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23 DE OUTUBRO DE 1997 215

lhadores, que tenha a ver com os operadores, que tenha a ver com os comerciantes, o senhor pode estar descansado que a Câmara Municipal de Lisboa assumirá as suas responsabilidades. Pode estar absolutamente descansado! Isso é absolutamente sagrado! É um compromisso que temos.
Os senhores criam os problemas e depois vêm dizer «Aqui d'el rei, que estes senhores é que começaram a construir o mercado!». Com o devido respeito, os senhores fazem-me lembrar aquelas pessoas que não sabem o que hão-de dizer e, de repente, inventam uma coisa qualquer! Ouça, tem de compreender que esta questão é séria e tem vindo a ser tratada. O senhor não conhece aquilo de que falou! Não sabe! Nem sequer sabe dos problemas que, neste momento, já estão resolvidos. Ainda não estão todos, mas temos uma solução para eles e vamos resolvê-los. O processo há-de ter o seu terminus e, como sabe, o mercado abastecedor nunca começará a funcionar antes do final do próximo ano - é essa a calendarização feita pelos senhores. Há todo um processo que, neste momento, está em curso. Assumimos uma responsabilidade muito séria: a de que todas aquelas pessoas vão ter uma solução para os seus problemas; não admitimos, de maneira nenhuma, que fiquem pessoas prejudicadas, que fiquem pessoas numa situação difícil. O Governo e a Câmara assumirão as suas responsabilidades. Esta é a nossa consciência e estamos a trabalhar para isso.
Mas, enquanto nós estamos a trabalhar, os senhores continuam nesta gritaria permanente...

O Sr. Jorge Roque Cunha (PSD): - Gritaria?!

Risos do CDS-PP.

O Orador: -- Sim, sim! Gritaria! Absoluta! Absoluta! Absoluta!

O Sr. Jorge Roque Cunha (PSD): - Então, por que é que fala mais alto?!

O Orador: - Falar mais alto é uma virtude!
Chega-se ao cúmulo de os próprios senhores não saberem, entre vocês, qual é a posição que o PSD assumiu relativamente a esta matéria. Os senhores não sabem! O Engenheiro Ferreira do Amaral pensa uma coisa e as pessoas que estão na sociedade que gere o mercado pensam outra. Está a perceber? E estamos a falar de pessoas com responsabilidades no seu partido! No PSD de Lisboa!

O Sr. Jorge Roque Cunha (PSD): - Está a atirar areia para os olhos das pessoas!

O Orador: - Sr. Deputado Jorge Roque Cunha, aconselho uma coisa: relativamente a esta matéria e quando fizer alguma intervenção, procure, no mínimo, informar-se junto dos seus camaradas que têm responsabilidades nesta área.

O Sr. Jorge Roque Cunha (PSD): - Não tenho camaradas! Graças a Deus!

O Orador: - Talvez possa ser melhor esclarecido!

O Sr. José Magalhães (PS): - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Para responder ao pedido de esclarecimento do Sr. Deputado Nuno Baltazar Mendes, tem a palavra o Sr. Deputado Augusto Boucinha.

O Sr. Augusto Boucinha (CDS-PP): - Sr. Presidente, quero apenas formular um desejo: o de que, deste pingue-pongue acusatório, os operadores não saiam prejudicados.

Vozes do CDS-PP e do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Por isso, apelo à Câmara Municipal de Lisboa e ao Sr. Deputado Nuno Baltazar Mendes, por ser uma pessoa interveniente neste processo, que retome as negociações, que evite a ruptura a todo o transe e que salvaguarde os direitos dos operadores.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vou dar a palavra ao Sr. Secretário para proceder à leitura do voto n.º 83/VII - De saudação pelos 40º aniversário da fundação do Colégio Universitário Pio XII, apresentado pelo Sr. Deputado do PSD João Poças Santos.
Tem, pois, a palavra, Sr. Secretário.

O Sr. Secretário (Artur Penedos): - Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto n.º 83/VII é do seguinte teor:
«Neste ano de 1997 comemoram-se 40 anos de intensa e ininterrupta actividade do Colégio Universitário Pio XII. Efectivamente, em Outubro de 1957, deram entrada nesta prestigiada instituição os seus primeiros estudantes.
Passaram pelo Colégio milhares de estudantes universitários, muitos dos quais ocupam hoje posições do maior destaque nos diferentes sectores da vida nacional, da política à actividade empresarial, das profissões liberais à Universidade. Muitos outros, não tendo sido alunos do Pio XII, beneficiaram da sua acção cultural e académica na Cidade Universitária de Lisboa.
Sob a esclarecida orientação do seu fundador, Padre Joaquim António de Aguiar, gerações sucessivas de universitários alargaram os horizontes da sua formação de matriz cristã, mas profundamente aberta à pluralidade de pensamento.
Muito antes da nossa integração europeia, já o Colégio Pio XII apostava, nos anos 60, em organizar encontros internacionais de reflexão sobre a temática europeia e as suas portas estiveram sempre abertas às diversas correntes de pensamento humanista.
Retomando a tradição dos colégios universitários, que entre nós existiu até ao liberalismo, o Colégio Universitário Pio XII é o exemplo, ainda hoje quase isolado em Portugal, de instituições que tiveram, e em muitos países europeus (maxime o Reino Unido) ainda têm, um papel determinante na formação dos jovens universitários.
Assim, a Assembleia da República saúda vivamente, no ano em que celebra o 40.º aniversário da sua fundação, o Colégio Universitário Pio XII, os seus antigos e actuais estudantes, o seu fundador e a sua direcção, desejando-lhes a continuação de êxito na sua missão ao serviço da juventude universitária portuguesa».

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