevidamente, a palavra para esse efeito ao Sr. Deputado Gonçalo Ribeiro da Costa, mas fica entendido que tal não prejudica o direito de o Sr. Deputado Jorge Ferreira fazer uma declaração política na próxima reunião plenária.
Antes de dar a palavra, para uma declaração política, esta sim, ao Sr. Deputado Rui Rio, informo que temos connosco um grupo de 60 alunos da Escola E.B.M. de Vairão, de Vila do Conde, 20 alunos da Escola Secundária Dr. Joaquim G.F. Alves de Valadares e 20 jovens macaenses.
Saudêmo-los.

Aplausos gerais, de pé.

Tem, então, a palavra, para uma declaração política, o Sr. Deputado Rui Rio.

O Sr. Rui Rio (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Realizou-se no passado fim-de-semana, em Santa Maria da Feira, o 18.º Congresso Nacional do Partido Social Democrata.

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Até agora é verdade!

O Orador: - Durante os últimos dois meses não faltou quem, quotidianamente, fizesse as mais catastróficas previsões sobre o provável desfecho político do órgão máximo social-democrata. Aquilo que muitos prenunciavam seria o partido sair com uma solução fraca e transitória, incapaz de impor o PSD como uma verdadeira alternativa de poder em Portugal.
A intensa cobertura mediática de que o Congresso foi alvo permitiu que todos os portugueses pudessem ser testemunhas de que, afinal, assim não foi.

O Sr. Carlos Coelho (PSD):- Muito bem!

O Orador: - O PSD não só saiu reforçado como firmemente disposto ao combate político, que a vontade do eleitorado e o estatuto de principal partido de oposição necessariamente lhe impõem.

O Sr. Carlos Coelho (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Durante três dias, o PSD mostrou que está em paz com o seu passado e que se orgulha do muito que fez pelo País. Como tudo na vida, também na nossa governação houve o que correu bem e o que correu menos bem. Só que o que é perfeitamente indesmentível é que, volvidos 10 anos, Portugal é, indubitavelmente, um país mais moderno e mais próximo dos. níveis de desenvolvimento médio dos nossos parceiros comunitários.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Em Portugal, ninguém de bom senso, por certo, desejará voltar 10 anos atrás.

Aplausos do PSD.

O exemplo mais claro. de que assim é, e de que a empatia entre o conclave social-democrata e .os portugueses foi uma constante, mede-se bem pela completa ignorância em que caíram as múltiplas realizações partidárias e governativas que os socialistas, aflitivamente, levaram a cabo, com o intuito único de tentar diminuir o efeito político deste Congresso.

Voes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - O apagamento de tais realizações foi de tal ordem que chegou, mesmo, a assumir o ridículo.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - No passado fim-de-semana, o País estava interessado naquilo que de verdadeiramente importante aconteceu e não em meras manobras de autêntica diversão mediática.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Não se compreende, aliás, que o Governo se preocupe mais em combater os efeitos políticos de um Congresso do que em verdadeiramente governar o País.

Aplausos do PSD.

O PSD saiu da sua reunião magna consciente da necessidade de renovação. Renovação que, para que fique claro, não significa refundação. Renovação significa, tão somente, a ,adaptação às necessidades que a sua nova condição de maior partido de oposição obrigatoriamente lhe exige.
A primeira necessidade consistia, desde logo, em eleger para Presidente do partido um político experiente, sagaz e com vontade de vencer. O novo líder que o PSD escolheu não só reúne todos esses atributos como demonstrou que é capaz de ser portador de uma nova relação de confiança com os portugueses.
O novo Presidente do PSD é o líder que o partido procurava e que o País necessita.
Para António Guterres, a partir de agora, só há dois caminhos: ou governa com eficácia ou será substituído por Marcelo Rebelo de Sousa.

Aplausos do PSD.

Mas se ao PSD é fácil conciliar o passado com o presente, ao Partido Socialista tal parece inconciliável.
O partido que apoia o Governo não consegue assumir a sua condição de partido do poder e insiste em conti-

Páginas Relacionadas