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1668 I SÉRIE - NÚMERO 45

Sr Secretário de Estado, devo dizer que dou de barato as vendas dos bilhetes, ou seja, é-me indiferente se os passageiros os compram no guichet ou em trânsito Agora, o que não dou de barato são as declarações do administrador da CP, Engenheiro Sousa Nascimento, que reconhece claramente que a linha do Oeste não é prioritária nos investimentos da CP - e explica porquê -, porque não tem passageiros nem mercadoria Mas como o Sr Deputado Henrique Neto já explicou - faço minhas as palavras dele e julgo que era bom que o Governo fizesse suas as recomendações e promessas do Sr Deputado Henrique Neto -, enquanto não houver investimento, enquanto não houver melhoria, não há passageiros Isto é um círculo vicioso.
O é que o Governo quer? Quer que os passageiros apareçam primeiro, para depois fazer o investimento, ou quer fazer primeiro o investimento para atrair passageiros? Julgo que esta é que é a solução.

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado Casimiro Ramos, dispondo também de um minuto.

O Sr. Casimiro Ramos (PS): - Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado, a questão apresentada teve um preludio por parte do Sr Deputado Duarte Pacheco a que não podemos deixar de fazer alguns comentários Aliás, pensei que se devesse à compra do bilhete ou por ter perdido o comboio o facto de o Sr. Deputado Duarte Pacheco se ter atrasado um pouco para formular a pergunta.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): - Não foi!

O Orador: - Não foi, mas já perdeu o comboio nestas matérias, porque, de facto, a sua pergunta e um pouco despropositada

Vozes, do PS - Muito bem!

O Orador: - Normalmente, costuma querer acusar os autarcas socialistas ou os socialistas por aquilo que disseram nas campanhas, mas o seu problema está na dificuldade em assimilar uma profunda mágoa, que provem, apesar de todas as carências e dificuldades, do facto de a região do Oeste ser um bastião do Partido Socialista Essa e a vossa mágoa na «zona do cotovelo» Compreendo-a perfeitamente, mas não é por aí que consegue resolver o seu problema.
Aproveito, então, esta oportunidade para dizer que das 10 estações reclassificadas em apeadeiros, três delas vendiam menos de 10 bilhetes por dia e cinco vendiam menos de 50 bilhetes por dia Peço, por isso, ao Sr Secretário de Estado que esclareça a Câmara, clarificando que esta medida e um primeiro passo para viabilizar a linha do Oeste e, assim, permitir que ela funcione para todos os utentes de forma, pelo menos, economicamente viável para o Governo, porque a situação era que ela tinha mais custos do que proveitos.

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Para responder, dispondo de 10 minutos, tem a palavra o Sr Secretário de Estado dos Transportes.

O Sr. Secretário de Estado dos Transportes - Sr. Presidente, Sr. Deputado Duarte Pacheco, vamos ver se nos entendemos Relativamente aos investimentos e à linha do Oeste, se há promessas que foram feitas, elas estão a ser cumpridas Primeiro, a linha do Oeste caracteriza-se por uma heterogeneidade bastante grande nos seus tráfegos, tendo um tráfego regional relativamente forte e um tráfego de mercadorias.
Neste c só, está a actuar-se, por um lado, ao nível de parte da rede, ao nível da superestrutura, para que, nos troços em que as mercadorias tenham um papel preponderante, se gaste de maneira a garantir boas condições de circulação na linha Por outro lado, ao nível da parte situada entre Lisboa, Cacém e Torres Vedras, estão a fazer-se investimentos, existe um programa de investimentos, e, como disse, estão previstos até ao ano 2001 cerca de quatro milhões de contos de investimentos, não esquecendo que temos 3000km de linha Portanto, não há um esquecimento, há, antes, um projecto que se vai concretizando, embora não ao ritmo que o Sr. Deputado queria, mas temos de atender a que temos 3000km de rede.
Assim, diria que as promessas que foram feitas estão a ser cumpridas De facto, os senhores não fizeram nada nesta linha e nós estamos a fazer.
Agora, no que diz respeito à venda de bilhetes, Sr Deputado, vamos ver se nos entendemos O Sr Deputado levantou uma questão que é verdadeiramente pertinente Os senhores estão a acusar-nos, mas não se esqueçam do seguinte há estações que vendem oito bilhetes por dia, ou seja, durante um período de 16 horas vendem oito bilhetes Isto quer dizer que se quiser ter preenchida integralmente a venda de bilhetes, tenho três pessoas para vender oito bilhetes por dia.

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Já se esqueceu do que aprendeu em economia!

O Orador: - O Sr Deputado está a acusar o Governo por ter uma medida de racionalização, que se traduz no facto de a CP - que, como sabe, é deficitária e o dinheiro é pago por todos os contribuintes -, deixar de ter custos de, aproximadamente, 7000 contos pela venda de oito bilhetes por dia?! O senhor está a acusar-nos desta medida?!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): - É demagogia!

O Orador: - Demagógico é o senhor, não sou eu! Os senhores estão a questionar-nos por tomarmos uma medida de racionalização, no sentido de poupar ao erário público cerca de 7500 contos em troca da venda de oito bilhetes por dia! Isto não tem sentido!
Sr. Deputado, não venha dizer que sou demagogo, porque quem é demagogo é o Sr Deputado A demagogia é muito mais sua do que minha.
Se não fazemos nada é porque não fazemos nada, se fazemos Julgo que uma medida destas é inquestionável e a demagogia está muito mais da parte do Sr. Deputado

O Sr. Fernando Pedro Moutinho (PSD): - E as promessas?

O Orador: - As promessas estão a ser cumpridas, Sr Deputado!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Para defesa da honra, tem a palavra o Sr. Deputado Henrique Neto

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