O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1106 | I Série - Número 028 | 19 de Dezembro de 2001

 

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Arnaut.

O Sr. José Luís Arnaut (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Francisco de Assis, mais uma vez, assistimos aqui à sua já cansada e um pouco gasta «cassette»! É sempre a mesma «cassette» das divisões do PSD.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Nesta matéria, deixe-me dizer-lhe, Sr. Deputado, que, neste momento, o senhor tem é de estar muito preocupado com as divisões no seu partido e com a falta de liderança que existe no País e no seu partido. E não olhe para o PSD, porque nós estamos unidos a trabalhar e a prepararmo-nos para dar uma liderança a este País, estamos seguros disso.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Quero dizer aqui que se há coisa que reconhecemos é que tivemos os melhores candidatos e os melhores projectos, mas não podemos também deixar - e seríamos cegos…

Protestos do PS.

Tenham calma!
É preciso termos muita determinação e reconhecemo-lo, aqui e hoje, com humildade, porque, apesar de termos ganho estas eleições, estamos aqui com muita humildade, enquanto que os senhores continuam, apesar de derrotados, arrogantes e com uma cassette repetitiva.
Já chega! O povo disse «já chega!» a essa arrogância!

Aplausos do PSD.

Agora, Sr. Deputado, não me venha mais uma vez com essas atoardas! Os portugueses já disseram o que pensavam das sua atoardas, os portugueses já se pronunciaram. Vamos respeitar a vontade dos portugueses.
Quero ainda dizer que seria muito injusto não reconhecer o papel que teve o líder do meu partido nestas eleições, como o Eng.º Guterres reconheceu o papel que teve nas eleições, e hoje o senhor desautorizou, aqui, mais uma vez, o líder do seu partido ao tirar conclusões da maneira como ele se envolveu nas eleições autárquicas!

Protestos do PS.

Mas, enfim, percebe-se a agitação que vai no Partido Socialista e a «guerra» pela pugna da liderança do Partido Socialista.
Sr. Deputado, continuamos muito orgulhosos de ter apresentado os melhores candidatos e os melhores projectos, e de podermos contar, junto dos nossos candidatos, com o empenhamento total do líder do nosso partido, o qual não posso deixar, hoje e aqui, de realçar, como realço, a qualidade dos nossos candidatos. Agora, faço-o com humildade e com o reconhecimento da vitória, clara e inequívoca; e o senhor continua arrogante, embora derrotado!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Basílio Horta.

O Sr. Basílio Horta (CDS-PP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: A primeira nota a referir nestas eleições é, sem dúvida, a afluência extraordinária às urnas, que surpreendeu analistas e que causou em Portugal um verdadeiro «terramoto» político.
Nós, que nestas eleições percorremos o País de norte a sul, fazendo milhares de quilómetros, já tínhamos a sensação de que o eleitorado estava cansado; estava cansado deste Governo, estava sem esperança na sua governação e queria, obviamente, uma profunda mudança.
Aí, o eleitorado tomou nas suas mãos a moção de censura que nunca seria aprovada nesta Assembleia.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - O resultado destas eleições é, em primeiro lugar, uma moção de censura apresentada a este Governo.

O Sr. Manuel Queiró (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - E, nesse domínio, o CDS tem de dizer, e di-lo com lealdade, que foi dos partidos que, nesta Assembleia, e fora dela, mais contribuiu, pela sua acção e pela forma como fez oposição, para a queda deste Governo.
Entendemos, por isso, ser necessário para o País que este Governo fosse substituído e congratulamo-nos por, com a nossa acção, termos contribuído para essa mudança!
É precisamente com essa legitimidade que, neste momento, queremos ter uma palavra para com o Sr. Eng.º António Guterres, uma palavra de respeito que um adversário merece e que, neste caso, um amigo pessoal amplamente justifica.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - As consequências destas eleições levam à queda do Governo, donde resulta uma nova situação política, na qual é necessário, é justo, é indispensável felicitar o PSD, na pessoa do seu presidente, pelos magníficos resultados obtidos: foi uma excelente vitória a que o seu partido.

O Sr. Durão Barroso (PSD): - Muito obrigado!

O Orador: - No entanto, devemos dizer com clareza que, se essa vitória, em larga medida, depende de méritos próprios, também em larga medida depende de muitos militantes do CDS, que convosco ganharam eleições, e desses militantes depende a estabilidade dessas mesmas câmaras.
O Sr. Presidente do PSD, na campanha que fez, sempre apelou a um projecto, sempre apelou ao facto de, nessas eleições, não ser só o PSD a concorrer mas o PSD em coligação com o CDS. Por isso, teria sido justo que, neste dia de vitória, houvesse magnanimidade naquela tribuna, que o Sr. Deputado José Luís Arnaut tivesse lembrado esses militantes que ganharam convosco as eleições e, digo-lho aqui, que é necessário ter em conta, porque da sua acção depende a estabilidade das autarquias onde estão.

Aplausos do CDS-PP.

Páginas Relacionadas
Página 1101:
1101 | I Série - Número 028 | 19 de Dezembro de 2001   Pelo contrário, se ass
Pág.Página 1101
Página 1102:
1102 | I Série - Número 028 | 19 de Dezembro de 2001   O Orador: - Foi graças
Pág.Página 1102