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1290 I SÉRIE - NÚMERO 35

de quase todas as políticas do Estado. Há muitos sectores, provavelmente demais, em que se ganharia muito em articular melhor, em ter comandos únicos. Não tenho a menor dúvida sobre isso e também lhe digo que não tenho qualquer tipo de problema, pelo contrário, estarei sempre disponível, em discutir estas matérias, aqui ou em comissão, com os meus colegas da agricultura, que têm cooperado nesta área.
Já agora, aproveito para dizer, também respondendo a outras questões, que, para além deste programa, o que a Direcção-Geral de Florestas tem, para 1997, na área de prevenção e vigilância, é um programa que chega a dois milhões de contos, do ponto de vista financeiro.
O que fizemos, e aproveito para .falar um pouco nisso, porque é uma questão que convém esclarecer, como dizia o Sr. Deputado Lino de Carvalho, foi discutir sobre o que entendemos por prevenção. É evidente que há uma prevenção que só dá resultados no médio e longo prazo, a qual que tem a ver com o planeamento, com o ordenamento, com determinado tipo de plantação, que não nos compete a nós mas ao Governo e ao País no seu conjunto e que deverá ser articulada pelo Ministério da Agricultura.
Agora, o que estamos aqui a tratar é da prevenção que, no imediato, se destina a criar melhores condições para o combate. Não temos qualquer dúvida em relação a isso.
O Sr. Deputado disse que não se esgota aqui a prevenção e estou Inteiramente de acordo! Por isso é que á agricultura avança com outras áreas, com o ordenamento, com o planeamento, e as coisas vão andando.
Porém, devo dizer-lhe o seguinte: pensei que iam contestar o objectivo que traçámos, um objectivo ambicioso, mas os senhores dizem: não!...

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Quem é que contesta esse objectivo de combater os fogos?

Orador: - Ninguém contesta os objectivos, contestam os meios.
Sr. Deputado, não se trata de reduzir os fogos. Podíamos dizer aqui que vamos reduzir os fogos em 10 ha por ano, por exemplo, mas não dissemos isso. O que dissemos foi que vamos reduzir os incêndios, a área ardida, desinvestindo nesta matéria, porque só assim criaremos condições para que o conjunto de interesses que se movimentam à volta do combate se desinteressem por ela; enquanto o Estado continuar a aumentar os investimentos, não vamos lá e por isso é que os passamos para a prevenção.
O Sr. Deputado perguntou por que é que não temos meios aéreos em permanência. Se o Sr. Deputado tivesse lido convenientemente o plano, teria visto aí, pela primeira vez, meios aéreos em permanência, o ano todo, para operações de emergência, de combate aos incêndios, de socorro, para o que for preciso.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Alugados! Eu falei em meios próprios!

O Orador: - Sr. Deputado, eu explico-lhe. Posso falar?

O Sr. Presidente: - Agradeço que não estabeleçam diálogo directo, Srs. Deputados.

O Orador: - Temos várias áreas urgentes e a opção do Governo, este ano, em termos de equipamentos, de meios próprios, foi investir, já em 1997, na compra de lanchas rápidas para a Brigada Fiscal da GNR, por força do combate à droga e da vigilância das fronteiras. Decidimos assim porque podíamos ter helicópteros alugados mas não podíamos ter lanchas alugadas. Por isso, vamos comprar as lanchas e mantemos os helicópteros alugados.
Devo dizer-lhe que não tenho completamente adquirido que a melhor solução seja a compra de helicópteros. Não tenho isso completamente adquirido, Sr. Deputado, e por isso vamos continuar a alugar, preferencialmente, sempre que possível, para todo o ano, para diverso tipo de operações, até concluirmos que a opção compra é a melhor.
Como sabe, anulámos um concurso, quê encontrámos já em andamento, de compra de helicópteros de combate aos incêndios florestais, pela única razão de que não estamos completamente convencidos de que essa seja a melhor opção.

O Sr. Presidente: - Sr. Secretário de Estado, terminou o seu tempo. Queira concluir.

O Orador: - Peço desculpa, Sr. Presidente, vou terminar imediatamente.
O Sr. Deputado Nuno Abecasis perguntou-me quando é que estão aqui presentes todos os departamentos do Estado que tratam desta matéria. Gostava de lhe dizer que, pela nossa parte, não há qualquer problema, mas, como compreenderá, também o Governo decide, em cada momento, qual é o ministro, o secretário de Estado ou o representante do Governo que aqui vem responder sobre esse problema.
No entanto, dir-lhe-ia que há total disponibilidade da nossa parte para um qualquer debate mais aprofundado sobre esta matéria, eventualmente em sede de comissão.
Para terminar, Sr. Presidente, só quero dizer à Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia que nunca consigo compreender por que é que põe um ar tão zangado quando fala desta matéria.

Risos gerais.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): - Sabe porquê? Porque nunca me respondem!

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares (António Costa): - Vê, está zangada outra vez!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): - E continuam a não me responder!

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, a Sr.ª Deputada Helena Santo pediu a palavra para uma verdadeira interpelação à Mesa. Tem, pois, a palavra.

Risos.

A Sr.ª Helena Santo (CDS-PP): - Sr. Presidente, é mesmo uma verdadeira interpelação. Quero, através da Mesa, informar o Sr. Secretário de Estado de que, de facto, eu própria tive o cuidado de contactar as confederações dos agricultores, algumas organizações de produtores, e lamento ter de lhe dar esta informação: de facto, eles não têm conhecimento deste programa. Repito, lamento ter de ser eu a dizer-lhe isto.

O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada Helena Santo, temos de nos entender sobre o que é uma verdadeira interpelação. O que a Sr.ª Deputada fez foi um esclarecimen-

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