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24 DE JUNHO DE 1999 3501

O Sr. José Magalhães (PS): - Muito bem!

O Orador: - E todos sabemos quanto o ter casa própria é porventura a mais significativa ambição das nossas famílias.

Aplausos do PS.

O ano passado mais 1,5 milhões de portugueses de idade superior a 15 anos gozou férias do que em 1995.
Há 29 meses que o desemprego diminui em Portugal em termos homólogos.
Estima-se que a intensidade da pobreza se reduza a metade durante estes quatro anos.
As oposições, particularmente o PSD nos debates orçamentais, aqui vieram dizer que tudo isto seria impossível. A capacidade dos portugueses desmentiu o PSD.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Por isso o PSD diz mal de tudo e de todos, incapaz de apresentar, até agora, um projecto alternativo e um conjunto de ideias verdadeiramente inovador.

Aplausos do PS.

Do estado da Nação faz parte também o estado da oposição, particularmente do seu maior partido. Essa é talvez o maior problema do estado da Nação,...

Risos do PSD.

... mas é um problema que não me compete resolver.

Aplausos do PS.

Sei que Portugal tem futuro; sei que os portugueses quando querem se ultrapassam; sei que podemos ser tão bons ou melhor do que os outros.
Por tudo isto mais do que valorizar o papel do governo, quero agradecer aos portugueses, a este povo admirável que cada vez mais desenvolve a auto-estima, o orgulho na sua pátria, a confiança nas suas possibilidades.
Agradecer a Saramago, a Manuel de Oliveira, a Sofia, a tantos outros cuja força interior nos serve de exemplo e cujos êxitos nos galvanizam.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - E nos portugueses que confio e posso dizer-lhes, olhos nos olhos, que também os portugueses podem confiar em mim!

Aplausos do PS, de pé.

O Sr. Presidente: - Naturalmente, o tempo que o Sr. Primeiro-Ministro gastou a mais será descontado no tempo a que tem direito a bancada do Governo.
Srs. Deputados, inscreveram-se para pedir esclarecimentos os Srs. Deputados Durão Barroso, Luís Queiró, Francisco de Assis, Carlos Carvalhas e Isabel Castro.
Antes de dar a palavra ao Sr. Deputado Durão Barroso, lembro que numerosos alunos das nossas escolas também quiseram saber qual é o estado da Nação, juntamente com um grupo de cidadãos, que passarei a mencionar: um grupo de 7 cidadãos da Junta de Freguesia de S. Jorge de Arroios; um grupo de 50 alunos da escola de Ensino Básico do l.° Ciclo, n.° 2 do Laranjeira; um grupo de 50 deputados municipais e 4 funcionários da Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão, que tive o prazer de receber esta manhã, acompanhados pelo seu presidente, o Sr. Deputado Artur Sousa Lopes; um grupo de 170 alunos da Escola de Ensino Básico do 2.° e 3.° Ciclos, e Secundário Prof. Dr. Egas Moniz de Avança; um grupo de 46 alunos da Escola de Ensino Básico do 2.° e 3.° Ciclos, de Silves, e um grupo de 40 membros da Associação Recomeçar. Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, todos estes cidadãos merecem uma calorosa ovação.

Aplausos gerais, de pé.

Tem a palavra o Sr. Deputado Durão Barroso.

O Sr. Durão Barroso (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Deputados, ao ouvir este longo relatório «cor-de-rosa», apresentado pelo Sr. Primeiro-Ministro, só posso dizer que ele confirma os dois pecados capitais deste Governo. Em primeiro lugar, a indecisão crónica.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Este Governo não fica na história pelas boas razões, mas sim pelas más. A verdade é esta: é que não há uma obra de vulto a lembrar, não há uma grande reforma a apresentar, não há uma ideia de substância que fique para o futuro.

O Sr. Luís Marques Mendes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Ao contrário do seu relatório, Sr. Primeiro-Ministro, as pessoas sentem a saúde a piorar, a droga a aumentar, a inflação a subir, o investimento público nas estradas e nas auto-estradas, que V. Ex.ª referiu, a descer.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - E depois de ouvir tantos números, Sr, Primeiro-Ministro, de tantas estradas, ocorre-me perguntar pela auto-estrada para o Algarve, pela Via do Infante, pela duplicação do IPS. Sr. Primeiro-Ministro, não seria melhor que, em vez de fazer as auto-estradas e as estradas no papel, as fizesse com asfalto e alcatrão?

Aplausos do PSD.

O Sr. Primeiro-Ministro vai ficar na história contemporânea como aquele que menos decidiu. O seu forte, aliás, é esse: não decidir. Às vezes, é útil evitar os problemas, contornar os obstáculos. E este é o Governo da indecisão crónica.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Muitos exemplos poderia dar-lhe, mas há um que me ocorre, talvez o mais emblemático: o novo aeroporto. Há quanto tempo se fala nessa grande obra deste Governo? Não lhe pedia que adjudicasse a obra, não lhe pedia que lançasse o projecto, não lhe pedia que abrisse o concurso, pedia-lhe apenas que me dissesse o local, onde é que vai ser o novo aeroporto.

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