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2018 | I Série - Número 050 | 18 de Outubro de 2002

 

11 e 12 de Outubro, realizou-se, nos Açores, o VI Congresso Regional do CDS-PP.

O Sr. António Costa (PS): - Nos Açores? Você?

O Orador: - Num Portugal democrático, a importância do evento que reconduziu, na liderança regional açoreana do Partido, a equipa presidida pelo Deputado regional Dr. Alvarino Pinheiro…

Vozes do PS: - Quem?!

O Orador: - … justificaria, só por si, a presente intervenção.
Mas mais se justifica na sequência dos inqualificáveis insultos feitos a Deputados da Assembleia da República, livremente eleitos pelo povo, e, por isso, à própria Assembleia da República, pelo líder do maior partido da oposição. Mas quanto a estes já lá vamos, com ou sem a presença do Dr. António Costa, que, pelo que aqui tem dito, também já não adiantaria muito à discussão.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - O VI Congresso Regional do CDS-PP reflectiu, de forma evidente, o alto grau de maturidade da democracia portuguesa e a força que o CDS-PP já logrou alcançar no arquipélago.
Graças a uma grande seriedade e competência dos seus dirigentes, Deputados e autarcas, o CDS-PP tem vindo a obter gradualmente um reconhecimento crescente da sociedade açoreana, afirmando-se hoje como uma certeza inquestionável na cena política do arquipélago.
Nas últimas eleições legislativas regionais, o CDS-PP registou uma relevante subida, tendo alcançado a meta pré-definida dos dois dígitos e garantido a eleição de dois Deputados, isto, com uma particularidade de assinalar: após decisão do Tribunal Constitucional, que não relevou três votos obtidos nas Flores, o Partido ficou apenas a um voto da eleição de um Deputado por esta ilha. Por seu lado, apenas dois votos no Corvo, 70 votos em S. Jorge e cerca de 100 em S. Miguel teriam garantido a eleição de mais três Deputados.
Também nas eleições autárquicas, o esforço do Partido foi apreciável com as conquistas, desde logo, da Câmara Municipal do Corvo, de assembleias municipais e de juntas de freguesia por numerosos autarcas.
E daqui resulta uma certeza: tal como já sucedeu no continente, nos Açores, o CDS-PP também será parte determinante, num futuro próximo, da necessária mudança.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Seja num cenário de candidatura isolada, presente em todo o arquipélago, mas com particular relevo nas ilhas de São Miguel, Terceira, São Jorge, Flores e Corvo, seja numa lógica de convergência democrática assente num acordo pré-eleitoral que a excelente experiência nacional poderá estimular, o CDS-PP vai ser parte activa - podem crer - dessa mudança. Mudança que os açoreanos desejam e que o definhamento provocado pela governação regional socialista dos últimos anos impõe.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - O Partido Socialista já deixou de ser, nos Açores, solução governativa. Os sinais de má gestão são evidentes: a lógica clientelar impera; as finanças públicas regionais estão em profundo desequilíbrio; os planos de médio prazo não têm vindo a ser cumpridos; o grau de falta de execução é preocupante e dia após dia os primeiros e principais prejudicados vão sendo os açoreanos.
Numa palavra, tal como sucedeu no plano nacional, nos Açores, os socialistas também prometem muito com grande competência. Mas já na obra é o que se vê. Ou, melhor, o que não se vê.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - E se tal já seria razão bastante para justificar a tão necessária mudança na governação do arquipélago, acresce uma outra, que se nos afigura particularmente perversa. É que, desde as eleições legislativas de 17 de Março último, por razões estritamente partidárias e com uma irresponsabilidade que o sentido de Estado não consente, os socialistas do Governo Regional dos Açores e da oposição no continente optaram por inventar conflitos sem sentido com o Governo da República, isto, com dois objectivos inconfessados: por um lado, o de disfarçarem a sua própria incompetência, que é manifesta; por outro, o de terem uma arma de arremesso político contra o Governo da República.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Mas sempre, Sr. Deputado Medeiros Ferreira - dirijo-me a V. Ex.ª em particular -, com um custo de oportunidade que é calculado: o do comprometimento do desenvolvimento do arquipélago e do bem-estar dos açoreanos em favor do interesse exclusivamente partidário do Partido Socialista, no ataque a este Governo de coligação que governa o País.
Sr. Deputado, tudo isto - e pena é que não esteja também presente o Sr. Deputado Ferro Rodrigues - com o alto patrocínio do seu Secretário-Geral, que, entre a falta de ideias e o recorrente mau gosto dos ataques pessoais, que já denotam, até, alguma falta de imaginação, decidiu optar agora, talvez por isso, por uma nova estratégia: a estratégia, já aqui falada, do insulto e da calúnia.
Demonstrando cada vez mais a crescente influência que sofre e a admiração que sente pela mais radical das esquerdas parlamentares, o Secretário-Geral do Partido Socialista decidiu reciclar velhos discursos enferrujados, certamente da sua experiência política dos anos 70, que agora conclui - e refina - com um ou outro insulto, um ou outro impropério dirigido contra os Deputados desta Assembleia, deste Parlamento, sem sentido e, portanto, pondo em causa o prestígio, o bom nome, a honra e a consideração desta Casa, que ele próprio, e também por isso, deveria ser o primeiro a respeitar e a proteger.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Devo dizer que considero relevantes os insultos feitos pelo Sr. Secretário-Geral do Partido Socialista no que toca

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