O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2602 | I Série - Número 66 | 30 De Março De 2001

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Estamos aqui a discutir neste momento sete votos, todos importantes, o que não questionamos, porque todos eles têm legitimidade política, mas, no entender da nossa bancada, há votos que têm prioridade sobre outros.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Convém que não esqueçamos que estamos a discutir, entre outros, um voto assinado por todos os grupos parlamentares desta Câmara, que é exactamente um voto de pesar sobre a tragédia nacional que ocorreu em Santa Comba Dão. Estamos a falar de uma tragédia que vitimou portugueses, da qual ainda existem neste momento vítimas nos hospitais, e que é claramente uma tragédia nacional. Da parte desta bancada, não queríamos deixar de referir isto e de frisar muito bem uma coisa que nos parece, de facto, prioritária.
Muito foi dito já sobre o estado da sinistralidade rodoviária em Portugal, muitas coisas estão a ser feitas, felizmente - e parece-me que bem! -, por esta Câmara, algumas delas também por intervenção e motivadas pela acção do meu grupo parlamentar, mas parece-nos claramente que este tema merece reflexão atenta de toda a Câmara. Infelizmente, parece-me que o burburinho é muito, mas julgo que é, de facto, um tema político maior e é, no entender desta bancada, um tema claramente prioritário.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Permita-me também, Sr. Presidente, que refira um outro voto que nos parece importante, nomeadamente porque é um voto subscrito por esta bancada, de condenação do fanatismo religioso dos talibans, do fanatismo religioso de certas pessoas que, no Afeganistão, cometeram um atentado contra a humanidade.
O acto de destruírem deliberadamente uma coisa que é património da humanidade é um acto contra toda a humanidade.
Não podemos esquecer este fanatismo religioso e que ele é cometido por pessoas e por grupos que são exactamente os mesmos que têm um fanatismo religioso que recai, muitas vezes, sobre as mulheres. Todos sabemos o que se passa, todos sabemos, infelizmente, o que é esta realidade. Mas também nos apraz registar que muitos líderes religiosos islâmicos se demarcaram desta atitude de fanatismo.
De facto, quando há um atentado contra a humanidade, penso que a Assembleia da República não o pode esquecer.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Rosas.

O Sr. Fernando Rosas (BE): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda apoia o conjunto dos votos que estão à consideração da Assembleia, mas existe um conjunto deles que se relacionam entre si.
Queremos deixar aqui o nosso protesto pelo grande escândalo que é o facto de a administração americana ter declarado não aprovar o protocolo de Quioto, o que é um sinal muito claro sobre a lógica que preside à nova ordem internacional. Naturalmente que estes votos merecem o nosso indiscutível apoio, são um sinal de grande alarme para o futuro da humanidade e de grande exigência de intervenção cívica na luta contra esta situação e contra a lógica e os sistemas que são responsáveis por ela.
Também queremos deixar aqui uma declaração muito clara de apoio a uma iniciativa do Exército Zapatista de Libertação Nacional, com a sua marcha sobre a cidade do México, uma marcha que é exactamente feita contra a mesma ordem internacional que não aceita o Protocolo de Quioto, pela democratização da sociedade do México e pela busca de alternativas e de soluções de resposta de tipo novo no combate contra essa nova ordem internacional, a que a contracimeira recentemente realizada no Brasil também já abriu portas e perspectivas.
Ainda em ligação com os anteriores, solidarizamo-nos com o voto que saúda todos os cidadãos portugueses que lutam contra a discriminação racial, contra os vários tipos de segregação, expressa ou implícita, relativamente ao problema do racismo nas sociedades da Europa Ocidental.
Naturalmente que também estamos solidários com os votos de pesar pelo acidente de Vimieiro e com as considerações que acabaram de ser produzidas acerca da necessidade de o enquadrar numa nova atenção sobre o sistema rodoviário português.
Associamo-nos também ao protesto muito claro acerca da destruição selvática dos budas do Afeganistão, curiosamente destruídos pela mão de um grupo fanático religioso que os Estados Unidos subsidiaram na sua política de intervenção no Afeganistão.
Por fim - os últimos são os primeiros -, quero saudar, e saudar sem qualquer desejo de instrumentalização política mas com espontaneidade, o bom resultado da equipa de voleibol do Sporting Club de Espinho. Muitos parabéns!

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Lino de Carvalho.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Nas condições em que estamos a discutir os votos, duas notas iniciais.
Também nós saudamos e nos queremos associar ao voto de saudação pelo êxito inédito para o voleibol português conseguido pelo Sporting Club de Espinho, que aqui, obviamente, queremos sublinhar.
Também nós, obviamente, nos solidarizamos com as vítimas do acidente de Santa Comba Dão e com a necessidade de um debate em torno desta matéria e das causas do acidente.
Em relação aos outros votos das outras bancadas, face às condições em que os estamos a discutir, expressaremos a nossa posição através do sentido da votação.
Queremos, no entanto, referir-nos mais detalhadamente, embora de forma rápida, porque ainda nos vamos pronunciar em relação ao voto sobre Quioto, ao voto que apresentámos de saudação ao movimento pela defesa e promoção da cultura e do direito dos povos indígenas, traduzido na caravana do Exército Zapatista de Libertação Nacional.
Como é sabido, a defesa e a promoção dos direitos das nações e dos povos indígenas está, porventura, cada vez mais na ordem do dia. No México, como no Brasil, em África e no Sudeste Asiático, desenvolvem-se movimen

Páginas Relacionadas
Página 2616:
2616 | I Série - Número 66 | 30 De Março De 2001 Submetido à votação, foi aprovado,
Pág.Página 2616