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0321 | I Série - Número 010 | 16 de Maio de 2002

 

A senhora não tem autoridade para falar em rigor: o último exercício orçamental por cuja execução foi responsável saldou-se pelo défice histórico e escandaloso de 9,5%!

Aplausos do PS.

A senhora não tem credibilidade política depois de tudo o que disse quando estava na oposição.
A senhora não pode ter-se esquecido, porque é inesquecível, do dia 7 de Março de 1996, em que, do alto da tribuna, proclamou que, com o Orçamento do Estado para 1996, proposto pelo nosso governo, Portugal não entraria no euro. Quem criou este embuste, enquanto na oposição, cria um embuste com este Orçamento agora que está no Governo.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

A senhora não tem competência política: a senhora pôs a Educação a «ferro e fogo», teve de pôr a polícia de choque nas ruas e nem à bastonada conseguiu resolver um único problema na Educação, designadamente o problema das propinas que teve de ser resolvido pelo nosso governo, numa base de consenso e boa para o País.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Ministra é o verdadeiro oposto do rei Midas: onde toca, estraga!

Protestos do PSD.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Olha quem fala!

O Orador: - A senhora conseguiu estragar o consenso político fundamental para a consolidação das finanças públicas.
Mas o pior é que a senhora não aprendeu nem se emendou…

Vozes do CDS-PP: - É preciso ter «lata»!

O Orador: - Com o Orçamento rectificativo que nos apresenta, a senhora não continua a ter autoridade nem credibilidade. Não tem credibilidade quem apresenta um Orçamento feito «em cima do joelho», com as contas confessadamente «marteladas»,…

Protestos do PSD.

… com medidas que a própria Sr.ª Ministra já reconheceu que não têm nexo, não têm princípio e não têm fim.
A senhora não tem autoridade para vir aqui ameaçar os trabalhadores da função pública, impondo-lhes licença sem vencimento, quando cede, e bem, às pressões da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
É que, Sr.ª Ministra, só é forte perante os fracos. Ora, ser forte com os fracos e fraco com os fortes, não é coragem, é prova de cobardia política, é a medida da coragem e da dimensão deste Governo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra a Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças.

A Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças: - Sr. Presidente, Sr. Deputado António Costa, se houve sentimento que o senhor me tivesse despertado com a intervenção que acabou de fazer foi de pena.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

E pena porque o senhor era uma pessoa que tinha alguma graça, algum bom humor, tinha um ar prazenteiro. Agora, o senhor está azedo, está zangado…

Risos do PSD e do CDS-PP.

... e está zangado, provavelmente, com os eleitores… Mas não esteja zangado comigo porque eu nunca fui vossa eleitora.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. António Costa (PS): - Graças a Deus!

A Oradora: - Ó Sr. Deputado, a humildade ficar-lhe-ia bem! É que perder eleições faz parte da democracia... O Sr. Deputado está muito mal ajustado nessa cadeira, sente-se mal, só que, quanto a isso, não posso fazer nada...!

Vozes do PS: - Responda às perguntas!

Vozes do CDS-PP: - Quais perguntas?!

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, façam silêncio, por favor, para podermos ouvir a oradora.

A Oradora: - O Sr. Deputado chamou-me várias coisas, mas esqueceu-se de me chamar algo que o Sr. Deputado Joel Hasse Ferreira muito gostava de me chamar, que era Cassandra, no sentido de que eu permanentemente visionava situações que nunca aconteciam. Pois não, Sr. Deputado! Estão à vista!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. António Costa (PS): - Estão, estão!

A Oradora: - No entanto, Sr. Deputado, pensei que o seu azedume não ia ao ponto de, como líder da sua bancada, não ter respondido ao repto que lancei e não ter explicado por que razão, afinal, o Orçamento elaborado pelos senhores não está em 1,8%, por que é que isso aconteceu e o que devíamos ter feito.

O Sr. António Costa (PS): - Estaria!

A Oradora: - Sr. Deputado, tenho a humildade suficiente para ouvir os vossos conselhos. Estou aqui à espera de ouvir dizer de que forma é que, com o vosso Orçamento, se chega a 1,8% e, depois, pedirei autorização ao Sr. Primeiro-Ministro e aos restantes membros do Governo para alterar totalmente o Orçamento...! É porque, Sr. Deputado, se havia coisa que, neste momento, desejava era ter um Orçamento com 1,8%! Como deve calcular seria a minha maior ambição!

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