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3126 I SÉRIE-NÚMERO 87

Na solidariedade demos prioridade, neste mandato, à educação, ao emprego e ao combate à pobreza. Foi o que dissemos antes das eleições, foi o que fizemos no Governo.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - No próximo mandato, se merecermos a confiança dos portugueses, uma atenção redobrada será dada à saúde e ao bem-estar nas periferias urbanas, onde iremos intensificar o actual esforço. Mas Portugal é também hoje um país mais seguro e os portugueses estão mais confiantes no seu futuro.
Para cumprirmos o desígnio que referi, para vencer o atraso estrutural numa geração, temos uma estratégia que assenta em três vectores. O primeiro vector é o da qualificação das pessoas e da massificação do acesso à sociedade de informação, que já iniciámos. Dou dois exemplos: a ligação das bibliotecas e escolas à Internet e o projecto das cidades digitais.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - O segundo vector é o da qualidade das organizações no Estado, na Administração, na justiça, nas empresas e na sociedade civil.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Na justiça?!

O Orador: - A semente está lançada à terra. Pela primeira vez, reformar a Administração começa a querer dizer alguma coisa concreta às pessoas. Se têm dúvidas, vão à Loja do Cidadão ou aos Centros de Formalidades para a Criação de Empresas.

Aplausos do PS.

O terceiro vector é o de uma nova visão no espaço, • entendendo o ordenamento do território como factor de qualidade e bem-estar e transformando a posição geo-económica do País num elemento de competitividade da economia e de afirmação nacional, fiéis, aliás, à nossa vocação atlântica, reforçada pelo aprofundamento dos laços no mundo lusófono, com particular relevância para o Brasil nos tempos mais próximos.
Vamos dar ainda mais prioridade à requalificação das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, a uma política das cidades que visa construir uma rede equilibrada de centros urbanos de dimensão intermédia, geradora de riqueza e bem estar, e olhar o desenvolvimento rural de forma integrada. Vamos conceber o território nacional como primeira plataforma atlântica da Europa.
A evolução das telecomunicações e as profundas reformas que já introduzimos nos sistemas rodoviário, ferroviário e portuário vêm criar inúmeras oportunidades de parceria entre o Estado e o sector privado para os grandes investimentos a realizar e para as novas redes a gerir com vocação internacional.
Portugal tem futuro. Temos um desígnio, uma estratégia e um caminho que queremos continuar a percorrer. Mas as pessoas, cada pessoa, têm estado e vão continuar a estar sempre no centro das nossas preocupações e da nossa acção.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Foi pelas pessoas, foi em nome delas e do futuro dos seus filhos que transformámos a educação na prioridade das prioridades da nossa acção governativa. Os resultados estão à vista: no pré-escolar há mais 31 000 vagas e no ensino superior há mais 14 000 bolseiros. Em 1995 só 45% dos candidatos teve lugar no ensino superior público. Este ano, mais de 80%.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - É para as pessoas, para que as pessoas vivam melhor, que governamos. E é pelas pessoas que queremos ser julgados, para que elas possam decidir, em consciência, se devemos continuar a governar.

Aplausos do PS, de pé.

O Sr. Presidente: - Srs. Membros do Governo e Srs. Deputados, informo que temos a assistir aos nossos trabalhos um grupo de 22 alunos da Escola n.º 11 de Setúbal; um grupo de 40 alunos do 1.º ano de Direito Constitucional da Universidade Moderna; um grupo de 50 alunos da Escola 2/3 do Ensino Básico de S. Julião da Barra; um grupo de 54 alunos das escolas de Gondomar, que tive o prazer de receber hoje de manhã; um grupo de 40 alunos do Colégio de Albergaria, de Albergaria-a-Velha; um grupo de 120 alunos das escolas primárias do concelho de Soure e vamos ter ainda um grupo de 50 alunos da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.- Isto para além de um numeroso grupo de cidadãos.
Saudemo-los cordialmente.

Aplausos gerais, de pé.

Para formular a primeira pergunta ao Sr. Primeiro-Ministro, em representação do seu grupo parlamentar, tem a palavra o Sr. Deputado Durão Barroso.

O Sr. Durão Barroso (PSD): - Sr Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro, queria, em primeiro lugar, dar-lhe as boas vindas a esta Assembleia, já que é a primeira vez que V. Ex.ª aqui vem desde que fui eleito Presidente do PSD.

Vozes do PS: - Não será ao contrário?!

O Orador: - Queria também aproveitar esta ocasião para lhe transmitir, muito sinceramente, as minhas saudações democráticas, para fazer votos no sentido que os nossos debates - porque vamos, com certeza, ter muitos no futuro, seja em que posição for, porque isso depende da vontade do povo português - se pautem sempre pela correcção, pela lealdade e pela procura de verdadeiro esclarecimento dos portugueses.

Aplausos do PSD.

O Sr. José Junqueiro (PS): - Então, tem de dar «um puxão de orelhas» à sua bancada!

O Orador: - Queria, contudo, dizer-lhe, Sr. Primeiro-Ministro, que, ontem, o partido que V. Ex.ª dirige começou mal, porque tentou logo, de origem, de algum modo, condicionar este debate. Fui surpreendido, ontem, por de-

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