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27 DE JUNHO DE 1998 2937

aqueles que, tendo participado connosco na construção deste futuro, passaram à fase da memória, a ser passado.
Recordo o Dr. Vilhena de Carvalho como um homem íntegro, que defendia serenamente as suas convicções e que foi, aqui, um independente. Foi um homem que soube estar, muitas vezes, para além da própria conveniência partidária, não esquecendo as suas opções fundamentais.
Não pode, portanto, o Grupo Parlamentar do CDS-PP deixar de se associar à memória do Dr. Vilhena de Carvalho e, também relativamente a ele, esperar que a Assembleia da República se possa sempre orgulhar da memória dos que nos deixaram.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, também fui grande amigo, além de quase conterrâneo, e admirador do Dr. Vilhena de Carvalho. A minha admiração foi sempre, por ele, justificada, pela sua inteligência, pelo seu brio profissional, pelo seu carácter e pela qualidade das intervenções que fez nesta Assembleia.
Vamos, pois, proceder à votação do voto n.º l27/VII De pesar pelo falecimento do ex-Deputado Manuel Vilhena de Carvalho, e, depois disso se concordarem, guardaremos um minuto de silêncio.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade, registando-se a ausência de Os verdes.

A Câmara guardou, de pé, um minuto de silêncio.

O Sr. Presidente: - Informo a Assembleia de que, em condições de algum dramatismo, faleceu, também, uma funcionária ilustre da nossa biblioteca, Olga Passos Calafate Sousa Dias.
Propunha-vos que, sem necessidade de um voto de pesar, porque é óbvio que todos temos pesar pela sua morte, lhe guardássemos, também, um minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, um minuto de silêncio.

O Sr. Presidente: - Peço ao Sr. Secretário que proceda à leitura do voto n.º l28/VII.

O Sr. Secretário (Artur Penedos): - Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

No próximo dia 4 de Julho, comemora-se, em todo o mundo, o 76.º Dia Internacional das Cooperativas. É no quadro desta celebração que se propõe um voto de homenagem às cooperativas portuguesas.
Na sua mensagem comemorativa deste dia, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) comenta as repercussões da globalização da economia no movimento cooperativo. Sem deixar de ser sensível às dinâmicas de mudança, valoriza o papel das cooperativas no mundo actual, destacando a centralidade da educação e a importância dos princípios cooperativos e lembrando que: «As cooperativas só sobreviverão no ambiente actual caso os países criem um enquadramento legal e regulador, no qual tais entidades independentes e democráticas possam surgir e tornar-se competitivas e sustentáveis.»
As deliberações com incidência no universo cooperativo, tomadas por esta Assembleia da República. têm sido consonantes com esta perspectiva da ACI. É bom que assim continue a ser, nesta e noutras instâncias do poder político democrático.
Na verdade, os problemas da sociedade portuguesa são suficientes para que se não possa dispensar o desenvolvimento cooperativo, para que se deixe de encorajar o protagonismo dos cooperativistas portugueses, porque esse desenvolvimento será uma via insubstituível e específica da requalificação do nosso tecido económico e da nossa prática social.
Por isso, esta homenagem às cooperativas portuguesas é um acto de reconhecimento da sua importância e uma aposta no seu futuro, significando que esta Assembleia quer continuar a dar o seu contributo próprio para o progresso do movimento cooperativo português.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado José Júlio Ribeiro.

O Sr. José Júlio Ribeiro (PSD)- - Sr. Presidente, Sr.ªs e Srs. Deputados, não se pode, de modo algum, ficar indiferente à comemoração do sector cooperativo, designadamente num País cada vez mais carecido de tolerância e de humanismo na produção.
Pensamos que este será um dia de reflexão, não apenas sobre o cooperativismo internacional, mas sobre o cooperativismo português, baseando-nos na experiência de Portugal, sobretudo e também, nos princípios do comunitarismo.
Neste dia do cooperativismo não poderíamos deixar de assinalar o Instituto António Sérgio do sector cooperativo, na necessidade urgente da divulgação da filosofia cooperativa no sentido de Portugal caminhar para a autosuficiência alimentar. Pensamos que o apoio as cooperativas agrícolas portuguesas, através do Instituto António Sérgio do sector cooperativo, é uma indispensabilidade para o desenvolvimento deste sector.
Gostaríamos também de assinalar neste dia o enorme papel que, na agricultura e noutro -, sectores, tem desempenhado o cooperativismo no nosso país.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Neste dia, ao assinalarmos o desenvolvimento do sector, fazêmo-lo no sentido de todos os apoios serem dirigidos para o desenvolvimento das cooperativas agrícolas no nosso país.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Rui Namorado.

O Sr. Rui Namorado (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Uma vez mais propomos que esta Assembleia se associe às comemorações mundiais no Dia Internacional das Cooperativas, através de um voto de homenagem ao movimento cooperativo português.
O texto do voto faz eco do tema escolhido pela Aliança Cooperativa Internacional para a sua mensagem respeitante a este dia: as cooperativas e a globalização da economia. É sintomática esta escolha. Por si só, salienta o crescente envolvimento do movimento cooperativo mundial nas questões cruciais do nosso tempo. Tal como tem vindo a fazer desde os finais dos anos 80 com a problemática ambiental, em consonância com um dos novos princípios cooperativos consagrados em l995, que aponta para o interesse que as cooperativas devem ter pelos problemas da comunidade. a Aliança Cooperativa Internacional assume a sua vocação «superadora» de alguns dos problemas suscitados pela globalização da economia. A lógica do lucro e a lógica burocrática ou estatal não são os únicos vectores possíveis da actividade humana. A

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