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19 DE NOVEMBRO DE 1999
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sidente a exclusiva responsabilidade da nomeação Não é, pois, verdadeiro o que aqui está!
Protestos do PS
O Orador. — Compreendo que esta questão deixe muito desconfortáveis os Srs Deputados do Partido Socialista, mas têm de compreender que quando um Deputado fala os outros devem ter o respeito de o ouvir e vice-versa Eu calo-me quando os senhores falam, portanto, acho que mereço o mesmo
Termino dizendo que este «elogio» ao Governo é mais do que justificativo para que o Partido Social Democrata não se associe a este voto de saudação
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente —Tem a palavra o Sr Deputado João Amaral
O Sr João Amaral (PCP) — Sr Presidente, Srs Deputados Apreciámos, ontem, o voto de saudação ao Sr Dr Artur Santos Silva, discutimos com o Sr Ministro as suas responsabilidades, olhamos, agora, para o futuro!
O essencial é que este projecto do Porto 2001 tenha êxito, tenha sucesso e tenha condições para prosseguir!
O Sr. José Magalhães (PS) — Muito bem!
O Orador —Nesse quadro, o que desejamos à Sra Profª Teresa Lago é que possa exercer, com os devidos e necessários apoios, todo o trabalho necessário
Não está em questão discutir a pessoa Evidentemente que é uma pessoa qualificada — a par de outras que o seriam ou poderiam ser —, pelo que não vamos agora discutir aquilo que é o mento da pessoa quando ela o tem por si. O que vamos é mobilizar, tanto quanto possível — e a Assembleia tem, também, ai um papel —, um conjunto de energias para aquilo que é o objectivo central a realização do Porto 2001
Finalmente, uma nota importante a anterior administração da sociedade Porto 2001 tinha um defeito congénito, porque não reflectia devidamente o pluralismo da sociedade portuense em todas as suas vertentes Tanto quanto sei. na proposta que há — creio que, em grande parte, já tomada pública ou aceite — esta nova Comissão terá muito mais pluralismo À semelhança do que sucedeu em Lisboa, com a realização de Lisboa — Capital da Cultura 1994, esse pluralismo é, também, uma garantia da mobilização da sociedade portuense no seu conjunto e uma condição acrescida de êxito Não é só um bom exercício da democracia, é, também, uma melhor garantia que se pretende e se augura à realização do projecto Porto 2001
Sabemos que, para esse êxito, contribuirá também, porque já o declarou publicamente, o Dr Artur Santos Silva, com a colaboração que quer prestar à nova administração
Aplausos do PCP e do Deputado do PS, António Reis O Sr Luís Marques Guedes (PSD) — Muito bem!
O Sr Presidente —Tem a palavra o Sr Deputado Manuel Queiró.
O Sr. Manuel Queiró (CDS-PP) — Sr Presidente, este é, de facto, um voto estranho, por três razões
Em primeiro lugar, é estranho pela circunstância em que surge, pois não é hábito a apresentação de um voto de saudação por uma simples entrada em funções. Este voto constitui, também, uma maneira de compensar a forma emotiva como ocorreu a saída do anterior Presidente do Conselho de Administração da sociedade Porto 2001, SA
Em segundo lugar, este voto é estranho porque metade do respectivo texto corresponde a uma reafirmação das qualidades e do empenhamento do Dr. Santos Silva, que abandonou o cargo nas condições que todos conhecemos. Na verdade, não é hábito que a saudação dirigida a alguém que acaba de ser empossado num cargo seja tão obviamente acompanhada por uma espécie de compensação a outro alguém que deixou o mesmo cargo de uma forma tão contenciosa
Finalmente, o voto também é estranho pela tentativa de encobrimento da actuação do Sr. Ministro da Cultura, o que não mais nos parece ser possível a partir do debate que hoje aqui teve lugar Nomeadamente, o Sr. Ministro, como já aqui foi notado, e muito bem, distanciou-se claramente desta nomeação, pelo que dizer, explicitamente, que esta escolha que agora se saúda foi obtida graças aos esforços do Governo é contrariar, inclusive, as afirmações explícitas do Sr Ministro da Cultura
O Sr Manuel dos Santos (PS). —Olhe que não! Vozes do PSD —É, e!
O Orador — Gostaria, portanto, de ver emendada a fraseologia utilizada — e suponho que, na bancada socialista, existe alguma elasticidade a este respeito — e que fosse eliminada tal referência ao Governo, pois julgo que se deve tratar da necessidade de saudar apenas a entrada em funções de uma pessoa e não a actuação do Governo nesta circunstância
Inclusivamente, Srs Deputados do Partido Socialista, penso que a fórmula mais apropriada a utilizar, se o Regimento o permitisse, seria a de um voto de felicidades, desejando felicidades à Srª Prof Dra Teresa Lago para que não fique a «ver estrelas» com a actuação do Sr. Ministro da Cultura
O Sr Presidente —Tem a palavra a Sra Deputada Isabel Castro
A Sr.a Isabel Castro (Os Verdes) — Sr. Presidente, Srs Deputados! O entendimento que temos deste voto é o de que o mesmo pretende desejar à Drª Teresa Lago que seja capaz de corresponder à difícil tarefa que tem pela frente
A Dr.a Teresa Lago é uma figura prestigiada da comunidade científica do Porto, facto que, obviamente, é incontestado. Do nosso ponto de vista, a Dra Teresa Lago tem uma vantagem no que diz respeito ao desempenho das funções para que foi nomeada desde logo, ao contrário do que caracteriza o Sr Ministro da Cultura, manifestou enorme abertura e vontade em colaborar intimamente com a equipa cessante